A dor tem sido, em todas as épocas da Humanidade, uma constante entre os seres.
Instala-se de forma inesperada e passa, a partir daí, a ser o centro das atenções, modificando planos, alterando rumos.
Quando detestada, suas reações são violentas, tornando-se ainda mais forte. Quando aceita, seus efeitos são mais brandos.
A verdade é que a dor se faz conhecida de todos e ninguém pode lhe impedir a presença.
Ela assume as mais variadas facetas e depois que encerra um ciclo, prepara, para um novo cometimento, a sua oportuna aparição.
Ora são as dificuldades econômicas que afligem, ora a solidão afetiva que o dinheiro não consegue aplacar.
Ali é o ódio que dilacera os tecidos íntimos do ser, acolá são as garras das enfermidades irreversíveis que reduzem a pó as mais sinceras esperanças.
São amores que partem para o outro plano da vida, sem nem mesmo um último adeus. São mentiras que destroem sonhos e afastam corações amigos.
A dor, como ferramenta divina de depuração, submete e atinge, sem exceção, todas as criaturas.
Os prepotentes, que a desconsideram, não chegam ao termo da jornada sem lhe experimentar a companhia.
Os orgulhosos, que a desprezam, considerando-se inalcançáveis, encontram-na logo adiante.
Seu cerco é invencível.
Instrumento da Lei de Deus, a dor serve como benfeitora anônima que a todos visita.
Sua ação não é resultado do acaso, tampouco pode ser considerada como uma ocorrência injusta.
Nossas atribulações nada mais são do que consequências de equívocos do passado, exigindo a cabível reparação e o devido resgate.
São repercussões da violação das Leis Divinas.
São ocasiões benditas de aprendizado e refazimento.
A dor, que a muitos amesquinha, humilha e atordoa, deve constituir estímulo de crescimento e evolução, a fim de que alcancemos a grande vitória sobre nós mesmos.
Não temamos. Não nos deixemos dominar pelo sofrimento e pela sensação de autocomiseração.
Quando um motivo de dor ou de contrariedade nos atingir, elevemo-nos acima das circunstâncias, dominando os impulsos de impaciência, de cólera ou de desespero.
Podemos, pela própria vontade, domar ou vencer a dor, ou, pelo menos, fazer dela meio de elevação.
A dor serve para polir, lapidar, esculpir e edificar as verdadeiras qualidades do Espírito imortal.
Lembremo-nos: bem-aventurados os aflitos porque têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus. E porque passada a tempestade, eles terão as alegrias que lhes faltam na Terra.
* * *
A felicidade não é deste mundo.
A dor será necessária enquanto os homens não pautarem seus atos, pensamentos e palavras de acordo com as Leis eternas.
Todas as aflições do presente são frutos de um passado equivocado.
Nem a fortuna, nem o poder, nem mesmo a juventude em flor são condições essenciais à felicidade.
Há pessoas que detêm tudo o que falta a outros e também não se sentem felizes.
Utilizemos a fé como remédio certo para o sofrimento. Ela aponta sempre os horizontes do infinito, ante os quais se esvaem os poucos dias de sombra do presente.
Redação do Momento Espírita, com base no cap.4, Do livro Momentos
de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. LEAL; no cap. 5, de O Evangelho segundo
o Espiritismo, de Allan Kardec e no cap. XXVI, pt. 3, do livro
O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.
Em 21.9.2016
de felicidade, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo
Pereira Franco, ed. LEAL; no cap. 5, de O Evangelho segundo
o Espiritismo, de Allan Kardec e no cap. XXVI, pt. 3, do livro
O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB.
Em 21.9.2016
Fonte: http://www.momento.com.br