domingo, 8 de dezembro de 2019

MESTRE OMRAAM MIKHAEL AIVANHOV


"No momento em que deixam a terra, os seres que, durante a sua existência terrestre, nunca admitiram a realidade de uma vida após a morte, ou que viveram apenas apegados aos bens materiais, ficam a rondar durante muito tempo nas regiões inferiores do plano astral. São almas errantes que sofrem e, apesar de os espíritos luminosos procurarem ajudá-las, elas ainda não conseguem libertar-se.
Pelo contrário, aqueles que alimentaram durante a sua vida um grande ideal espiritual deixam muito rapidamente o seu corpo e vão para as regiões sublimes, onde nadam na luz e na alegria. Daí podem enviar bênçãos para todos aqueles que deixaram em baixo, para os ajudarem, para os protegerem. Mas nunca voltam para os visitar do modo como muitas pessoas imaginam; deixaram o seu corpo, estão muito longe da terra e não voltam a descer até ela."


"Os vivos não estão proibidos de querer continuar ligados aos mortos, mas não de qualquer maneira. Quando um homem morre, as portas da terra fecham-se por detrás dele; ele entra numa nova corrente de forças e não tem o direito de voltar para trás. Por isso, deve evitar-se ficar agarrado aos mortos, acompanhando a sua partida com pesares, choros, lamentos. Enquanto não ultrapassaram as regiões dos planos astral e mental, os desgostos dos vivos são um tormento para eles.
Só quando os mortos chegam ao plano causal é que já nada pode perturbá-los: estão como que no centro de um círculo mágico de luz e nenhum apelo dos vivos, nenhuma solicitação, pode passar esse círculo, se eles não quiserem. É bom orar pelos mortos, pensar neles com amor, enviar luz para que eles encontrem a paz, para que se libertem, mas não se deve ficar agarrado a eles."


"A maneira como as pessoas comem diz muito acerca do seu grau de evolução. Se elas não têm respeito pelos alimentos que a vida lhes dá todos os dias, por quem o terão? Esses alimentos já estão abençoados pelo Criador, e a maior prova disso é precisamente o facto de eles lhes darem a vida. Deus está nos alimentos sob a forma de vida, por isso estes não precisam de ser abençoados pelos humanos para receberem a vida.
Direis vós: «Então, para que servem as palavras abençoadoras que, por tradição, são proferidas antes das refeições?» Uma bênção é uma espécie de ritual mágico: cada palavra pronunciada possui vibrações que têm o poder de agir sobre a matéria. As palavras abençoadoras preparam os alimentos para entrarem em harmonia com aqueles que vão consumi-los: nos seus corpos subtis, cria-se desde logo um contacto, uma adaptação, que lhes permite receberem melhor todos os tesouros de vida divina que os alimentos contêm."


"Muitas pessoas, quando estão mergulhadas em dificuldades e provações, apercebem-se, subitamente, dos erros que cometeram por negligência, por ignorância ou por fraqueza, e dizem para si próprias: «Se eu soubesse!...» Elas poderiam ter sabido, pois tinham-lhes sido dadas todas as condições, num determinado momento, para aprenderem e trabalharem. Mas a vida espiritual exige esforços, que elas não estavam dispostas a fazer, e assim negligenciaram essas boas condições. Então, houve outras atividades, outras preocupações, que lhes pareceram mais importantes e elas deixaram-se surpreender.
Mas, quaisquer que tenham sido os vossos erros, não percais tempo a lamentar-vos e, sobretudo, não desanimeis. O pior para alguém não é cometer erros, mas pensar que o seu ideal espiritual é irrealizável, desanimador, e abandoná-lo. Nunca é demasiado tarde para retomar o caminho da luz. Em breve vos serão dadas outras condições. Esforçai-vos por não as deixar passar!"


"Muitas pessoas, quando estão mergulhadas em dificuldades e provações, apercebem-se, subitamente, dos erros que cometeram por negligência, por ignorância ou por fraqueza, e dizem para si próprias: «Se eu soubesse!...» Elas poderiam ter sabido, pois tinham-lhes sido dadas todas as condições, num determinado momento, para aprenderem e trabalharem. Mas a vida espiritual exige esforços, que elas não estavam dispostas a fazer, e assim negligenciaram essas boas condições. Então, houve outras atividades, outras preocupações, que lhes pareceram mais importantes e elas deixaram-se surpreender.
Mas, quaisquer que tenham sido os vossos erros, não percais tempo a lamentar-vos e, sobretudo, não desanimeis. O pior para alguém não é cometer erros, mas pensar que o seu ideal espiritual é irrealizável, desanimador, e abandoná-lo. Nunca é demasiado tarde para retomar o caminho da luz. Em breve vos serão dadas outras condições. Esforçai-vos por não as deixar passar!"


"Certas pessoas imaginam que, se se deixarem ir atrás de vagos impulsos místicos, atrairão o Espírito Santo. Não, para receberem, um dia, os dons do Espírito Santo, acima de tudo não devem deixar-se “ir atrás”; ou antes, podem fazê-lo, mas depois de terem realizado um grande trabalho interior de purificação e de autodomínio.
Seja o que for que se queira empreender, é sempre necessário começar por preparar as condições, e a primeira dessas condições é a limpeza. Quando deitamos um líquido num recipiente, temos o cuidado de verificar se ele está limpo e, se estiver sujo, lavamo-lo. Então, como é que alguém que, interiormente, se assemelha a um recipiente sujo pode acreditar que o Espírito Santo virá habitar em si? As entidades tenebrosas, impuras, é que virão, pois serão atraídas pelo alimento que está nessa pessoa: todos os sentimentos e pensamentos inspirados pela sua natureza inferior, que ela não foi capaz de dominar."


"O conhecimento não é uma faculdade localizada no cérebro, como geralmente se crê: apreendeu-se, compreendeu-se, tirou-se conclusões e, assim, conhece-se. Não, a faculdade de compreender e de conhecer que o cérebro possui representa a síntese das propriedades que têm todas as células dos nossos órgãos: do coração, dos pulmões, do estômago, do fígado, dos órgãos sexuais, dos braços, das pernas... Cada célula do nosso corpo tem uma inteligenciazinha que lhe permite executar uma determinada tarefa no órgão a que pertence, e o cérebro faz a síntese de todas essas inteligências. Se as células têm capacidades reduzidas, o cérebro fica limitado. Tudo está ligado, não se deve separar o cérebro do resto do corpo. Por isso, dia após dia, nós devemos purificar, vivificar, iluminar, as células de cada um dos nossos órgãos, para que o seu bom funcionamento se reflita no nosso cérebro.
Os exercícios dados no nosso Ensinamento a respeito da respiração ou da nutrição, e mesmo também os relativos a lavar-se, caminhar, dormir, etc., têm precisamente como objetivo a regeneração das nossas células, a fim de alargarmos, aprofundarmos, a nossa compreensão."


"Nos tempos antigos, era tradição os sacerdotes e as sacerdotisas terem como única função manter nos templos um fogo que nunca devia apagar-se. O fogo, a chama, a luz nos santuários, evoca a presença da Divindade no Universo e também no homem. Este fogo, no homem, é o amor que, à imagem do Sol, deve arder continuamente no seu coração, e é alimentado pelo sacrifício.
O que é um sacrifício? Uma transmutação. Só quem sabe fazer sacrifícios conhece o segredo da transmutação da matéria, que é a condição para que haja vida. Esta transmutação da matéria só pode ser feita por intermédio do fogo, sobretudo pelo fogo espiritual do amor. A vida só é possível graças ao sacrifício, graças ao amor. Por toda a parte, desde as pedras até às estrelas, o amor mantém a estrutura do Universo; se o amor desaparecesse, o nosso próprio corpo ficaria desfeito em pó. É também graças ao amor, graças aos sacrifícios dos humanos uns pelos outros, que as famílias e as nações podem subsistir. O amor é a força mais poderosa do Universo."


"Uma religião não é senão uma forma que o espírito assume para se manifestar. Ora, nenhuma forma pode permanecer inalterável. O cristianismo, que nasceu no Médio Oriente, recebeu desde o começo certos elementos das culturas grega e latina; esses elementos acrescentaram-se aos que foram herdados da religião judaica, que já tinha sido influenciada pelas religiões dos países vizinhos: Egito, Mesopotâmia, etc. Uma religião nunca nasce do nada, recebe certos elementos de religiões anteriores, e ela própria se transforma à medida que vai sendo difundida longe do seu lugar de origem.
Apesar de as pessoas manterem e estudarem sempre os mesmos textos sagrados, há uma distância cada vez maior entre o que elas leem e a maneira como compreendem e sentem esses textos. A evolução é a lei da vida, por isso não é razoável querer eternizar obstinadamente a forma de uma religião, seja ela qual for; só é necessário cuidar para que ela seja sempre vivificada pelo espírito."


"Tanto no plano físico, como no plano psíquico, a vigilância e a atenção são indispensáveis. Se tiverdes falta de atenção, fareis gestos desajeitados, chocareis contra objetos, caireis... Nem o vosso saber, nem a vossa fortuna, nem as vossas virtudes evitarão que isso aconteça. Há tantas pessoas notáveis que foram vítimas de acidentes provocados pela falta de atenção! Os malfeitores, que têm consciência de que podem sempre ser surpreendidos, estão extremamente vigilantes e é assim que, muitas vezes, escapam às perseguições. Então, porquê deixar a vigilância para os malfeitores? Imaginais que a vossa inocência e a vossa boa vontade atrairão automaticamente para vós a proteção divina? Não! Se fordes negligentes, nada nem ninguém vos protegerá.
Vós direis: «Mas, se eu me confiar a Deus, se eu O amar, Ele proteger-me-á.» Sem dúvida, mas, se não estiverdes vigilantes, mesmo o vosso amor por Deus não vos salvará. Ele dir-vos-á: «Amas-me? Muito bem, mas não sou eu que vou guardar a tua casa e a tua pessoa.» Nem o vosso amor, nem as vossas qualidades podem dispensar-vos de estardes vigilantes. E isto é ainda mais verdadeiro no plano psíquico."


"Os sábios, os Mestres espirituais, não são omnipotentes e sabem-no, por isso ocupam-se unicamente dos seres que eles sentem que são capazes de progredir, sobretudo dos que têm vontade de progredir. É inútil indignar-se dizendo que um Mestre espiritual deveria ter o amor suficiente para se ocupar da evolução de todos os seres. Por maior que seja o seu amor, infelizmente ele não pode fazer nada por aqueles que se sentem muito bem tal como são e recusam melhorar a sua compreensão e o seu comportamento. Como a sua condição os satisfaz, ninguém poderá convencê-los a modificarem-se.
Perguntai a um professor, mesmo o mais paciente, o mais dedicado, se consegue ensinar alguma coisa a uma criança que permaneça teimosamente fechada a tudo aquilo que lhe ensinam. É preciso esperar que a vida lhe dê uns abanões, para a fazer compreender tudo o que perdeu ao não querer instruir-se. Acontece o mesmo com certos adultos: a vida é que os abanará e poderá mesmo despedaçá-los, até eles compreenderem que devem aceitar entrar no movimento da evolução."


"Só a compreensão do que é a verdadeira vida nos faz entrar em relação com o Criador, o nosso Pai Celeste. Até lá, só se pode ter d'Ele noções aproximadas, superficiais, erradas. Em vez de procurarem Deus em si próprias, na vida que Ele lhes deu, as pessoas limitam-se ao que foi dito a seu respeito e então discutem os argumentos pró e contra, questionam-se sobre se Ele existe ou não e ficam sempre na incerteza, não constroem nada. Só aqueles que fazem jorrar a vida em si próprios nunca se questionarão sobre a existência de Deus.
A vida, a vida divina, existe fora de nós, mas existe também em nós, estamos impregnados dela. Embora sejam raros, existem na Terra seres que compreenderam o valor, a beleza desta vida, e que a vivem. Àqueles que procuram a verdadeira vida, as forças celestes indicam onde estão os seres que a encontraram, para que estes possam ajudá-los e arrastá-los consigo. Então, mesmo no meio das maiores dificuldades, eles nunca se sentem realmente isolados ou abandonados."


"As células do corpo humano renovam-se constantemente; todos os dias há células velhas, já gastas, que são substituídas por células novas. Este processo de renovação prolonga-se por sete anos. Portanto, ao fim de sete anos as células de um corpo foram substituídas, mas isso não significa que o próprio homem se tenha tornado um ser novo. Com efeito, as células têm uma espécie de memória que transmitem sob a forma de registos etéricos àquelas que as substituem. Os pensamentos, os sentimentos, as energias, circulam nestes registos como em sulcos, em circuitos bem traçados, e herdam essa memória. Por isso, a maioria dos seres humanos mantêm a mesma maneira de pensar, repetem os mesmos erros: as novas células sofreram a influência da memória antiga.
Uma pessoa que quer mesmo transformar-se deve mudar a memória das suas células, isto é, à medida que as novas células substituem as antigas, ela deve esforçar-se por impregná-las com pensamentos e sentimentos mais elevados. Enquanto não puser ordem no seu foro íntimo, mesmo que receba um ensinamento espiritual, ela não mudará a nível profundo."


"Nós só podemos ver o céu, o Sol e a Terra, só podemos aperceber-nos da existência do mundo físico, graças ao princípio invisível em nós, que nos permite tomar consciência deles através dos órgãos físicos que são os nossos olhos. Se esse princípio invisível não existisse em nós, os nossos olhos não serviriam para nada, não veríamos nada nele. O mundo visível é apenas o invólucro, a casca, do mundo invisível, sem o qual não poderíamos conhecer nada de tudo o que existe à nossa volta.
Nós não vemos a vida, mas vemos as manifestações da vida; não vemos os pensamentos e os sentimentos, mas vemos as suas diferentes expressões, por intermédio dos atos e das criações que eles inspiram. Do mesmo modo, o mundo que conhecemos apenas representa condensações, secreções, invólucros do ser invisível que criou o Universo e o vivifica. E aquilo que se vê é sempre pouca coisa em comparação com o que não se vê. Tudo o que nos rodeia revela-nos os limites daquilo que se vê e a imensidão daquilo que não se vê."


"Orar não é apenas pronunciar palavras. O que é que, muitas vezes, leva as pessoas que oram a juntarem espontaneamente as duas mãos? É que, com esse gesto, elas expressam de um modo instintivo o sentido profundo da oração: uma mão representa o intelecto, e a outra, o coração. Para uma oração ser poderosa, é preciso que ela venha do intelecto e do coração, do pensamento e do sentimento, ou seja, dos dois princípios, masculino e feminino.
Isto não significa que, para orar, seja obrigatório juntar as duas mãos fisicamente. Pode-se orar juntando ou não as mãos… e também se pode orar com as mãos abertas à altura do rosto e as palmas viradas para a frente; neste caso, os braços e a cabeça formam a letra hebraica Shin ש. Pode-se orar em qualquer posição. Não é a atitude física que conta, mas sim a atitude interior, a participação do pensamento e do sentimento. Na oração, o essencial também não são as palavras. É claro que elas são importantes, mas desde que sejam vivificadas pelo pensamento e pelo sentimento. "


"No plano físico, cada um está mais ou menos protegido e, em geral, sabe como proteger-se. Mas, psiquicamente é outra coisa. Muito poucas pessoas estão conscientes de que a atmosfera que as rodeia é atravessada por correntes obscuras provocadas por tudo o que de negativo emana do psiquismo dos humanos: cólera, revolta, inveja, ódio, desejo de vingança, etc., e essas correntes alimentam as entidades maléficas que povoam o espaço.
Todos estamos expostos a essas correntes. Então, como devemos proteger-nos? Começando por vigiar os nossos pensamentos, os nossos sentimentos e os nossos desejos, tornando-os todos os dias mais justos, mais nobres, mais desinteressados, para que eles só sirvam de alimento às entidades luminosas. Deste modo, criamos todas as condições favoráveis à vinda dessas entidades: elas é que velarão por nós e nos protegerão."


"Elogia-se em alguém as suas qualidades de sabedoria, de inteligência, de justiça, de bondade, de generosidade... Mas estas qualidades que a pessoa tem não foram criadas por ela, ela recebeu-as por intermédio de entidades que Deus encarregou de manifestarem a sua infinita riqueza. Evidentemente, é necessário que cada um se esforce por receber o que essas entidades têm para lhe dar, que se aplique para merecer que eles façam dele seu depositário; mas não pode fazer mais do que isso.
Os humanos enganam-se quando imaginam que a origem do que possuem está em si, que são os seus criadores. Na realidade, eles apenas têm a faculdade de receber esses dons e, depois de os terem recebido, devem procurar ampliá-los e tornar-se seus condutores, isto é, fazer com que os outros também beneficiem deles."


" Com o pretexto de que é impossível encontrarem verdadeiros Mestres espirituais vivos, certas pessoas vão a sessões espíritas para fazerem perguntas a Mestres do passado, a fim de beneficiarem da sua luz. Elas não devem ter ilusões: não serão esses Mestres que virão responder às suas perguntas, mas sim entidades do mundo astral. Aqueles que querem verdadeiramente a luz devem é estudar o ensinamento desses grandes seres do passado e pô-lo em prática.
Não é necessário participar em sessões espíritas para ser visitado por entidades do mundo invisível. Quando pessoas animadas por verdadeiras aspirações espirituais se reúnem para meditar e orar, estejam onde estiverem, são visitadas por entidades luminosas, mesmo que estas não tenham sido especialmente invocadas. Essas entidades não fazem qualquer barulho, não têm nada de excecional para dizer, simplesmente enchem as almas de clareza, de paz e de inspiração."


"Cada dedo da mão é como uma antena especialmente preparada para captar influências do espaço. O polegar está ligado a Vénus, o indicador a Júpiter, o médio a Saturno, o anelar ao Sol e o mindinho a Mercúrio.
 Pensai em fazer, de vez em quando, este exercício: erguei a mão para o céu, concentrando-vos em cada um dos vossos dedos, para atrairdes as correntes favoráveis emitidas por estes planetas. Assim, quando encontrardes alguém a quem dais um aperto de mão ou simplesmente saudais de longe, projetareis sobre ele ondas harmoniosas, vivificadoras, raios coloridos. Mesmo que não dirijais a palavra às pessoas que encontrais, pensai que podeis sempre ter uma influência benéfica sobre elas."


"A fome física simboliza todos os apetites, todas as cobiças. Há tantas espécies de fome que os seres humanos são impelidos a satisfazer! Fome de prazeres, de poder, de glória, de vingança... O seu estômago astral é insaciável! E raros são aqueles que, ao procurarem satisfazer todas essas fomes, se apercebem de que, em vez de se alimentarem, sacrificam algo extremamente precioso neles, partículas de vida divina, por alguns minutos de contentamento.
Alguém que pudesse pôr num prato de uma balança aquilo que ganha satisfazendo todas as suas vontades e no outro prato o que perde ao não procurar controlar-se, poderia constatar que perdeu quase tudo e ganhou extremamente pouco. Nunca se pensa que as sensações, mesmo as mais fortes e as mais agradáveis, se apagam ou se esquecem (aquilo que se comeu ontem já não conta para hoje), e assim as pessoas preparam para si próprias uma existência de pobreza e de fome espirituais."