PORTAS ENGANOSAS
Em Suas falas,
Jesus utilizou, mais de uma vez, a analogia da porta.
Em certa
oportunidade, disse: Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo.
Entrará, e sairá, e encontrará pastagem.
Em outra
passagem, Ele convida: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos
digo que muitos buscarão entrar e não serão capazes.
Simbolicamente, o
mundo nos apresenta muitas portas. Contudo, nem todas propiciadoras de bênçãos,
de venturas.
Alguns de nós,
por vezes, ficamos muito entusiasmados para adentrar a porta das posses
materiais.
Para viver,
desejamos ter uma casa confortável, boas roupas, um carro, que nos facilite o
translado de um para outro lado.
São coisas
positivas. Somente quando focarmos em demasia nesses itens, desejando sempre
mais, e nos entregarmos a horas intermináveis de trabalho para os conseguir, é
que poderemos defrontar dificuldades e tropeços.
Focados apenas nos
bens materiais, deixamos de lado compromissos essenciais para nosso
desenvolvimento moral. Deixamos de estar com nossos filhos e familiares.
Esquecemos das
coisas simples como tomar um sorvete, bem devagar, numa tarde quente, vendo as
crianças se lambuzarem e sorrirem.
Em resumo:
entramos por essa porta enganosa e nos esquecemos de que precisamos sair, de
tempos em tempos, para atender outras faces do nosso viver.
Outros, optamos
por escolher adentrar pela porta do poder.
Decidimos trilhar
o caminho que nos conduzirá a altos cargos, sem pensarmos que funções dessa
ordem exigem maior responsabilidade e maior disponibilidade de tempo.
Seja em espaços
privados ou públicos, aqueles que temos cargos de comando e decisão, temos o
dever de primar pela promoção do bem geral.
Temos
responsabilidades para com os nossos subordinados.
Se simplesmente
nos deixarmos seduzir por tudo o que o poder, os cargos nos permitem, poderemos
comprometer a vida, a dignidade.
Porta enganosa.
Também enganosa a
porta dos prazeres materiais.
A lei divina nos
assegura o gozo dos bens da Terra. Natural, porque estamos vivendo num planeta
material.
Mas, quando
buscamos excessos, quando não estabelecemos medidas e normas para nós mesmos, a
porta larga dos vícios, dos comprometimentos morais nos absorve.
O mundo nos
oferece muitas portas: da fama, da popularidade, da beleza, da riqueza.
Temos o
livre-arbítrio e podemos optar, elegendo o que entendemos como o melhor para
nós.
A sabedoria está
em entrar por qualquer uma dessas portas, mas não esquecer de levar conosco a
dignidade, a ética, para não exorbitarmos de coisa alguma.
O Sábio de Nazaré
nos convida a entrar pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o
caminho que conduz à perdição.
E porque estreita
é a porta, e apertado o caminho que leva à vida verdadeira, poucos há que a
buscam.
A escolha nos
compete. Cada um de nós elege o que deseja para si.
Podemos cultivar
felicidade sabendo dosar fortuna, ambição, vaidade com promoção do bem, cultivo
da amizade, vida sadia, convívio familiar.
Tenhamos
sabedoria para escolher o melhor para nós.
Redação do
Momento Espírita, com base no cap. 7, vers. 13 e 14 do
Evangelho de
Mateus; no cap. 10, vers. 9 do Evangelho de João e no
cap. 172, do
livro Fonte Viva, pelo Espírito Emmanuel, psicografia
de Francisco
Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 25.9.2021
Fonte: http://www.momento.com.br/pt/index.php