sexta-feira, 12 de setembro de 2014

O DEVER DE SER FELIZ

Ensinamentos do Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov



FASCÍCULO Nº. 3 - 8º. Capítulo - UM SIMPLES GESTO  

Muitas perturbações psíquicas e depressões graves têm como origem apenas a negligência, em pessoas que não souberam fazer o esforço de reagir imediatamente a certos mal-estares. 

Após uma deceção, um desgosto, um revés, elas deixaram-se submergir pouco a pouco pelo desalento até se tornarem realmente doentes. 

Poderiam muito bem nunca ter chegado a essa situação se tivessem procurado imediatamente mudar o seu estado. 

Ora, a maioria das pessoas não reage, espera que as coisas se resolvam por si mesmas. 

É verdade que, na maior parte dos casos, a vida retoma naturalmente o seu curso; mas, em certas situações mais difíceis, se não se estiver atento as coisas não se resolvem.
 

E o mais grave é que muitas pessoas nem sequer se dão conta de que estão a escorregar por uma ravina perigosa: afundam-se pouco a pouco em estados mórbidos e um dia são “engolidas”

O que no começo era apenas um pequeno mal-estar acaba por tornar-se uma verdadeira doença.
 

Deveis, pois, tornar-vos conscientes, saber que pensamentos, sentimentos e sensações vos atravessam, e não permitir que se instalem em vós estados negativos.

A partir do momento em que sentis um mal-estar interior, reagi! 

Frequentemente, basta um simples pequeno gesto: regar as flores, sorrir ou dizer umas palavras bondosas a alguém, oferecer a uma pessoa um objeto de que ela necessita ou que lhe agradará… 

Mas só se esse gesto for feito conscientemente, com a vontade de dar uma outra orientação aos vossos estados interiores e, sobretudo, de o fazer antes de as coisas se tornarem graves. 

O essencial é não ficar apático, estagnado, mas sim desencadear conscientemente algo de positivo.
 

Portanto, tentai vigiar sempre os vossos estados interiores, senão passar-se-á convosco o mesmo que com uma bola de neve que começastes a empurrar: a neve vai-se aglomerando e chega o momento em que essa bola, que ficou enorme, acaba por obstruir o vosso caminho. 

Vós lamentai-vos: «Já não posso passar!» De quem é a culpa? Quem formou essa bola? Vós próprios!
 

Alimentastes toda a espécie de pensamentos e sentimentos negativos, permitistes que eles tomassem proporções gigantescas na vossa cabeça, no vosso coração, e ficastes encurralados, bloqueados. 

«E agora, o que hei de fazer?» 

Acendei um fósforo e aproximai-o dessa bola de neve: ela derreterá, a água irá regar os vossos jardins, os vossos pomares, e tereis flores e frutos em abundância. 

É isto que se deve fazer: acender o fogo do amor; e o amor fará derreter em vós todas as bolas de neve, todos os tumores.
 

Sim, o amor manifesta-se através de todos esses gestos aparentemente sem importância que podemos fazer em cada dia.

 Não espereis que o vosso equilíbrio e a vossa saúde venham de grandes coisas. As pequenas coisas são as mais benéficas. Se vos habituardes a levá-las a sério, desenvolvereis em vós uma atitude e forças que podem proteger-vos. 

Existem tantas possibilidades!
 

Nem que seja apanhar do chão ou do caminho um objeto, um papel, uma garrafa vazia… afastar uma pedra em que alguém poderia tropeçar ou pedaços de vidro em que alguém poderia ferir-se…
 

Esforçai-vos por encontrar sempre algo novo para fazer, sabendo que cada pequeno gesto executado com diligência, sinceridade e amor será como uma criatura de luz que afastará as trevas ou as impedirá de entrar em vós e destruir tudo. 

Fonte: http://www.publicacoesmaitreya.pt/