Por que devemos ser bons para com todos?
A pergunta parece inócua quando pensamos nas pessoas de caráter justo e nobre que nos rodeiam ou com as quais mantemos relacionamentos de afeto.
Afinal, ser bom para com elas é uma questão de justiça, considerando que estaremos lhes retribuindo aquilo que nos oferecem.
Porém, a pergunta nos vem à mente todas as vezes que encontramos pessoas de caráter difícil e valores pouco nobres.
Como vivem e doam para a vida, bem como para aqueles com quem convivem, somente do seu individualismo e egoísmo, só fazendo aos demais o que lhes convêm, relutamos em entender porque devemos ser bons para com elas.
Entretanto, Jesus nos convoca a reflexionarmos a respeito.
Ensina-nos que devemos fazer o bem a quem nos odeia, orar pelos que nos perseguem e caluniam e, por fim, jamais pensar em vingança para com aqueles que se apresentam como nossos inimigos.
Por que, leciona o Mestre de Nazaré, onde estará o mérito em amar somente aqueles que nos amam?
Se apenas saudarmos nossos amigos, se apenas tratarmos com simpatia aos que nos querem bem, que faremos a mais que os outros, aqueles de má conduta, desde que eles assim procedem entre si?
Explica-nos Jesus que não há mérito em apenas retribuir o que recebemos. Isso é questão de justiça.
O grande desafio está em sermos bons para com todos e por nossa decisão.
E isso não deve depender do comportamento alheio assim como o ser justo, honrado, sincero, não pode estar simplesmente associado ao ambiente ou às pessoas com quem nos relacionamos.
Isso seria nada mais do que uma proposta de reciprocidade.
O convite do Cristo é que tenhamos um comportamento, uma forma de agir que não dependa do que façam os outros para conosco.
E os parâmetros dessa conduta, aconselha-nos Ele, são a bondade, a justiça e o amor.
Esses são os valores da nossa natureza, da própria natureza do Universo.
As Leis Divinas são pautadas no amor e estão inscritas em nossa consciência. Portanto, criados que fomos pelo supremo amor, agir com amorosidade está na nossa essência.
Quando agimos de maneira contrária é porque nos permitimos dar vazão a sentimentos inferiores como o egoísmo, o orgulho.
Nesses momentos, nos colocamos em distonia com o sentimento com que fomos criados.
Por isso, a conduta no bem, o agirmos com bondade para com todos é sabedoria e investimento em nossa felicidade.
Isso porque ao vivenciarmos a bondade no nosso proceder, no nosso olhar, em nosso pensar e agir, estaremos insculpindo valores para a alma.
De outra forma, estaremos valorizando posturas que naturalmente nos trarão sofrimentos e dificuldades.
Pensemos nisso. Ser bom é da nossa essência. Ser bom nos faz bem porque nos proporciona harmonia, tranquilidade.
Enfim, agindo assim, teremos a certeza de que nos encontramos em condições de seguir pela estrada evolutiva, mais serenos, com menos dores a nos atormentarem a alma.
Redação do Momento Espírita.
Em 9.2.2016
Em 9.2.2016
Fonte: http://www.momento.com.br