"A ideia de realeza é necessariamente acompanhada da ideia de autodomínio. Um monarca que procura impor-se aos outros, mas não consegue dominar-se a si mesmo, não é realmente um rei, mas um escravo. Um verdadeiro rei, primeiro aprendeu a dominar-se.
Só aquele que define para si o ideal de escapar ao domínio das suas tendências egoístas e de controlar, orientar, os seus pensamentos, os seus sentimentos, os seus desejos, está no caminho da realeza. Ele inspira respeito a todos os que se aproximam dele, pois não tem apenas o poder, também tem a autoridade. Até os espíritos da Natureza se inclinam quando ele passa e segredam entre eles: «Vinde ver, vai um rei a passar. Vamos acolhê-lo!»... E fazem-lhe uma festa, juntam-se ao seu redor, pois emana do seu ser um fluido de uma grande pureza, impregnado de influências curativas, apaziguadoras, que são sentidas até pelos animais, pelas plantas e pelas pedras."
Só aquele que define para si o ideal de escapar ao domínio das suas tendências egoístas e de controlar, orientar, os seus pensamentos, os seus sentimentos, os seus desejos, está no caminho da realeza. Ele inspira respeito a todos os que se aproximam dele, pois não tem apenas o poder, também tem a autoridade. Até os espíritos da Natureza se inclinam quando ele passa e segredam entre eles: «Vinde ver, vai um rei a passar. Vamos acolhê-lo!»... E fazem-lhe uma festa, juntam-se ao seu redor, pois emana do seu ser um fluido de uma grande pureza, impregnado de influências curativas, apaziguadoras, que são sentidas até pelos animais, pelas plantas e pelas pedras."
"Não deveis, por ambição, envolver-vos em rivalidades esgotantes. Escolhei uma atividade onde não vos falte espaço ou onde talvez até estejais sós, pois nessas circunstâncias ninguém vos impedirá de crescer. Se fordes plantar-vos ao lado de uma grande árvore, ela protestará dizendo que invadistes o seu terreno. E o que vos acontecerá se vos aventurardes no território de uma fera?... Fazei antes como a ave; ela tem um corpo pequenino, fraco e leve, um pequeno bico, mas está preparada para o espaço aéreo, para a liberdade. A ave não tem a ambição de se impor à fera, pede unicamente ao Criador o canto, a alegria e a liberdade de movimento.
Os verdadeiros filhos e filhas de Deus são como aves. Eles não querem abrir um caminho para si na selva, mas sim voar todos os dias no Céu para daí trazerem a paz, a luz e a alegria, que partilharão com todos os seus irmãos e irmãs."
Os verdadeiros filhos e filhas de Deus são como aves. Eles não querem abrir um caminho para si na selva, mas sim voar todos os dias no Céu para daí trazerem a paz, a luz e a alegria, que partilharão com todos os seus irmãos e irmãs."
"A magia negra existe, eu sei; mas também sei que, e acima de tudo, pela nossa maneira de considerar os objetos e os acontecimentos, nós aumentamos ou diminuímos o seu poder. Uma vez que a magia negra existe – e admitamos mesmo que há pessoas mal-intencionadas que querem atacar-vos por esse meio –, se acreditardes muito no seu poder, estareis a reforçá-la. Não! Dizei para vós próprios que o filho ou a filha de Deus que sois não pode ser atingido assim tão facilmente pelas forças do mal, e não sereis afetados por elas.
Há que ser razoável. Se tiverdes um insucesso, se sofrerdes uma doença, um acidente, uma rutura, não vos apresseis a atribuir isso à magia negra. Primeiro, procurai questionar-vos sinceramente sobre se a causa não está em vós e tentai entender o que deveis fazer para vos melhorardes. Não deveis perder um tempo precioso com elucubrações que não vos levarão a nada, a não ser aumentar as vossas dificuldades e os vossos sofrimentos."
Há que ser razoável. Se tiverdes um insucesso, se sofrerdes uma doença, um acidente, uma rutura, não vos apresseis a atribuir isso à magia negra. Primeiro, procurai questionar-vos sinceramente sobre se a causa não está em vós e tentai entender o que deveis fazer para vos melhorardes. Não deveis perder um tempo precioso com elucubrações que não vos levarão a nada, a não ser aumentar as vossas dificuldades e os vossos sofrimentos."
"Aquele que se esforça por agir segundo a sua alma e o seu espírito transforma interiormente as suas dificuldades, os seus sofrimentos. Mesmo que nada possa fazer contra os acontecimentos exteriores, nas situações em que outros perdem a coragem e se afundam ele encontra forças, alimento, recebe um impulso que lhe permite continuar a avançar.
Nunca deveis sujeitar-vos passivamente às situações difíceis nem capitular face a elas, mas sim procurar superá-las, remediá-las. E para as remediar existe a oração. Cabe-nos a nós deslocarmo-nos, não devemos esperar que o Senhor, na sua clemência e na sua misericórdia, venha visitar-nos. Ele não descerá. Vós direis: «Mas nós lemos nas Escrituras que, no dia de Pentecostes, o Espírito Santo desceu sobre eles na forma de línguas de fogo!» Na realidade, aquele que recebe o Espírito Santo já se elevou interiormente até às regiões celestes, onde se funde com a Divindade. E, embora se diga que o Espírito Santo «desceu nele», na realidade não foi assim, ele é que se elevou, e o Espírito encheu-o com a sua presença. O Espírito Divino desce em nós à medida que somos capazes de elevar-nos até ele."
"Na Tábua de Esmeralda, Hermes Trismegisto fala de uma «força forte de todas as forças». Esta força é a força sexual. Nenhuma outra força no Universo pode comparar-se a ela, pois nenhuma outra força tem o poder de criar a vida.
Acerca dela, Hermes Trismegisto diz também que «o sol é o seu pai», o que significa que a energia sexual é da mesma natureza que a energia solar, que ela está impregnada da vida, da luz e da santidade do sol. A sua utilização não se limita, pois, à procriação, ela também pode ser consagrada a criações de ordem espiritual. Mas quantos estão preparados para admitir que o ato pelo qual o homem fertiliza a mulher pode tornar-se um ato solar?"
Acerca dela, Hermes Trismegisto diz também que «o sol é o seu pai», o que significa que a energia sexual é da mesma natureza que a energia solar, que ela está impregnada da vida, da luz e da santidade do sol. A sua utilização não se limita, pois, à procriação, ela também pode ser consagrada a criações de ordem espiritual. Mas quantos estão preparados para admitir que o ato pelo qual o homem fertiliza a mulher pode tornar-se um ato solar?"
"Os pensamentos não têm qualquer consistência material, mas não são uma abstração; eles são entidades vivas. Por isso, deve-se estar consciente e vigiar os seus pensamentos.
Os pensamentos são como filhos que é preciso alimentar, lavar, instruir. Por vezes, sem vos aperceberdes, alguns agarram-se a vós, tiram-vos as forças e esgotam-vos. Também pode acontecer essas crianças escaparem-se de vós para correrem mundo e, pelo caminho, fazerem pilhagens, devastações. Mas como, no mundo invisível, também existe uma polícia, ela vem ter convosco para vos fazer compreender que sois responsáveis pelos estragos que os vossos filhos causaram. Então, sois levados a tribunais que vos condenam a pagar pelos danos e com juros; esses pagamentos são desgostos, tristezas, desânimos, amarguras. Portanto, atenção aos vossos pensamentos! Não sejais negligentes, trabalhai para formar filhos angélicos, divinos, que viverão em torno de vós e só vos trarão bênçãos."
Os pensamentos são como filhos que é preciso alimentar, lavar, instruir. Por vezes, sem vos aperceberdes, alguns agarram-se a vós, tiram-vos as forças e esgotam-vos. Também pode acontecer essas crianças escaparem-se de vós para correrem mundo e, pelo caminho, fazerem pilhagens, devastações. Mas como, no mundo invisível, também existe uma polícia, ela vem ter convosco para vos fazer compreender que sois responsáveis pelos estragos que os vossos filhos causaram. Então, sois levados a tribunais que vos condenam a pagar pelos danos e com juros; esses pagamentos são desgostos, tristezas, desânimos, amarguras. Portanto, atenção aos vossos pensamentos! Não sejais negligentes, trabalhai para formar filhos angélicos, divinos, que viverão em torno de vós e só vos trarão bênçãos."
"O que é nocivo para uns pode ser inofensivo ou mesmo bom para outros. Certas criaturas adquiriram uma tal familiaridade com o fogo que ele não as queima. Para os homens, o veneno das serpentes é mortal, mas há animais nos quais ele não tem qualquer efeito. Em termos ainda mais simples: certas pessoas não suportam o ar (ficam com frio) ou a luz (ela irrita os seus olhos), apesar de não haver nada melhor do que o ar e a luz.
Ou seja, tudo o que os humanos foram levados a considerar como mal não o é necessariamente. Por agora, é um aspeto perturbador, ameaçador, porque eles ainda são fracos ou estão doentes. A sua opinião só reflete as suas conceções pessoais, as suas próprias capacidades de resistência; trata-se, pois, de um juízo muito relativo. Mas interrogai os Iniciados: a sua resposta surpreender-vos-á, pois, como aprenderam a utilizar o mal, este tornou-se um bem para eles. E como é que eles conseguiram isso? Transformando-o."
Ou seja, tudo o que os humanos foram levados a considerar como mal não o é necessariamente. Por agora, é um aspeto perturbador, ameaçador, porque eles ainda são fracos ou estão doentes. A sua opinião só reflete as suas conceções pessoais, as suas próprias capacidades de resistência; trata-se, pois, de um juízo muito relativo. Mas interrogai os Iniciados: a sua resposta surpreender-vos-á, pois, como aprenderam a utilizar o mal, este tornou-se um bem para eles. E como é que eles conseguiram isso? Transformando-o."
"O Céu não exige dos humanos que sejam perfeitos, mas que trabalhem para o seu aperfeiçoamento. Um dia, cada um deve dizer para si mesmo: «Agora, eu devo plantar sementes na minha alma, isto é, pensamentos de luz, o amor por um alto ideal... E não pararei de cuidar destas sementes, de as aquecer, de as regar, de as alimentar com tudo aquilo que possuo de melhor. Compreendi que o Universo é regido por leis e que a primeira dessas leis é que todas as sementes acabam por dar frutos. Portanto, procurarei só plantar sementes de boa qualidade.» Ter fé, verdadeiramente, é isto: estar convencido de que todas as sementes plantadas no solo da vossa alma darão frutos.
Então, qualquer que seja a vossa religião – Cristianismo, Islamismo, Judaísmo, Hinduísmo, Budismo, etc. –, enquanto não tiverdes em conta este princípio universal, enquanto não o aplicardes, não tereis fé, mas unicamente crenças que não podem levar-vos muito longe. Ou antes: sim, elas podem levar-vos muito longe, mas na preguiça, nos insucessos, no desânimo, na revolta, etc."
"Muitas tragédias são provocadas por pessoas que, embora digam que querem fazer o bem, são incapazes de reagir com razoabilidade a uma pequena ofensa ou a uma injustiça sem gravidade. Elas querem o bem, mas, à menor ocasião, desencadeiam confrontos intermináveis.
Assim, a maior parte dos conflitos tem origem precisamente em incidentes minúsculos aos quais, em vez de os minimizar como se poderia ter feito, se deu uma importância desmesurada e que acabaram por degenerar. Toda a gente sabe isto, mas quem é que tira daí conclusões para o futuro? Ninguém se questiona nestes termos: «Vejamos: se eu tomar tal atitude, se eu tomar tal decisão, será que vou contribuir para melhorar as coisas ou para as complicar mais?» Será que os humanos querem realmente o bem? Apesar das suas afirmações, isso não é nada garantido. Se o quisessem, conseguiriam realizá-lo. Em todo o caso, ser-lhes-ia mais fácil apagar um fogo logo no início do que dominar depois um grande incêndio que a sua intransigência e a sua má vontade deixaram propagar."
Assim, a maior parte dos conflitos tem origem precisamente em incidentes minúsculos aos quais, em vez de os minimizar como se poderia ter feito, se deu uma importância desmesurada e que acabaram por degenerar. Toda a gente sabe isto, mas quem é que tira daí conclusões para o futuro? Ninguém se questiona nestes termos: «Vejamos: se eu tomar tal atitude, se eu tomar tal decisão, será que vou contribuir para melhorar as coisas ou para as complicar mais?» Será que os humanos querem realmente o bem? Apesar das suas afirmações, isso não é nada garantido. Se o quisessem, conseguiriam realizá-lo. Em todo o caso, ser-lhes-ia mais fácil apagar um fogo logo no início do que dominar depois um grande incêndio que a sua intransigência e a sua má vontade deixaram propagar."
"Há pessoas que deixam os outros maravilhados quando as ouvem falar: elas exprimem-se com uma tal inteligência, uma tal clareza, uma tal eloquência! Mas não basta compreender as coisas intelectualmente e expor de modo brilhante aquilo que se compreendeu; é preciso que essa compreensão se manifeste em todos os domínios da existência.
Alguém diz: «Eu compreendi, eu compreendi…» De acordo, mas, se a pessoa compreendeu verdadeiramente, deve agir em conformidade com aquilo que compreendeu. Ora, para a maioria das pessoas, há um fosso entre a compreensão e a realização. Elas compreendem que se deve ser honesto, sincero, indulgente, altruísta… E basta-lhes. Como se comportam depois, isso é outra questão! Pois bem, elas ainda têm de aprender que a verdadeira compreensão nunca está separada da realização. Quem não consegue exprimir pelos seus atos aquilo que diz ter compreendido não compreendeu realmente. Se tivesse compreendido, realizaria, pois saber é poder. Se não podeis, ainda não sabeis. Portanto, esforçai-vos por adquirir os elementos que faltam ao vosso saber, a fim de conseguirdes realizar."
Alguém diz: «Eu compreendi, eu compreendi…» De acordo, mas, se a pessoa compreendeu verdadeiramente, deve agir em conformidade com aquilo que compreendeu. Ora, para a maioria das pessoas, há um fosso entre a compreensão e a realização. Elas compreendem que se deve ser honesto, sincero, indulgente, altruísta… E basta-lhes. Como se comportam depois, isso é outra questão! Pois bem, elas ainda têm de aprender que a verdadeira compreensão nunca está separada da realização. Quem não consegue exprimir pelos seus atos aquilo que diz ter compreendido não compreendeu realmente. Se tivesse compreendido, realizaria, pois saber é poder. Se não podeis, ainda não sabeis. Portanto, esforçai-vos por adquirir os elementos que faltam ao vosso saber, a fim de conseguirdes realizar."
"Observai as vossas reações quando se vos apresenta uma dificuldade ou quando vos anunciam um acontecimento desagradável... De imediato, desencadeia-se no vosso interior um mecanismo: começais a inquietar-vos, a imaginar o pior, e assim, por vossa culpa, o que não passava de uma pequena pedra acaba por tornar-se um enorme rochedo que obstrói o vosso caminho. Isso não é sensato…
De futuro, estai vigilantes: quando vos dão uma notícia desagradável ou tendes uma má surpresa, em vez de vos deixardes dominar imediatamente pela cólera, pelo desânimo ou pelo desgosto, parai e dizei para convosco: «Vou esperar. Talvez não seja assim tão grave; pode ser que as coisas se resolvam...» E, assim, em vez de dardes a esse acontecimento proporções desmedidas e de ficardes esmagados mesmo antes de ele ocorrer, reforçais-vos. Por que é que se há de ter sempre como certo, não só o mal, mas até o pior?"
De futuro, estai vigilantes: quando vos dão uma notícia desagradável ou tendes uma má surpresa, em vez de vos deixardes dominar imediatamente pela cólera, pelo desânimo ou pelo desgosto, parai e dizei para convosco: «Vou esperar. Talvez não seja assim tão grave; pode ser que as coisas se resolvam...» E, assim, em vez de dardes a esse acontecimento proporções desmedidas e de ficardes esmagados mesmo antes de ele ocorrer, reforçais-vos. Por que é que se há de ter sempre como certo, não só o mal, mas até o pior?"
"A sílaba Om corresponde àquilo que, na tradição ocidental, chamamos o Logos, o Verbo criador. Na tradição hindu, ela representa o som original e está associada à Kalahamsa, a ave mítica que pôs o ovo primordial de onde saiu o Universo.
Om é uma sílaba com vibrações muito poderosas, que os hindus utilizam como mantra. Eles repetem-na incansavelmente nas suas meditações. Também vós podeis pronunciar este mantra, quer em voz alta, quer mentalmente: concentrai-vos nesta palavra sem pensar em mais nada e repeti: Om, Om, Om... Podeis também associá-la a um exercício de respiração: inspirai pelo nariz, pronunciando mentalmente quatro vezes Om, depois expirai pela boca muito lentamente, repetindo mais algumas vezes Om. Quando terminardes este exercício, sentir-vos-eis apaziguados e recarregados de energia.
A sílaba Om pode ser decomposta em A-u-m e é sob esta forma que nós a cantamos. Aqueles que estão conscientes do poder dos sons conseguem sentir, pouco a pouco, que este cântico inscreve na sua alma formas perfeitas."
Om é uma sílaba com vibrações muito poderosas, que os hindus utilizam como mantra. Eles repetem-na incansavelmente nas suas meditações. Também vós podeis pronunciar este mantra, quer em voz alta, quer mentalmente: concentrai-vos nesta palavra sem pensar em mais nada e repeti: Om, Om, Om... Podeis também associá-la a um exercício de respiração: inspirai pelo nariz, pronunciando mentalmente quatro vezes Om, depois expirai pela boca muito lentamente, repetindo mais algumas vezes Om. Quando terminardes este exercício, sentir-vos-eis apaziguados e recarregados de energia.
A sílaba Om pode ser decomposta em A-u-m e é sob esta forma que nós a cantamos. Aqueles que estão conscientes do poder dos sons conseguem sentir, pouco a pouco, que este cântico inscreve na sua alma formas perfeitas."
"Não procureis a clarividência pelos meios e métodos do ocultismo, pois a verdadeira clarividência, os olhos verdadeiros, encontram-se no coração: é o amor que abre os olhos. A mulher que ama um homem vê nele coisas que mais ninguém vê. E se ela o vê semelhante a uma divindade, não vale a pena dizer-lhe que está enganada! Não há dúvida de que, objetivamente, ela está enganada. Mas, se ela parece exagerar as virtudes e as belezas daquele que ama, é porque o vê como Deus o criou na origem, ou tal como ele será quando regressar ao seio do Eterno.
Ainda não foi compreendido o poder do amor para abrir os olhos da alma. Aquele que quer tornar-se clarividente deve aprender a amar. É preciso que o seu coração grite por socorro, como os cegos do Evangelho, que imploravam a Jesus: «Filho de David, tem piedade de nós!» Lançai um apelo e, um dia, a luz cósmica virá e perguntar-vos-á: «Que queres que eu faça por ti?» Respondereis: «Que os meus olhos se abram!» E o vosso pedido será atendido: os vossos olhos abrir-se-ão."
Ainda não foi compreendido o poder do amor para abrir os olhos da alma. Aquele que quer tornar-se clarividente deve aprender a amar. É preciso que o seu coração grite por socorro, como os cegos do Evangelho, que imploravam a Jesus: «Filho de David, tem piedade de nós!» Lançai um apelo e, um dia, a luz cósmica virá e perguntar-vos-á: «Que queres que eu faça por ti?» Respondereis: «Que os meus olhos se abram!» E o vosso pedido será atendido: os vossos olhos abrir-se-ão."
"Vós quereis, por exemplo, usar um talismã, para ficardes protegidos das agressões do mundo psíquico: ides a uma loja comprar um pentagrama, a estrela de cinco pontas, porque lestes que esse símbolo tem virtudes protetoras especiais. Pois bem, desenganai-vos! Se usardes esse pentagrama ou o puserdes à entrada da vossa casa, só ficareis protegidos se vós próprios o impregnardes de vibrações puras e harmoniosas com o vosso trabalho interior. Mesmo admitindo que um grande mago o tenha preparado para vós, esse talismã só poderá continuar a ser eficaz e poderoso se trabalhardes para adquirir as cinco virtudes nele simbolizadas: o amor, a sabedoria, a verdade, a justiça e a bondade.
O pentagrama é, de alguma forma, como que o esqueleto de um espírito do plano astral, mas é preciso dar-lhe vida, para que ele monte guarda junto de vós ou à entrada da vossa casa e vos proteja das entidades malfazejas. E só podeis vivificá-lo por intermédio da vossa própria vida, uma vida honesta, íntegra, ao serviço da luz. "
O pentagrama é, de alguma forma, como que o esqueleto de um espírito do plano astral, mas é preciso dar-lhe vida, para que ele monte guarda junto de vós ou à entrada da vossa casa e vos proteja das entidades malfazejas. E só podeis vivificá-lo por intermédio da vossa própria vida, uma vida honesta, íntegra, ao serviço da luz. "
"Vós tendes uma árvore no vosso jardim: podeis passar várias vezes diante dela sem lhe prestar atenção, como se ela fizesse parte da decoração de um teatro, em cartão ou em gesso. Mas podeis também tomar consciência de que se trata de uma criatura viva e até aproximar-vos dela para a saudar, lhe falar e penetrardes naquilo que ela representa.
Vós direis: «Mas porquê saudar uma árvore e falar para ela?» É claro que, fisicamente, materialmente, não muda nada. As mudanças ocorrem nos planos subtis; a árvore enriquece-se com a vossa presença, ao mesmo tempo que vós vos enriqueceis com a presença dela. E vós é que mais ganhais com isso: entrais em comunicação com a vida que circula desde as suas raízes até às extremidades dos seus ramos. Além disso, relacionais-vos também com as entidades que nela habitam e que cuidam dela, pois há entidades que têm como ocupação manter a vida em toda a Natureza."
Vós direis: «Mas porquê saudar uma árvore e falar para ela?» É claro que, fisicamente, materialmente, não muda nada. As mudanças ocorrem nos planos subtis; a árvore enriquece-se com a vossa presença, ao mesmo tempo que vós vos enriqueceis com a presença dela. E vós é que mais ganhais com isso: entrais em comunicação com a vida que circula desde as suas raízes até às extremidades dos seus ramos. Além disso, relacionais-vos também com as entidades que nela habitam e que cuidam dela, pois há entidades que têm como ocupação manter a vida em toda a Natureza."
"Alguém que está apaixonado não tem qualquer dúvida sobre aquilo que sente. No entanto, essa pessoa não vê o seu amor, não lhe toca, pois um sentimento é algo impalpável. E quem tem uma opinião, convicções, será que as vê, será que lhes toca? Não. Contudo, essa pessoa está pronta a bater-se e a morrer por elas. E alguém que diz: «Na minha alma e na minha consciência, eu condeno este homem», expressa um julgamento de duras consequências em nome de algo que também não viu. Então, como é que, de repente, se dá uma tal importância a essa alma e a essa consciência que são invisíveis?
Mesmo sem se aperceberem disso, os humanos só acreditam em coisas invisíveis, impalpáveis: todos sentem, amam, sofrem, choram e se regozijam por razões e causas invisíveis... Então, como é que alguns podem afirmar que só acreditam naquilo que veem, naquilo que tocam? Que contradição!..."
"Lede a vida dos santos, dos profetas, dos Iniciados; todos passaram por provas terríveis. Alguns, que compreendiam o sentido dessas provas, não perdiam a coragem, não se revoltavam: eles sabiam que era graças a essas provas que se tornariam divindades. Mas outros, que não tinham ainda luz suficiente, ficavam acabrunhados e, às vezes, até se revoltavam: por que é que o Céu não vinha em seu auxílio? Eles tinham-lhe sacrificado tudo e ele abandonava-os!...
Muitas vezes, o que falta aos espiritualistas é o verdadeiro saber. Eles pensam que, por terem consagrado a sua vida a Deus, verão correr rios de leite e mel, caminharão sobre pétalas de rosas e receberão coroas. É verdade que na Bíblia se encontram promessas destas, e também é verdade que isso acontecerá, mas só quando eles tiverem vencido todos os obstáculos! Entretanto, aquele que possui a verdadeira luz deve aprender a fazer com que as suas provações e os seus sofrimentos, sejam quais forem, sirvam para a sua evolução."
Muitas vezes, o que falta aos espiritualistas é o verdadeiro saber. Eles pensam que, por terem consagrado a sua vida a Deus, verão correr rios de leite e mel, caminharão sobre pétalas de rosas e receberão coroas. É verdade que na Bíblia se encontram promessas destas, e também é verdade que isso acontecerá, mas só quando eles tiverem vencido todos os obstáculos! Entretanto, aquele que possui a verdadeira luz deve aprender a fazer com que as suas provações e os seus sofrimentos, sejam quais forem, sirvam para a sua evolução."
"Por que é que nós assistimos ao nascer do Sol? Por que é que nos concentramos nele? Para aprendermos a mobilizar todos os nossos pensamentos, todos os nossos desejos, todas as nossas energias, e a orientá-los com vista à realização do mais alto ideal.
Aquele que trabalha para unificar a multiplicidade de forças caóticas que o puxam em todos os sentidos para as lançar numa direção única, luminosa, salutar, torna-se um fogo tão intenso que a sua presença, tal como o Sol, é capaz de irradiar através do espaço. Quando consegue dominar as tendências da sua natureza inferior, isso é benéfico para a humanidade inteira e ele próprio torna-se um Sol. Ele vive numa tal liberdade, que alarga o campo da sua consciência até ao infinito e todos beneficiam com a enorme abundância de luz e de amor que emana dele."
Aquele que trabalha para unificar a multiplicidade de forças caóticas que o puxam em todos os sentidos para as lançar numa direção única, luminosa, salutar, torna-se um fogo tão intenso que a sua presença, tal como o Sol, é capaz de irradiar através do espaço. Quando consegue dominar as tendências da sua natureza inferior, isso é benéfico para a humanidade inteira e ele próprio torna-se um Sol. Ele vive numa tal liberdade, que alarga o campo da sua consciência até ao infinito e todos beneficiam com a enorme abundância de luz e de amor que emana dele."
"A vida quotidiana da maior parte dos humanos é feita de reclamações, de lutas, de tormentos, de rancores. Porquê? Porque o seu campo de consciência é tão estreito e limitado que nada lhes parece mais importante do que as suas preocupações, as suas ambições, as suas cobiças, as suas querelas. Eles não veem a imensidão do céu por cima deles, todo esse espaço infinito… Se eles acedessem a levantar os olhos, sairiam dessas limitações e respirariam livremente. Sim, pois trata-se, simplesmente, de uma direção do olhar: não continuar a dirigi-lo tanto para baixo, mas sim para cima.
Aquele que pensa no infinito, na eternidade, começa a sentir que algo nele plana acima de tudo, que já nada poderá fazer-lhe mal, nenhum vexame, nenhuma ofensa, nenhuma perda, porque está a despertar para uma consciência nova."
Aquele que pensa no infinito, na eternidade, começa a sentir que algo nele plana acima de tudo, que já nada poderá fazer-lhe mal, nenhum vexame, nenhuma ofensa, nenhuma perda, porque está a despertar para uma consciência nova."
"Perante as verdades da Ciência espiritual, certas pessoas limitam-se a ficar com um ar desconfiado e cheio de subentendidos, dizendo: «Eu duvido… Eu sou cético…», como se esse ceticismo fosse o fruto de dezenas de anos de profunda reflexão. Na realidade, essas pessoas mostram até que ponto são limitadas mentalmente: não estudaram, não querem fazer o esforço de estudar, e então acham cómodo manter-se na dúvida. Isso evita que reflitam verdadeiramente e dá-lhes a ilusão de que são grandes pensadores.
Aqueles que são céticos revelam unicamente que nunca estudaram nada em profundidade. Se não adquiriram nenhuma certeza, é porque não foram longe nas suas pesquisas. E isso também significa que são orgulhosos, pretensiosos, pois não atribuem qualquer valor a todo o saber que outros, muito antes deles, se esforçaram por adquirir e nos transmitir."
Aqueles que são céticos revelam unicamente que nunca estudaram nada em profundidade. Se não adquiriram nenhuma certeza, é porque não foram longe nas suas pesquisas. E isso também significa que são orgulhosos, pretensiosos, pois não atribuem qualquer valor a todo o saber que outros, muito antes deles, se esforçaram por adquirir e nos transmitir."
"A inteligência humana é uma manifestação da Inteligência Cósmica, mas uma manifestação muito imperfeita, pois, ao passar através de cérebros e corações continuamente afetados pela desordem das paixões, fica limitada, obscurecida. A Inteligência Cósmica não pode manifestar-se de modo perfeito através de um ser que ainda não sabe dominar os seus movimentos instintivos. Para se tornar condutor dessa Inteligência, ele tem de aprender a dominar-se, a purificar-se.
A inteligência do homem não é, pois, unicamente, produto dos seus estudos e das suas reflexões, é consequência do estado, bom ou mau, em que se encontram todas as células do seu corpo. Por isso, ele deve ocupar-se delas, estando atento à qualidade do seu alimento físico, mas, sobretudo, do seu alimento psíquico (as suas sensações, os seus sentimentos, os seus desejos, os seus pensamentos), senão permanecerá fechado às maiores revelações. Não existe outro meio para aumentar a inteligência que não seja melhorar a maneira de viver; os Iniciados sempre acreditaram nisso, sempre souberam isso e sempre trabalharam nesse sentido."
A inteligência do homem não é, pois, unicamente, produto dos seus estudos e das suas reflexões, é consequência do estado, bom ou mau, em que se encontram todas as células do seu corpo. Por isso, ele deve ocupar-se delas, estando atento à qualidade do seu alimento físico, mas, sobretudo, do seu alimento psíquico (as suas sensações, os seus sentimentos, os seus desejos, os seus pensamentos), senão permanecerá fechado às maiores revelações. Não existe outro meio para aumentar a inteligência que não seja melhorar a maneira de viver; os Iniciados sempre acreditaram nisso, sempre souberam isso e sempre trabalharam nesse sentido."
"Qualquer que seja o estado em que vos encontreis, mesmo o mais miserável, animai-vos, pois espera-vos uma grande herança, uma herança divina. Se até agora não a recebestes, é porque ainda não atingistes a maioridade. Não é possível conhecer a data em que isso acontecerá; o que é certo é que, quando atingirdes a maioridade, recebereis a herança. Pode ser daqui a vinte ou trinta anos, pode ser numa futura encarnação… Direis vós: «Mas como é que poderão encontrar-me? Eu terei mudado de país, de nacionalidade...» Vós podeis mudar tudo o que quiserdes, mas as entidades celestes encontrar-vos-ão sempre.
Portanto, pensai todos os dias nesta herança divina; este pensamento, só por si, agirá muito favoravelmente sobre vós. Entretanto, trabalhai!
Tudo o que se pode prometer aos humanos nunca satisfará a imensidão dos seus desejos. Uma mulher ou um marido, uma casa, um jardinzinho, um automóvel... O que é isso? Mesmo quando os têm, eles continuam insatisfeitos. A imensidão, o infinito, a eternidade – é isso a verdadeira herança, a única capaz de preencher o seu coração."
Portanto, pensai todos os dias nesta herança divina; este pensamento, só por si, agirá muito favoravelmente sobre vós. Entretanto, trabalhai!
Tudo o que se pode prometer aos humanos nunca satisfará a imensidão dos seus desejos. Uma mulher ou um marido, uma casa, um jardinzinho, um automóvel... O que é isso? Mesmo quando os têm, eles continuam insatisfeitos. A imensidão, o infinito, a eternidade – é isso a verdadeira herança, a única capaz de preencher o seu coração."
"Para conhecer o amor, sentir o amor, viver o amor e dar o amor, nós devemos trabalhar para desenvolver harmoniosamente o nosso intelecto, o nosso coração e a nossa vontade.
O verdadeiro amor não é apenas um sentimento. O verdadeiro amor é um estado de consciência, o mais elevado que um ser humano pode atingir. É a consciência divina na sua plenitude, e não é dado a todos viverem esta experiência, ela é mesmo muito rara. Aquele que é tocado por esse amor, nem que seja por um breve instante, tem a sensação de ter sido atingido por um raio: recebe subitamente algo tão sublime que quase não consegue suportá-lo, e é esse amor que depois, ao longo da sua vida, o ilumina, o vivifica e o ressuscita. Não há nada em comum entre este estado de consciência e aquilo a que geralmente se chama amor, que, na maior parte das situações, não passa de uma embrulhada de sentimentos. O amor verdadeiro diz respeito à totalidade do ser."
"Não basta conhecer os métodos que permitem a alguém tornar-se médium, mago, alquimista, etc. É preciso questionar-se, à partida, sobre o propósito para o qual se trabalha e saber que há leis que é preciso respeitar. Aqueles que praticam os métodos do ocultismo só por interesse pessoal infringem as leis da harmonia cósmica; por fim, é o próprio Cosmos que os veta e eles fracassam lamentavelmente.
Muitos ocultistas ou pretensos espiritualistas procuraram obter resultados sem se preocuparem em saber se agiam em harmonia com os projetos da Inteligência Cósmica e acabaram muito mal. As obras sobre ciências ocultas propõem um grande número de métodos, de fórmulas, de rituais; mas, além de muitos comportarem riscos, nenhum desses métodos tem tanto valor como aquele que consiste em entrar em harmonia com a ordem cósmica. E as coisas vão ainda mais longe: para aqueles que não procuram essa harmonia e deixam as tendências anárquicas tomarem preponderância neles mesmos, as práticas mais inofensivas tornam-se perigosas e viram-se contra eles."
"O sofrimento dá ao homem a possibilidade de mergulhar em si próprio para refletir, meditar e atrair a si entidades superiores que o guiarão e virão em sua ajuda. Não há maior ciência do que saber sofrer. Daqueles que sabem sofrer, emanam perfumes de flores. Destilar e exalar perfumes é a ciência das flores. Por terem aprendido a resistir às intempéries, a enfrentar os perigos que as ameaçam, as flores emanam um perfume requintado, e nós gostamos delas.
Mas que eflúvios podem produzir aqueles que, à menor contrariedade, gritam e se revoltam? Só quem descobriu como aceitar o seu sofrimento, trabalhando com ele, emana esse perfume. Quando um Iniciado sofre porque toma sobre os seus ombros os fardos e os erros dos homens, como Jesus fez, esse sofrimento aceite por amor exala o mais delicioso dos perfumes; então, os Anjos vêm deliciar-se com esses eflúvios, tal como nós nos regozijamos num jardim junto de uma árvore em flor."
Mas que eflúvios podem produzir aqueles que, à menor contrariedade, gritam e se revoltam? Só quem descobriu como aceitar o seu sofrimento, trabalhando com ele, emana esse perfume. Quando um Iniciado sofre porque toma sobre os seus ombros os fardos e os erros dos homens, como Jesus fez, esse sofrimento aceite por amor exala o mais delicioso dos perfumes; então, os Anjos vêm deliciar-se com esses eflúvios, tal como nós nos regozijamos num jardim junto de uma árvore em flor."
"Tal como o animal, o homem come para subsistir. Mas ele não deve limitar-se a comer como um animal, isto é, sem consciência. Porquê? Porque os alimentos não são uma matéria morta, são vivos. E, como são vivos, têm uma voz, falam connosco, transmitem-nos os seus segredos. Para recebermos esses segredos, nós devemos aprender a comer em silêncio, concentrando-nos em cada alimento que levamos à boca.
Os alimentos são luz solar condensada, mas também sons condensados, pois a luz não está separada do som. Para aquele que se exercitou a escutar, a luz fala, canta, é música, é o Verbo Divino. Na algazarra do mundo, não se consegue ouvir nada, e isso é uma grande pena! Para se compreender a linguagem dos alimentos, há que começar por restabelecer o silêncio, não só à sua volta, mas também em si mesmo."
Os alimentos são luz solar condensada, mas também sons condensados, pois a luz não está separada do som. Para aquele que se exercitou a escutar, a luz fala, canta, é música, é o Verbo Divino. Na algazarra do mundo, não se consegue ouvir nada, e isso é uma grande pena! Para se compreender a linguagem dos alimentos, há que começar por restabelecer o silêncio, não só à sua volta, mas também em si mesmo."