Qual será a ponte
mais importante do mundo?
Possivelmente,
muitas imagens de megaconstruções tenham passado pela nossa mente neste
instante. Seguramente, nenhuma delas é a mais importante, embora todas sejam
úteis.
Agora imaginemos
uma mãe com seu bebê no colo.
Imaginemos o
neném sugando o leite materno enquanto a mãe o acaricia e o envolve em carinho.
Sem dúvida, uma
imagem divina!
Imaginemos uma
criança deitada sobre o peito de seu pai, enquanto ele passa suavemente a mão
sobre suas costas.
Outra cena
comovente, com certeza.
Mas, afinal de
contas, o que isso tem a ver com a ponte mais importante do mundo?
Tem, e muito.
Esses pequenos
gestos são os alicerces que sustentarão a ponte mais eficiente e mais
importante da vida: a ponte do diálogo.
Muitos pais
desconhecem que é desde os primeiros dias de vida de seus bebês que a ponte do
diálogo deve ser iniciada.
Os pais que sabem
disso começam a conversar com o filho enquanto ele ainda se move no ventre
materno. E o bebê responde, ao seu modo.
No entanto,
quando esse importante meio de comunicação e união não é construído, as
consequências podem ser desastrosas, pois um precipício pode se abrir entre
pais e filhos.
Desatentos para
essa realidade, muitos genitores creem que somente quando o filho for jovem é
que deverão se preocupar com uma aproximação. Ledo engano!
Não é raro que
muitos pais se desesperem quando tentam dar um passo na direção do filho e só
encontram um profundo vazio.
Não há ponte...
Não há como se aproximar.
Perplexos, eles
se desesperam.
Os filhos não os
ouvem. Não há entendimento. Só há um grande e triste distanciamento.
Onde foi que
erramos? – Indagamos a nós mesmos. Mas não ouvimos resposta alguma.
Encontraremos a
resposta fazendo uma retrospectiva de nossas atitudes para com os filhos, desde
antes de chegarem ao mundo.
As cenas são
quase sempre iguais, mudando apenas o cenário e os personagens.
O filho pequeno,
que ainda não sabe se comunicar com palavras, é extremamente sensível aos
gestos dos pais. Mas é tratado como se fosse apenas um boneco, sem razão nem
sentimentos.
Não é digno de
atenção, pois não sabe se expressar.
É um equívoco,
pois logo as crianças demonstram sua indignação agindo com rebeldia ou
violência, ou se isolando do mundo.
Por todas essas
razões, e outras mais, é importante pensar nessa ponte de afeição que liga as
criaturas.
Ela precisa ser
construída com cuidado, usando-se os melhores sentimentos de ternura, atenção e
respeito, os únicos que são eficientes e duráveis.
Por mais que
avance a tecnologia, que tenhamos mil modos de comunicação, nada substitui o
diálogo caloroso entre os familiares.
E não basta
apenas estar junto.
Não é suficiente
sentarmos na mesma poltrona, ligarmos a TV e assistir um bom filme. É preciso
estar junto, sentir o coração pulsando, os olhares fugidios, os medos
escondidos.
Consideremos tudo
isso e comecemos, ainda hoje, a construção dessa ponte de ternura que nos
aproximará de quem amamos.
Não permitamos
que a erosão da indiferença abra valas intransponíveis entre nós e os nossos
amores!
Aproximemo-nos,
de corpo e alma, enquanto ainda há tempo.
* * *
Quando a ponte do
diálogo é construída sobre as bases da confiança e do respeito mútuo, não há
nada capaz de derrubá-la, e as relações afetivas estarão sempre preservadas.
Pensemos nisso.
Mas pensemos agora!
Redação do
Momento Espírita
Em 14.9.2018