domingo, 6 de janeiro de 2019

MESTRE OMRAAM MIKHAEL AIVANHOV


"Imaginai que um homem ia a um país estrangeiro e aí proclamava: «Reuni-vos, chamai as fanfarras, prestai-me honras! Eu vou explicar-vos os motivos da minha visita...» As pessoas rir-se-iam na sua cara e talvez até o fechassem num sítio qualquer, pois não se reconhece alguém que se apresenta assim, em seu próprio nome. Mas eis agora um embaixador: ele é enviado pelo seu país, portanto representa um Estado; mesmo que seja pequeno, fracote e enfezado, é recebido com grandes honras: as fanfarras tocam, os soldados desfilam, todos se inclinam diante dele; é ao seu país, através dele, que se presta essas honras.
Acontece o mesmo com o ser humano relativamente às entidades luminosas do mundo invisível. Se ele se lhes apresentar sem que nada nele o recomende a essas entidades, se ele não tiver nada para mostrar que seja maior, mais significativo, do que ele próprio, elas nem sequer o notarão. Mas, se tiver na sua aura marcas que mostram que ele vive em conformidade com a Lei Divina, elas reconhecerão o Céu através dele, acolhê-lo-ão e festejarão a sua presença."

"O calor e o frio, o amor e a sabedoria... Como é que, na Natureza, estas duas manifestações devem alternar? Aquele que trabalhou com o calor (o amor) deve trabalhar também com o frio (a sabedoria), e inversamente. Com esta passagem de um polo ao outro, ele não só se mantém em equilíbrio, mas também, neste movimento de vaivém, descobre a plenitude da vida. Aquele que permanece eternamente no frio ou no calor não pode desenvolver-se harmoniosamente.
Como é que procedeis quando precisais de cozer legumes? Colocais a panela ao lume, mas, ao fim de um certo tempo, retirai-la, não deixais queimar tudo, porque sois sábios. O que há de mais natural do que sentir amor por alguém? Mas a sabedoria diz-vos para não irdes demasiado longe. Se sentirdes o calor subir em vós por causa de um ser, não deixeis a panela ao lume demasiado tempo! O calor (o amor) é bem-vindo, mas deve ser seguido por um pequeno refrescar: a sabedoria."

"Por vezes, viveis momentos que são como bênçãos que recebeis do Céu... Guardai preciosamente esse registo, sabendo que a verdadeira felicidade está na atenção constante dirigida às coisas belas, na sensibilidade a tudo o que é divino.
Quando sentis que o espírito, a luz, vos visitou, não sejais negligentes, não deixeis apagar essas impressões pensando imediatamente noutra coisa; focai-vos nelas por um longo período, para que elas penetrem profundamente em vós. Deste modo, elas deixarão na vossa alma marcas que perdurarão eternamente e essas marcas inspirar-vos-ão sempre. É preciso adquirir este hábito: em vez de vos sobrecarregardes sempre com estados negativos – deceções, animosidades –, o que os alimenta, os reforça, deixai-os de lado, concentrai-vos em tudo o que vos acontece de bom, de puro, de luminoso."

"A justiça divina tem as suas leis, que nem sempre são idênticas às da justiça humana. Consideremos um exemplo. Vós quereis fazer bem a alguém, mas, por ignorância ou por serdes desajeitados, essa pessoa sofre um acidente: a justiça terrestre, que não distingue os vossos propósitos, condena-vos segundo os vossos atos. Mas a justiça do Alto, que conhece as vossas boas intenções, talvez deixe as leis dos humanos punir-vos, pois não é esse o seu domínio, mas recompensar-vos-á amplamente pela vossa generosidade.
De modo inverso, vós podeis agir aparentemente em benefício de alguém, mas com a intenção oculta de abusar dessa pessoa; na terra, sereis apreciados, felicitados, mas o Céu castigar-vos-á, porque os tribunais celestes não vos julgam segundo os vossos atos, mas segundo os vossos propósitos. Os atos e os propósitos não dependem da mesma jurisdição. Evidentemente, se os vossos propósitos e os vossos atos forem divinos, irrepreensíveis, sereis recompensados pelos dois lados; se transgredirdes as leis em ambos os domínios, sereis condenados pelos dois tribunais."

"Há na Terra toda a espécie de regiões: umas arborizadas, floridas, férteis, onde as pessoas passeiam com toda a segurança e aí se maravilham; e outras que são desertos, pântanos ou selvas infestadas de feras, de animais venenosos, e onde é perigoso permanecer. Vós sabeis tudo isso; o que talvez não saibais, aquilo de que não estais suficientemente conscientes, é que essas regiões também existem em vós. Em vós também há desertos e planícies férteis, selvas e jardins tranquilos, pântanos onde as pessoas se afundam e solos onde podem avançar tranquilamente.
É útil saber de geografia, de geologia e também de agricultura, mas é ainda mais importante conhecer as suas terras interiores e aprender a evitar umas e a entrar noutras, para cuidar delas e cultivá-las. É bom saber navegar nos rios e nos oceanos e escalar os cumes das montanhas, mas é preferível saber dominar as tempestades ou os turbilhões em si próprio e exercitar-se a escalar os cumes das montanhas espirituais."

"Quando pensais, é já como se falásseis. Essa palavra interior é real, poderosa, mágica, é aquilo a que se chama “o verbo”. O verbo é o pensamento que ainda não se traduziu fisicamente em palavras, mas já está expresso em formas, em cores, em vibrações. Quando falais interiormente com toda a vossa alma e todo o vosso coração, as plantas, os animais, as aves, os insetos, compreendem a vossa linguagem, e os planetas, as estrelas, os Anjos e os Arcanjos também vos ouvem.
No mundo invisível, as criaturas não se falam usando as palavras de uma língua, mas sim as cores, as formas e as melodias que emanam delas, e cada uma sabe interpretar imediatamente essa linguagem. Virá um dia em que os humanos comunicarão entre si graças às suas emanações e compreender-se-ão, porque o verbo é a linguagem universal."

"Antes de vos lançardes em qualquer iniciativa, procurai elevar-vos até ao mundo da luz e perguntai como deveis agir. A resposta virá sob a forma de um pensamento, de um sentimento, de uma imagem, de uma figura simbólica. Se esta resposta for clara, é porque a via está livre, podeis agir. Mas, se sentirdes uma hesitação, uma perturbação ou uma contradição, é porque há obstáculos no vosso caminho ou porque ainda não estais preparados para esse empreendimento. Então, voltai a colocar a questão no dia seguinte e não atueis antes de o caminho estar livre e de o verdes com clareza.
O vosso coração e o vosso intelecto são ecrãs nos quais entidades do mundo invisível projetam respostas às questões que colocais. Portanto, antes de tomardes uma decisão, observai esses ecrãs e, se as imagens que eles vos mostram permanecerem obscuras, não deveis agir. Os espíritos da sabedoria não param de trabalhar por toda a parte; então, em vez de quererdes realizar os vossos próprios projetos a todo o custo, perguntai-lhes se o Céu, que sabe exatamente aquilo de que necessitais, não tem projetos melhores para vós."

"Dos quatro elementos, o fogo é certamente aquele que exerce mais fascínio sobre os humanos. Eles veem as chamas a bailar e, instintivamente, estendem as mãos para elas, como se sentissem que podem captar qualquer coisa. Porquê? Vós direis que é a Natureza que os impele a agir deste modo. Sim, claro, mas esse impulso tem uma razão profunda.
Nós possuímos, na extremidade dos nossos dedos, centros muito sensíveis, pois são providos de um grande número de células sensitivas. Foi mesmo possível constatar que a sensibilidade de um ser se mede, entre outras coisas, pela protuberância nas extremidades dos seus dedos. Por isso, quando estendemos as mãos para o fogo, os centros sensíveis das pontas dos dedos começam a funcionar: eles captam o calor, bem como outros elementos subtis, e transmitem-nos ao nosso organismo. Assim, não só o nosso corpo é aquecido, como o nosso plexo solar é favoravelmente influenciado."

"Muitas vezes, as pessoas falam sem refletir, sem pesar as suas palavras! Assemelham-se a crianças que se divertem com fósforos: lançam fogo por onde passam. Depois, bem podem lamentar e pedir desculpa, que é demasiado tarde: em breve, só haverá cinzas… É assim que, sem o quererem, os humanos ajudam as forças tenebrosas nos seus propósitos de destruição: eles nunca estão suficientemente conscientes dos estragos que podem provocar por intermédio da palavra. Se se fosse procurar a origem dos mal-entendidos, dos conflitos na sociedade e no mundo, constatar-se-ia que, na maioria dos casos, ela está na palavra: alguém falou à toa, pelo prazer de falar, para se mostrar mais manhoso, mais astuto do que os outros, e assim os rebaixar.
Procurai, pois, vigiar-vos. Quando tiverdes de falar, fazei-o com a intenção de melhorar os seres que vos escutam, de iluminar a sua inteligência, aquecer o seu coração e, sobretudo, dirigir a sua vontade para o serviço ao mais elevado dos ideais."

"A tristeza, o desânimo, a irritação… Fazei todo o possível para sairdes desses estados, acendendo as lâmpadas que o Criador colocou em vós... Toda a espécie de lâmpadas, grandes, pequenas, coloridas... Como acendê-las? É muito simples: exatamente como fazeis para acender as lâmpadas em vossas casas.
Em cada casa existe uma instalação elétrica que depende de uma central e, quando se quer ter luz, carrega-se num botão. Todos vós possuís interiormente uma instalação idêntica e pode-se dizer que essa instalação recebe a corrente da Central Cósmica: Deus. No mundo físico, existe um botão, um comutador, que é preciso girar ou pressionar. No mundo psíquico, basta o pensamento. Concentrai-vos no Senhor, a Luz das luzes, pensando que acendeis lâmpadas em todo o vosso ser. Acender-se-á primeiro uma, depois outra… Não pareis, outras mais se acenderão e, por fim, será uma verdadeira iluminação."

"Não basta dizer que se pertence a uma religião para afirmar a sua fé, pois só o comportamento mostra a fé que se tem. Uma fé verdadeira está suportada no amor, na inteligência, no saber, na vontade, que devem ser manifestados por atos.
Crer em Deus é sentir-se filho ou filha de Deus e, portanto, esforçar-se por agir em conformidade com essa filiação. Um filho ou uma filha de Deus sabem não só que são herdeiros das virtudes e dos poderes do seu Pai e da sua Mãe Celestes, mas também que devem pôr tudo em ação para os desenvolver. Qualquer ato que não é inspirado pela sabedoria e pelo amor verdadeiros produz no homem miasmas que se opõem às manifestações da Divindade. Aquele que sente que Deus é seu Pai só tem uma coisa a fazer: libertar, purificar, o espaço entre esse Pai e ele próprio. Então, sim, pode dizer que tem fé."


"Quando se observa aquilo que se passa no mundo, constata-se que nada nele é muito bom nem belo: há tantas desordens, tantas injustiças, tantas misérias, tantas tragédias! Mas, para o Espírito Cósmico, não existe fealdade nem mal. Para o Espírito Cósmico, a Criação é uma vasta harmonia, na qual não entra qualquer dissonância. Mas, para se ter um tal ponto de vista sobre o mundo, é preciso poder olhar de muito longe e de muito alto.
Quando cozinhais e moeis ou amassais os alimentos, se eles tivessem consciência não parariam de se queixar dos maus tratos que lhes infligis. Mas vós, que tendes outro ponto de vista sobre a situação, porque sabeis o que fazeis, dizeis simplesmente: «Eu estou a preparar um bom prato com que todos vão regalar-se.» Pois bem, é esse o ponto de vista do Espírito Cósmico sobre o que acontece no mundo."

"Pode acontecer-vos, quando orais, ter a sensação de que isso não serve para nada, de que ficais no vazio. Vou dar-vos um método simples, mas muito eficaz. Quando orais, começai por criar a imagem de uma multidão de espíritos dispersos no mundo inteiro e que, lá onde se encontram, estão a concentrar-se no Criador, a ligar-se a Ele pelo seu pensamento e pelo seu amor. Imaginai que vos juntais a esses seres para orar com eles… Como apelais para o Céu em conjunto com milhares de seres cheios de fervor, a vossa voz já não estará isolada no deserto da vida: sentireis que a vossa oração é ouvida, por causa do grande número de seres que procuram fazer-se ouvir, e também beneficiareis com isso.
É por orardes sós que tendes a sensação de que a vossa oração não atinge o seu objetivo. O segredo está em ligar-se a todos aqueles que oram, pois, a qualquer momento, algures no mundo, há seres em oração."

"Uma chama é tão fraca que basta um sopro para a apagar. Mas, se a alimentardes, ela poderá tornar-se um verdadeiro braseiro e os mesmos sopros que a ameaçavam farão o contrário: reforçá-la-ão ao ponto de já nada poder resistir-lhe.
A chama é um símbolo do espírito em nós e, se não a alimentarmos, à menor dificuldade ela apagar-se-á. Há muitas pessoas que deixaram apagar nelas a chama do espírito e é por isso que, ao menor obstáculo, se desmoronam. Quanto às que aprenderam a reforçar em si o poder do espírito pela oração, pela meditação, pela contemplação, os obstáculos não só não as detêm, como as impelem a ir ainda mais longe, com um ardor ainda maior. As mesmas dificuldades que deitam por terra os fracos reforçam todos aqueles que alimentam em si a chama do espírito."

"Primavera, verão, outono e inverno... Estas quatro estações encontram-se na nossa vida. A primavera, com as suas primeiras folhas e as suas flores, passa muito depressa. O verão é borbulhante, agitado por paixões. Com o outono, tudo se apazigua; é o melhor período, aquele em que o homem, finalmente senhor de si mesmo, é capaz de dar frutos. O inverno, a estação do frio, do despojamento, aparentemente não é muito agradável; mas tudo depende do modo como as estações anteriores foram vividas.
É interessante estudar como se pode estabelecer uma correspondência entre as quatro estações e os quatro períodos da vida. A primavera é a infância, a vida que jorra, o crescimento; o verão é a adolescência, com a descoberta do amor; o outono é a maturidade, na qual, finalmente, a sabedoria se manifesta. Quanto ao inverno, é a velhice, que traz a verdade... Para muitos, infelizmente, a triste verdade, pois, no momento de deixarem a terra, já não podem ter ilusões. Portanto, é isto: a vida, o amor, a sabedoria e a verdade..."

"Os investigadores que se debruçaram sobre a questão do sono descobriram que ele comporta vários estádios, vários patamares. Do mesmo modo, no plano psíquico e no plano espiritual existem vários níveis de sono ou de vigília, isto é, vários níveis de consciência. Todos nós temos, pois, a tarefa de nos despertarmos.
A tradição cristã não fala de despertar, mas de novo nascimento. Porquê “nascer de novo”? Na sua conversa com Nicodemos, que viera colocar-lhe questões, Jesus respondeu: «Se um homem não nascer de novo, não poderá ver o Reino de Deus.» Mas, na realidade, o novo nascimento, tal como o despertar, é um processo contínuo: cada progresso na via da luz, da verdade, é um novo nascimento, um novo despertar. O despertar, tal como o novo nascimento, é o objetivo da vida espiritual. O nome Buda significado “o Desperto”."

"A Criação é obra dos dois princípios, masculino e feminino. Assim que se encontram em presença um do outro, estes dois polos opostos e complementares começam a trabalhar para criar. Esta lei aplica-se a todas as regiões do Universo e também é ela que rege o comportamento dos humanos. Na presença de uma mulher, um homem mostra-se empreendedor, ao passo que ela se torna recetiva.
Os Iniciados, que foram muito longe na compreensão de todos os fenómenos naturais, aprenderam a utilizar esta lei da polarização na vida espiritual. E aí já não se trata, evidentemente, de homens nem de mulheres, mas de princípios divinos. Assim, para desenvolver nele as qualidades femininas – a recetividade, a humildade, a doçura, a bondade, a obediência –, o Iniciado põe-se em presença do princípio masculino, o Pai Celeste. E, para desenvolver as qualidades masculinas – a força, a vontade, a audácia –, ele entra em contacto com o princípio feminino, a Mãe Divina. É por saber trabalhar alternadamente com as forças masculinas e femininas que, um dia, o Iniciado é capaz de fazer nascer nele o filho divino: o Cristo."

"Vós desejais a harmonia, desejais a paz, e, com efeito, elas são os bens mais preciosos. Entretanto, nunca esqueçais que só as obtereis se primeiro tiverdes encontrado dificuldades e oposições. Aquele que julga que consegue encontrar a harmonia e a paz, sem antes ter aprendido a vencer obstáculos, prepara para si mesmo uma vida de fraquezas e de desordens, pois deixar-se-á levar pela facilidade e pela preguiça.
A verdadeira harmonia e a verdadeira paz são a recompensa que só é recebida por aqueles que conseguiram conquistá-las com a sua resistência, a sua bondade, a sua capacidade de sacrifício. Eles aprenderam a utilizar tudo, a transformar tudo, a melhorar tudo, e, mesmo que tenham de passar por provações e sofrer, não ficam perturbados e não perturbam os outros. Graças a um trabalho sustentado, eles entram em relação com as entidades luminosas do mundo invisível e, então, atingem a verdadeira paz, a verdadeira harmonia."

"O fogo ensina-nos a libertação. Observai um fogo de lenha a arder... Toda a energia solar acumulada na árvore, e que é a alma dessa árvore, se liberta da forma na qual estava aprisionada e volta para as regiões celestes.
É o fogo que permite a abertura desses milhares de saídas pelas quais se escapa a alma da árvore. Os barulhos, os estalidos que se ouve, são a linguagem da libertação. Onde é mais difícil forçar a saída, a alma tem de bater com mais força, e todas essas explosões são os cantos de vitória da alma a libertar-se. E nós, se aprendermos a olhar para o fogo, sentimos que nos libertamos dos nossos invólucros, das nossas carapaças. Para se libertar e voltar à sua pátria celeste, a nossa alma precisa do fogo."

"Procurar a felicidade é como correr atrás de uma bola à qual, no momento em que se vai agarrá-la, se dá um pontapé... Porquê? Para se poder continuar a correr atrás dela! É nesta corrida que as pessoas se sentem estimuladas, nesta busca, neste impulso para chegar ao objetivo. Quando tendes um desejo, não tenhais pressa de o satisfazer, pois é ele que vos estimula, que vos preenche.
Que consequência podeis tirar desta lei? Que deveis introduzir no vosso coração e na vossa alma desejos que nunca podereis realizar. Esses desejos é que vos farão viver. Sim, é este o segredo. Para quê pedir algo que poderá ser realizado em alguns meses, em alguns anos? Procurai aquilo que é mais longínquo e mais irrealizável – a perfeição, a imensidão, a eternidade – e, pelo caminho, encontrareis tudo o resto: o conhecimento, a riqueza, o poder, o amor... Eles virão até vós, mesmo sem os terdes pedido."