Ela fora uma
menina muito esperta, aprendendo tudo com facilidade e se esmerando na prática
do que fazia, tanto no lar como na escola.
Quando jovem
estava muito à frente de sua idade, recebendo carinho e respeito pelo seu
comportamento e pela integridade moral.
Formou-se
professora primária e chamava a atenção pela competência, dedicação e carinho
para com as crianças.
Dizia estar feliz
com a escolha realizada e sonhava com a possibilidade de um dia poder dirigir a
sua própria escola.
No templo
religioso a que estava vinculada, evangelizava crianças com tanto carinho e
esmero, que as conquistava para Jesus, de imediato.
No entanto, sua
vida trazia planos mais urgentes e determinados, que precisavam ser realizados.
Ao se casar, com
alegria esperou pelo seu primeiro filho, que chegou trazendo consigo
necessidades especiais.
Imprescindível
sua presença junto ao pequeno, totalmente dependente, em tempo integral.
Suspendeu seus
planos anteriores, programando e mantendo apenas as suas atividades espirituais
no templo.
Buscou, desde
então, utilizar seus dons, aprendizados, paciência e dedicação junto ao
pequeno, que se tornou seu maior tesouro.
Décadas rolaram,
e sua vida continuou sendo totalmente entregue ao filho.
Quando lhe
perguntavam sobre os sonhos da juventude, apenas dizia que na vida é necessário
distinguir e optar para o que é essencial, entre tudo o mais, que se torna
acessório.
* * *
Nem todos
conseguimos ter essa clareza de visão.
Muitos damos mais
valor para o que é acessório, do que para as coisas que são realmente
essenciais.
Inadiável
identificarmos o que é essencial, o que é realmente importante para nós.
Devemos ter plena
consciência de que o essencial sempre ocupará posição mais destacada e decisiva
em nossas vidas.
O essencial se
realçará em nosso sentimento, mesmo que o acessório possa ter melhores
aparências materiais.
Focar no que é
essencial é elevarmos ao máximo nosso potencial de contribuição a algo, ou
alguém.
Importante sermos
uma pessoa que valoriza a essência, e não a simples aparência dos fatos e da
vida.
É mais producente
cultivarmos os valores reais do que nos tornarmos um mito vazio, em um mundo de
ilusões.
Quando
abandonamos o que nos é essencial, perdemos a identidade.
Vivemos em
grandes conflitos, porque colocamos a nossa vontade à frente da vontade divina.
É sinal de
humildade deixar o Senhor conduzir nossa vida, porque sozinhos nada somos, nem
podemos.
Aceitando a
vontade de Deus em nossas vidas, tudo se torna simples, porque Deus é Pai de
amor, justiça e caridade.
Ele só nos pede
as coisas essenciais, só Ele sabe o que é melhor para cada um de nós.
Deus é a
puríssima essência. Ter foco no que é de fato essencial envolve aparentemente
perder, para efetivamente ganhar.
O segredo da vida
não é ter tudo que se quer, mas aceitar e amar tudo que Deus nos propõe. É
atender o projeto de Deus para nós.
Amar a Deus, a
nós mesmos e ao próximo é sentir o sol brilhando mesmo em um dia chuvoso.
Amar é ser feliz
ao lado de quem se ama, não importando as condições do ser amado.
Redação do
Momento Espírita.
Em 26.1.2019
Fonte: http://www.momento.com.br/