Quando terminavam
as pregações nas margens do lago de Genesaré, em Cafarnaum, Jesus seguia para a
casa de Simão Pedro.
Os amigos mais
próximos O acompanhavam para diálogos enriquecedores.
Eram momentos
inesquecíveis. Na tranquilidade do lar de Simão Pedro, Jesus elucidava as
dúvidas em uma conversação mais íntima.
Na tarde em que,
no monte, Jesus falou sobre as bem-aventuranças, o Apóstolo Tiago ficara
surpreso, sem poder entender exatamente como seriam essas recompensas.
Onde se
localizaria esse reino de felicidade: seria aqui mesmo na Terra? Em algum lugar
no qual só se chegasse depois da morte?
Jesus
esclarecendo lhes disse que todas as criaturas aspiram à felicidade, que se
apresenta para cada uma delas de maneira diferente.
Para o doente,
estaria na cura; para quem padece fome, seria o alimento; para o solitário, uma
companhia.
Felicidade
verdadeira, no entanto, “é um estado interior de paz, que as questões de fora,
não conseguem perturbar.”
E falando do
reino dos céus, o reino feliz, ensinou que ele tem início no coração das
criaturas, quando optam pelos valores do bem, da justiça, do trabalho, do amor.
A mudança de
atitude na vida em relação à harmonia entre todas as coisas e seres acalma
interiormente o indivíduo, que passa a aspirar pela compreensão entre todos e
pelo espírito de solidariedade que deve existir nos sentimentos.
Essa compreensão
proporciona-lhe bem-estar interno, que se exterioriza em forma de júbilo e
harmonia.
Aquele que assim
procede, vivencia, desde então, o reino dos céus no coração, prolongando-o para
além da morte física.
Suas palavras
eram ditas com tanta doçura e carinho que sorrisos de felicidade bailavam nos
lábios dos que O ouviam, como numa antevisão desse reino feliz.
E Jesus
continuava explicando que no mundo espiritual existem igualmente locais de
dores e sofrimentos reparadores. Lugares em que se reúnem aqueles que não
quiserem atender aos padrões da lei de amor.
No entanto, todos
temos condições de cultivar esse amor, a fim de conquistarmos o reino feliz,
que não pode ser construído sobre coisas materiais, nem tampouco resulta da
satisfação das ilusões e desejos físicos.
Os tesouros reais
e imperecíveis são especiais. São aqueles que libertam a consciência e
dulcificam o coração.
Esses tesouros
eternos depois de conquistados permanecerão conosco em todo e qualquer lugar.
Nada, nem ninguém os conseguirá destruir.
Na prisão ou na
liberdade, na terra ou no céu, no perigo ou na ventura, desfrutaremos dessa
propriedade inviolável, pois o reino feliz representa o conhecimento e as
responsabilidades que devemos assumir perante a vida.
Quando a nossa
consciência se apresenta tranquila frente às nossas tarefas e o coração se
encontra vivenciando a paz que o amor propicia, estaremos no caminho certo.
Silenciou,
enquanto todos com os semblantes descontraídos despediam-se para o descanso do
corpo.
Pensemos: Estamos
trabalhando pela conquista desse reino tão buscado?
Redação do
Momento Espírita, com base no cap. 6, do livro
Vivendo com
Jesus, pelo Espírito Amélia Rodrigues,
psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 16.2.2019
Fonte: http://www.momento.com.br/