A tecnologia a
serviço do bem é capaz de proporcionar revoluções belíssimas.
O aplicativo Be
my eyes é um bom exemplo disso.
Be my eyes
significa Seja meus olhos. A proposta do aplicativo é manter uma comunidade
global de pessoas cegas ou com visão limitada, em conjunto com voluntários sem
deficiência visual.
Be my eyes
captura o poder da tecnologia e a conexão humana para levar a visão para
pessoas que não têm esse sentido.
Através de uma
chamada de vídeo, voluntários dão auxílio visual em situações que vão desde
combinar cores até checar se as luzes estão acesas ou preparar o jantar.
Além de tudo, o
aplicativo é gratuito.
Vejamos como
funciona.
Quando um usuário
cego ou com visão limitada solicita ajuda através do aplicativo, Be my eyes
manda uma notificação para vários voluntários.
O aplicativo
funciona conectando um usuário que necessita de auxílio com um voluntário que
consegue ver, baseado na língua que eles falam e no fuso horário.
O primeiro
voluntário a responder à solicitação é conectado àquele usuário específico e
recebe uma transmissão de vídeo ao vivo da câmera traseira do smartphone do
usuário.
A conexão de
áudio permite que o usuário e o voluntário resolvam a tarefa juntos.
Que bela forma de
unir as pessoas! Que maneira criativa de colocar a tecnologia a serviço do bem,
do trabalho voluntário, mesmo à distância.
Allan Kardec, o
Codificador da Doutrina Espírita, escrevendo sobre a lei do progresso e a
civilização em O Livro dos Espíritos, afirma:
De duas nações
que tenham chegado ao ápice da escala social, somente pode considerar-se a mais
civilizada, na legítima acepção do termo, aquela onde exista menos egoísmo,
menos cobiça e menos orgulho;
Onde os hábitos
sejam mais intelectuais e morais do que materiais; onde a inteligência se puder
desenvolver com maior liberdade; onde haja mais bondade, boa-fé, benevolência e
generosidade recíprocas;
Onde menos
enraizados se mostrem os preconceitos de casta e de nascimento, por isso que
tais preconceitos são incompatíveis com o verdadeiro amor do próximo;
Onde as leis
nenhum privilégio consagrem e sejam as mesmas, assim para o último, como para o
primeiro; onde com menos parcialidade se exerça a justiça; onde o fraco
encontre sempre amparo contra o forte; onde a vida do homem, suas crenças e
opiniões sejam melhormente respeitadas;
Onde exista menor
número de desgraçados; enfim, onde todo homem de boa vontade esteja certo de
lhe não faltar o necessário.
* * *
Que possamos ser
os olhos para alguém quando for necessário.
Que sejamos a voz
dos que não falam, que sejamos um pouco de luz para os que vivem na escuridão.
Que possamos ser
o olhar de alegria e otimismo quando todos só enxergarem tristeza.
Que consigamos
cantar quando o mundo opressor nos queira calar.
Que possamos nos
sentir como os braços do Criador, atuando no mundo com afeto e segurança, não
permitindo que ninguém, que passe pelo nosso caminho, permaneça desamparado.
Sejamos os olhos
de alguém.
Redação do Momento Espírita, com base em
comentários
de Allan Kardec à
questão 793, de O Livro dos Espíritos,
de Allan Kardec, ed. FEB.
Em 13.9.2019
Fonte: http://www.momento.com.br