Todos nós
possuímos um tesouro inestimável. Chama-se corpo humano. É uma máquina
especial, dotada de tantas utilidades que o homem já concluiu que necessita
estudá-lo muito ainda para descobrir tudo de que ele é capaz.
A nossa
capacidade cerebral, por exemplo, não é utilizada senão em parte.
Com tal
preciosidade, no entanto, não nos preocupamos o quanto deveríamos. Falamos de
como o violentamos, em nosso dia a dia.
Por exemplo,
existem pessoas que se dizem difíceis de serem provocadas. Aparentam calma,
sangue frio e ouvem provocações descabidas, sem entrarem em uma briga.
Dizem que não
vale a pena aceitar a provocação alheia, se desgastar em função de
desequilíbrios que o outro esteja vivenciando.
Têm razão.
Poupam-se assim de adquirir problemas graves para sua saúde, como seja, um
mal-estar gastrointestinal, com cólicas, dores no estômago, dores de cabeça.
Outras criaturas,
entretanto, aceitam facilmente qualquer provocação. Basta um pequeno esbarrão,
entrando no ônibus, alguém que passe à sua frente em uma fila de espera
qualquer, uma ultrapassagem no trânsito, para comprarem uma briga.
Alteram-se,
xingam e, mesmo depois do pretenso mal-educado se retirar do local, continuam
despejando o fel da sua raiva por sobre os que as rodeiam.
Falam sem parar,
fazem gestos exagerados e, se eventualmente, a outra pessoa aceitar o desafio,
partem para as vias de fato. A violência explode em tapas, socos e até uso de
arma.
Essas pessoas com
dificuldade retornam ao estado anterior, de mais ou menos normalidade, ou de
normalidade aparente.
Mal imaginam que,
enquanto pretendem agredir, estão a si mesmas fazendo grande mal. Um ataque de
raiva descarrega na corrente sanguínea tal quantidade de tóxicos que, após tudo
tranquilizado, prossegue envenenando órgãos nobres do corpo.
Durante um acesso
de ira, dezenas de neurônios, células cerebrais delicadas, podem ser
destruídas.
Enquanto a
adrenalina circula em abundância, o coração bate descompassado e, por se tratar
de uma bomba frágil, sofre avarias. Dessa forma, as pessoas que se enraivecem e
brigam com facilidade são mais propensas a problemas cardíacos.
Um ministro da
saúde de nosso país já teve oportunidade de afirmar que o trabalho não mata. O
que mata é a raiva.
E tem razão. A
raiva é responsável pela instalação no organismo físico de muitas enfermidades.
Enfermidades que, mais cedo ou mais tarde, conduzirão a criatura à diminuição
de sua capacidade mental e física. Na sequência, para a morte prematura.
Sábio foi o
Mestre Jesus que nos ensinou a mansuetude, a calma, a paciência ante todas as
situações.
* * *
Com calma em
nosso cotidiano, evitaremos as indisposições com terceiros, as irritações na
via pública, a agressividade no trânsito da cidade, bem como os estresses
desnecessários dentro do lar.
Com calma
entenderemos cada ocorrência à nossa volta e cada pessoa em nosso caminho.
Guardemos a
certeza de que, com calma, nada perderemos em nossa trajetória humana.
Seja qual for a
situação que nos convide à ação, à tomada de atitude, façamos com calma, com
muita calma e aguardemos a colheita dos frutos da saúde e da paz.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos
finais
do cap. 7, do
livro Para uso diário, pelo Espírito Joanes,
psicografia de
Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 12.2.2020