Reconhecer que a Energia Divina é a Fonte de Toda Forma de Vida, em qualquer Reino ou Dimensão, é o princípio da caminhada Evolutiva. Aqui, tentaremos em tudo o que for apresentado, ficar-mos dentro deste propósito Evolutivo e de Unificação. Apresentando,um pouco do que compreendemos, vivênciamos e o Universo nos indicar como forma de orientação, para que cada um encontre SUA VERDADE!
Que a LUZ da Sabedoria Divina guie nossos passos!
quinta-feira, 29 de julho de 2021
SONATA AO LUAR
Quem nunca
sentiu, em algum momento da vida, vontade de desistir? Quem não se
sentiu extremamente só, e teve a sensação de ter perdido o endereço da
esperança? Nem mesmo as
pessoas famosas, ricas, importantes, estão isentas de terem seus momentos de
profunda amargura... Foi o que ocorreu
com um dos mais reconhecidos compositores, Ludwig Van Beethoven. Ele vivia um
desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pela morte de
um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele. O jovem
compositor sofria de grande carência afetiva. Seu pai era um alcoólatra
contumaz e o agredia fisicamente. Sua mãe morreu
muito jovem. Seu irmão biológico nunca o ajudou e, além disso, cobrava-lhe
aluguel da casa onde morava. A tudo isso
soma-se o fato dos sintomas da surdez se agravarem, deixando-o nervoso e
irritado. Beethoven somente
podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido, o que seria
para nós, hoje, algo semelhante a um aparelho auditivo. Notando que
ninguém o entendia nem o queria ajudar, Ludwig se retraiu e se isolou. Por
isso, conquistou a fama de misantropo. Por todas essas
razões, o compositor caiu em profunda depressão. Chegou a redigir um testamento
dizendo que iria se suicidar. Mas, como nenhum
filho de Deus está esquecido, o auxílio espiritual se manifestou através de uma
moça cega. Ela confessou que
daria tudo para enxergar uma noite de luar... Ao ouvi-la,
Beethoven se emocionou até as lágrimas... Afinal, ele podia
ver! Ele podia escrever sua arte nas pautas... A vontade de
viver voltou-lhe renovada e ele compôs uma das músicas mais belas da
Humanidade: Sonata ao luar. A melodia imita
os passos vagarosos de algumas pessoas. Possivelmente os dele e os dos outros
que levavam o caixão mortuário do príncipe, seu protetor. Olhando para o
céu prateado de luar, e lembrando da jovem cega, como a perguntar o porquê da
morte daquele Mecenas tão querido, ele se deixou mergulhar num momento de
profunda meditação transcendental... Alguns estudiosos
de música dizem que as três notas que se repetem insistentemente no tema
principal do primeiro movimento da Sonata, são as três sílabas da palavra Por
quê? em alemão, ou outra palavra sinônima. Anos depois de
ter superado o sofrimento, viria o incomparável Hino à Alegria, da Nona
Sinfonia, que coroa a missão desse notável compositor, já totalmente surdo. Hino à Alegria
expressa a sua gratidão à vida e a Deus por não haver se suicidado. Tudo graças
àquela moça cega que lhe inspirou o desejo de traduzir, em notas musicais, uma
noite de luar... Usando sua
sensibilidade, Beethoven retratou, através da melodia, a beleza de uma noite
banhada pelas claridades da lua, para alguém que não podia ver com os olhos
físicos...
* * *
A música desperta
na alma impressões de arte e de beleza que são o júbilo e a recompensa dos
Espíritos puros, uma participação na vida divina em seus deleites e seus
êxtases. A música, melhor
do que a palavra representa o movimento, que é uma das leis da vida. Por isso,
ela é a própria voz do mundo superior. A música é a voz
dos céus profundos.
Redação do Momento Espírita, com base em fato
narrado pelo músico
Enrique Eliseo Baldovino, antes de uma de suas
apresentações musicais e frases extraídas dos caps. VI e VII,
do livro O Espiritismo na Arte, de Léon Denis, ed.
Arte e Cultura. Em 28.7.2021. Fonte: http://www.momento.com.br/pt/index.php