Ensinamentos deixados pelo Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov
FASCÍCULO Nº. 3 - 13º. Capítulo
Aprendei a colocar na balança as pequenas contrariedades da existência e todos os bens que a Providência nos distribuiu abundantemente, e tirai conclusões: não podereis deixar de sentir gratidão.
Ora, observai-vos e constatareis que, em vez de verdes as coisas desta forma, não parais de comparar o pouco que possuís, supostamente, com tudo o que possuem os outros que são mais privilegiados do que vós.
Pois bem, tais comparações não fazem sentido.
Se tendes absoluta necessidade de fazer comparações desse género, por que não tomais em consideração todas as vantagens que possuís em relação a tantas outras pessoas do mundo que vivem em condições verdadeiramente terríveis?…
A ingratidão e o descontentamento constantes dos humanos são um sinal de falta de inteligência: em vez de tomarem consciência das bênçãos com que o Céu os cumula, eles só veem, por toda a parte, razões para ficarem infelizes.
Em cada manhã, ao acordar, chamai em primeiro lugar a alegria e o amor.
Em vez de começardes o dia pensando que vos falta dinheiro, que aquele ou aquela que amais não vos é fiel, que tal vizinho ou tal colega de trabalho vos persegue, dizei: «Senhor Deus, eu Te agradeço hoje por me encontrar vivo e saudável, por poder respirar, comer, andar, ver, ouvir, pensar, amar, porque estes são tesouros inestimáveis.»
Sim, levantai-vos alegremente em cada manhã, agradecendo ao Senhor por tudo o que tendes.
Só a gratidão pode salvar-nos. E devemos aprender a agradecer mesmo pelos acontecimentos desagradáveis, porque é a melhor forma de os transformar.
Se começardes a gritar e vos revoltardes, o vosso estado nunca melhorará.
Mas se disserdes: «Senhor, obrigado, há certamente uma razão para que eu encontre este obstáculo, devo ter ainda qualquer coisa para aprender», sentireis que, pouco a pouco, transformais as vossas dificuldades em ouro e pedras preciosas.
Sim, é como se as cobrísseis com um pó de ouro ou de cristal: elas ficam com outro aspeto.
Experimentai e vereis.
Nada pode resistir perante a gratidão.
Então, agradecei em cada dia ao Céu até sentirdes que tudo o que vos acontece é para vosso bem.
A partir de agora, dizei: «Obrigado, Senhor, obrigado Senhor…»
Agradecei por aquilo que tendes e pelo que não tendes, por aquilo que vos alegra e pelo que vos faz sofrer.
Assim, mantereis em vós a chama da vida. É uma lei que é preciso conhecer.
Vós direis: «Mas como agradecer quando se está infeliz, doente, na miséria? Nunca o poderemos fazer!»
Podeis, sim, e é esse o maior segredo: mesmo estando infeliz, é preciso encontrar uma razão para agradecer.
Sois pobres, estais doentes?
Agradecei, agradecei, regozijai-vos… por quê?
Por ver os outros ricos, de boa saúde, na abundância.
Vereis que, pouco depois, certas portas abrir-se-ão e as bênçãos começarão a derramar-se sobre vós.
Ser capaz de agradecer e de se alegrar mesmo quando, aparentemente, não se tem qualquer motivo de regozijo – eis uma filosofia extraordinária que vos dará a possibilidade de ultrapassar todas as dificuldades, de planar acima da vida, de ser senhor de todas as situações.
Nenhum químico descobriu ainda um elemento que produza efeitos tão poderosos no ser humano como a gratidão.
Em nenhum laboratório se estudou ainda a repercussão que pode ter sobre o organismo humano o simples facto de agradecer, tudo o que pode ser mudado no cérebro, no coração, nos pulmões e até no sistema circulatório, no sistema muscular…
Como é possível não agradecer por tudo o que o Céu nos dá?
Só que isso não se vê, porque as pessoas estão habituadas a olhar sempre para baixo, quer dizer, a ver tudo o que corre mal, tudo o que é motivo de preocupações, de inquietudes, de desgostos.
Esquecem-se de olhar para cima, para o alto, onde se encontra a luz, a beleza e tudo o que pode, precisamente, dar um impulso à nossa alma, levá-la a descobrir os meios para ultrapassar as dificuldades e agradecer ao Céu.
As preocupações e as dificuldades existirão sempre, o que quer que façais; é inútil lutar contra elas, pois vós é que sereis esmagados.
Então, o que fazer?
Exatamente o que se faz contra as intempéries ou contra os insetos: equipar-se.
Contra a chuva usa-se um guarda-chuva, contra o frio veste-se roupas quentes ou liga-se o aquecedor; contra os mosquitos usa-se uma rede mosquiteira ou aplica-se um produto.
Pois bem, contra as dificuldades não há outra solução que não seja olhar para o alto a fim de receber a luz e a força; então, vós não só triunfareis, como ficareis agradecidos.
Aquele que aspira à felicidade deve saber mostrar-se reconhecido por tudo o que possui e procurar levar algo de luminoso aos outros.
Ele aprende a regozijar-se, em particular pelas coisas que até então tinha desdenhado ou negligenciado.
Em cada dia, ele procura descobrir um acontecimento, um encontro, um pensamento, que lhe faz bem ou o maravilha e coloca-o no seu coração, na sua memória, na sua inteligência.
Se agradecerdes em cada dia ao Senhor, se ficardes contentes com tudo o que Ele vos dá, possuíreis um segredo mágico que pode transformar a vossa vida, e as entidades luminosas do mundo invisível aproximar-se-ão de vós para vos ajudarem.
Fonte: http://www.publicacoesmaitreya.pt/
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