domingo, 4 de outubro de 2015

MESTRE OMRAAM MIKHAEL AIVANHOV


"O silêncio é a expressão da paz, da harmonia, da perfeição, e proporciona as melhores condições para a atividade psíquica e espiritual. «Aprendei a fazer o silêncio em vós», dizem-nos os sábios. Mas o silêncio só por si não traz grande coisa; na vida espiritual, ele não pode ser um fim em si mesmo, a sua verdadeira função é permitir a expressão do pensamento, da imaginação criadora.
Sempre que vos é dado viver momentos de verdadeiro silêncio, em vós ou na natureza, esforçai-vos por criar, pelo pensamento, algo puro, caloroso, luminoso, poderoso. No dia em que conseguirdes fazer vibrar a atmosfera em torno de vós, todos os que vierem visitar-vos ou que passarem por esses lugares receberão um impulso para o bem. Limitar-se a ficar imóvel não serve para nada. É preciso aprender a ser vivo e criador, mesmo na imobilidade e no silêncio."

"O Senhor convida-nos todos os dias para a sua mesa, onde faz banquetes em companhia dos arcanjos. Mas, como na parábola evangélica do banquete de núpcias, só somos aceites se estivermos vestidos com a roupa de festa. Essa roupa, evidentemente, é simbólica, é a aura, uma aura pura e luminosa, como são simbólicas as joias – colares, braceletes, diademas, etc. – mencionadas na Bíblia e em todos os Livros sagrados. As pedras preciosas e as pérolas com que elas são feitas têm a função de representar as virtudes divinas.
E, se isso vos agradar, fazei vós mesmos colares. O número de pérolas também pode ser simbólico: 22, 24, 36, 108, 144, etc., mas não é isso o mais importante. O essencial é compreender que fazer um colar é um ato pleno de sentido: o fio é o pensamento que deve ligar entre si as poderosas entidades representadas pelas pérolas; a agulha é a vontade que impele o pensamento. E quando usais um colar, quer ele tenha sido feito por vós, quer não, tende consciência de que trazeis convosco um objeto cheio de significado espiritual."

"Alguém diz: «Eu sou sincero, digo o que penso, sobretudo aos meus amigos», e o que se vê é que ele destrói tudo à sua passagem! A sinceridade é certamente uma qualidade, mas não há razões para se ficar muito orgulhoso de si próprio com este tipo de sinceridade. Terá essa pessoa, ao menos, colocado a si própria a questão: «Será que a minha opinião é justa?» Não, por que é que ela havia de fazer isso? Ela dir-vos-á que é livre de pensar o que lhe apetece: a liberdade de pensamento é uma grande conquista da humanidade.
De acordo, a liberdade de pensamento é uma coisa preciosa. Mas na condição de se saber realmente o que é o pensamento. Quantas pessoas chamam “pensar” a uma qualquer agitação do seu intelecto a propósito de tudo o que lhes convém ou lhes desagrada! É um erro: o verdadeiro pensamento não está ligado ao prazer ou ao desprazer, nem sequer começa com o plano mental, com o intelecto, mas com o plano causal, isto é, ele supõe o conhecimento das grandes leis cósmicas. A primeira opinião que surge não é um pensamento. Muitos afirmam que dizem o que pensam, mas, se pensassem verdadeiramente, calar-se-iam. Ou só falariam depois de se terem questionado sobre o que vale a sua opinião e quais serão as consequências de eles exprimirem essa opinião."

"Consoante os casos, o orgulho e a humildade são considerados como qualidades ou defeitos. Mas, do ponto de vista espiritual, pode-se dizer que o orgulho empobrece os humanos, ao passo que a humildade os enriquece. Observai a atitude do orgulhoso: ele fica inchado, cheio de si próprio, ao passo que o homem humilde é vazio. Sim, mas é este vazio que atrai a plenitude, a plenitude espiritual, pois, assim que surge um vazio algures na natureza, há uma força que se apressa a ir preenchê-lo. É preciso ser humilde para atrair o Senhor, pois Ele não pode encontrar lugar onde os recipientes já estão cheios: é preciso ter feito o vazio em si próprio para Ele poder entrar.
Se disserdes: «Meu Deus, eu sou insensato e Tu és a sabedoria, eu sou pobre e Tu és a riqueza, eu sou fraco e Tu és a força…», estareis a criar o vazio em vós e então a Divindade apressar-se-á a vir preencher-vos. Ao passo que, se vos vangloriardes das vossas virtudes e das vossas capacidades, o senhor dirá: «Como estás tão contente contigo próprio, continua assim, não necessitas de Mim.» "

"Quando meditais, esforçai-vos por elevar-vos muito alto em vós mesmos e, depois, por manter-vos o máximo de tempo possível nessas alturas. Elevar-se e permanecer nas alturas significa nunca deixar de ser nobre, justo, generoso, o que supõe saber também “descer” para ajudar os seus irmãos humanos.
Embora vivendo e trabalhando na terra entre os humanos, é interiormente que é preciso evitar descer, isto é, ir atrás das suas tendências inferiores ou participar em ações egoístas, desonestas. Permanecer nas alturas não é imitar as pessoas altivas, inacessíveis e duras que pensam que se rebaixariam se estendessem a mão aos que são mais fracos, menos dotados, menos instruídos ou de uma condição social inferior. Pelo contrário, e também neste caso, nós devemos seguir o exemplo do sol. O sol desce até nós, por intermédio dos seus raios ele aquece-nos, ilumina-nos, transmite-nos a sua vida, envia-nos as suas mensagens, mas permanece eternamente nas alturas."
 
"Aquele que compreende o significado e o objetivo da sua existência terrestre deixa a vida com a sensação de ter cumprido a tarefa para a qual veio e sabe que continuará o seu trabalho no outro mundo. É por isso que a morte não o assusta: ele sente, sabe, que vai continuar a viver e a trabalhar algures.
A luz e o conhecimento suprimem o medo. As pessoas têm medo da morte porque não a conhecem. É necessário, pois, familiarizarem-se com a ideia desta passagem que é, na realidade, a continuação da vida sob uma outra forma. Em todo o universo, só existe a vida, a vida sem limites. Por isso, não deveis orar para ser salvos da morte, mas para viver. Não digais que ides morrer, mas que ides continuar a viver. Introduzi no vosso espírito o pensamento de não prolongar esta vida na terra, mas sim o de entrar numa vida nova."
 
"Judeus, cristãos, muçulmanos, etc., há imensos crentes que se limitam a glorificar o fundador da sua religião: Moisés, Jesus, Maomé… e a proclamar por toda a parte a sua superioridade sobre todos os outros! Mas Moisés é Moisés, Jesus é Jesus, Maomé é Maomé… e eles, os crentes, o que são? Muitas vezes, ignorantes, preguiçosos, que nada fazem para os imitar. E há tantos discípulos que se comportam do mesmo modo em relação ao seu Mestre! Eles dizem: «Ah, o nosso Mestre é único!» Põem a sua fotografia por toda a parte e iriam até ao ponto de lutar para defender a ideia de que têm o melhor Mestre, o maior, o mais poderoso. Mas não pensam em aceitar a sua filosofia e em imitá-lo no seu comportamento: um Mestre é feito para ser glorificado, não para ser imitado!
Pois bem, ficai a saber que um Mestre não fica nada satisfeito por ter discípulos desses, pois não precisa de ser glorificado. Ele prefere que os seus discípulos levem as suas ideias a sério e decidam pô-las em prática. Seria muito melhor para eles… e também para ele."
 
"Se quereis ser visitados pelas entidades que descem das regiões celestes, preparai-lhes condições. Essas entidades estão sempre prontas a visitar-vos, a ajudar-vos, mas é preciso que elas sintam que há no vosso coração, na vossa alma, um lugar onde elas poderão instalar-se, trabalhar e colocar as suas riquezas.
A única coisa que pode afastar essas entidades é a negligência dos humanos, o pouco caso que eles fazem da sua presença e da sua ajuda. Elas já sabem que eles são imperfeitos, fracos, pueris, e até os desculpam, não se focam nisso. Pelo contrário, elas dizem: «Oh, em que estado eles estão, coitados! É preciso socorrê-los!» Mas, se veem que eles não apreciam o que elas lhes trazem, abandonam-nos. Não é que essas entidades tenham necessidade da consideração ou do reconhecimento dos humanos, mas elas sabem que a negligência e a ingratidão os impedirão de beneficiarem do seu apoio."
 
"Nada daquilo que acontece aos humanos surge por acaso. Por intermédio dos seus pensamentos e dos seus sentimentos, eles entram em relação com as entidades, as correntes e os elementos do espaço que correspondem a esses pensamentos e a esses sentimentos e acabam por atraí-los. É assim que se explicam a saúde e a doença, a força e a fraqueza, a inteligência e a cegueira, a beleza e a fealdade, etc. Portanto, são-lhes oferecidas todas as possibilidades, mas na condição de eles saberem que existe uma lei das correspondências e de a respeitarem em cada ato da vida quotidiana.
Se encontrais grandes dificuldades nesta existência, é porque, no passado, por causa da vossa ignorância, atraístes elementos malsãos, defeituosos. Agora que sabeis a verdadeira causa de tudo o que acontece na vossa vida, decidi-vos a trabalhar sobre os vossos pensamentos e os vossos sentimentos: ligar-vos-eis assim às entidades e às regiões mais puras e luminosas do universo e recebereis delas todas as qualidades de que necessitais para vos reconstruir."

"Jesus veio revelar aos homens que Deus é o seu Pai; mas, em vez de refletirem e de procurarem profundamente neles mesmos para encontrarem as marcas dessa filiação divina, os cristãos limitam-se a fazer dela uma interpretação pueril. Comportam-se como crianças caprichosas, exigentes, inconsequentes, e imaginam que, façam o que fizerem, Deus é indulgente e perdoa-lhes as suas falhas. Chegam junto d’Ele todos sujos, cobertos de lama, e creem que, se Lhe disserem: «Senhor, andei metido em pântanos, mas sei que Tu és bom e misericordioso. Lamento o que fiz e peço perdão», isso será suficiente. Mas não, não é suficiente, e o Senhor começa por mandá-los eliminar a sujidade.
O que significa “eliminar a sujidade”? Reparar os seus erros. É esse o verdadeiro arrependimento que leva até junto de Deus. Acreditar que Deus nos perdoa simplesmente porque Ele é bom, misericordioso, e nós temos fé, é uma ilusão. Só somos perdoados se tivermos consciência dos nossos erros e os repararmos."
 
"A prática da vida espiritual começa por afinar a perceção que tendes do vosso ser interior e é normal que nem sempre fiqueis contentes com aquilo que descobris: limitações, lacunas, fraquezas. Mas isso não é razão para desanimardes e parardes o trabalho; pouco a pouco, ireis ganhar forças e alargar, enriquecer, o vosso domínio.
Alguém que está sentado numa cadeira pode imaginar que é capaz de realizar as maiores façanhas. Mas, se tenta levantar-se, caminhar, correr, saltar, mede o verdadeiro estado das suas forças; aí, é forçado a perder as suas ilusões. Na sua deceção, vai julgar-se mais fraco do que é, mas essa tomada de consciência é, na realidade, o começo da sua força. Sentis dificuldade em vos afastar do vosso modo de existência passado? Isso é a prova de que tentais avançar, esforçar-vos. Vós direis: «Sim, mas faz-me sofrer.» Vós sofreis, é certo, mas isso acontece porque tendes perceções novas, porque vos dirigis para um mundo novo."
 
"Quer tenha uma religião quer não tenha, quem age em relação aos outros com benevolência, compreensão, paciência, generosidade, manifesta a sua fé num princípio superior que lhe dita o modo como deve agir e o Céu concede-lhe a sua ajuda e a sua proteção. Ao passo que o crente que imagina que a sua fé desculpará os seus erros aos olhos de Deus engana-se duplamente. Em primeiro lugar, a lei não apaga os seus erros. Depois, ele evidencia uma desonestidade que até os agrava, pois está a zombar do Senhor ao afirmar que acredita n’Ele mas, na verdade, não respeita as Suas leis e engana os outros ou maltrata-os.
Os únicos verdadeiros critérios relativos à fé são os atos, o comportamento na vida quotidiana. É por isso que um Ensinamento iniciático se preocupa com todas as faculdades do ser humano e as diferentes atividades nas quais ele as aplica, não só no plano psíquico mas também no plano físico."
 
"As pessoas ainda não sabem o que é a verdadeira beleza de um ser, porque se detêm demasiado na forma. Se a forma é harmoniosa, agradável, elas exclamam: «Que beleza!» mas, por detrás da forma, há outra coisa para conhecer: os eflúvios, as emanações que vêm do mais profundo desse ser, a vida que corre… E, se se pudesse ir mais além para ver a parte dele que vive nas regiões celestes, descobrir-se-ia uma beleza ainda maior: o esplendor do espírito. Mas o esplendor do espírito é de uma essência demasiado subtil para encontrar uma expressão física.
A verdadeira beleza não pode ser descrita: é a vida pura, a vida jorrante… Se olhais para um diamante sobre o qual vem incidir um raio de sol, ficais deslumbrados por aquela cintilação, aquelas cores brilhantes… É isso a verdadeira beleza! Quanto mais um ser consegue captar a luz para se impregnar com as suas vibrações, as suas cores cintilantes, mais se aproxima da verdadeira beleza."
 
"Enquanto entidade consciente, o ser humano está colocado na fronteira entre o mundo inferior e o mundo superior. Se ele não está vigilante, há forças obscuras que o atraem a si para o desfazer e o comer; e, depois de devorado, é eliminado, só ficam uns resquícios dele. Ao passo que, se se deixar atrair, absorver, pelas forças do mundo superior, tudo se ilumina nele e ele torna-se um foco de correntes luminosas, poderosas, benéficas.
Mas, do mesmo modo que se esforça por escapar à atração do mundo inferior, o ser humano não deve abandonar-se completamente à atração do mundo superior. Ele tem por missão trabalhar na terra com os meios do Céu e, para isso, encontrar maneira de manter o equilíbrio entre a terra e o Céu, a matéria e o espírito. Estando na terra, ele não deve descurar os deveres da terra. Se romper esse equilíbrio, talvez viva na imensidão, na luz, mas não terá cumprido a sua missão. "
 
"Os crentes não têm uma ideia mais ajustada da religião do que os não crentes: imaginam que lhes bastará ajoelharem-se numa igreja ou num templo e recitarem algumas orações para sentirem que estão em presença do Senhor. Mas não é assim, só pode sentir a presença do Senhor quem se lavou interiormente. Um vidro onde o pó e a sujidade se acumularam não deixa passar a luz do sol; do mesmo modo, um ser que não eliminou as suas impurezas não pode deixar-se penetrar pela presença divina.
Há sempre um trabalho a fazer: é todos os dias, de manhã, à noite, que é preciso pensar nesta limpeza. Analisando os vossos estados interiores, os vossos pensamentos, os vossos sentimentos, esforçando-vos por dominá-los, por orientá-los na via do bem, tornar-vos-eis como um cristal transparente que deixa passar a luz celeste. Nesse momento, sim, sentireis a presença do Senhor."
 

"Enquanto se contentar com a imagem que tem de si neste momento, o ser humano fica retido nos níveis inferiores da sua consciência, pois essa imagem tão medíocre, tão prosaica, influencia-o e limita-o. Ele tem de trabalhar para formar uma ideia mais bela, mais nobre, mais luminosa, de si mesmo. Ao agir sobre ele, esta imagem produzirá outras vibrações, mais subtis, e suscitará nele impulsos mais nobres, mais generosos: ele sentirá a necessidade de se assemelhar a essa imagem e será assim que avançará, que se elevará. Sem essa imagem, a única capaz de o impulsionar para o alto, o ser humano está condenado a estagnar e nunca conhecerá a sua própria realidade.
Vós direis: «Mas que realidade? O que eu sou agora é que é a realidade!» Não, esta realidade não é verdadeiramente real. A vossa verdadeira realidade é o vosso Eu superior. O resto, aquilo que considerais como uma realidade, é uma ilusão, uma mentira. Por isso, deveis procurar elevar-vos até ao vosso Eu superior, ao vosso eu divino, o único que é real, e esforçar-vos por identificar-vos com ele."
 
"Quando chega o outono, as folhas caem das árvores e colhem-se os frutos maduros. Alguns, como as nozes e as castanhas, perdem o seu invólucro. O outono é o período da separação.
E, do mesmo modo que o fruto se separa da árvore e que o caroço ou a semente se separam do fruto, um dia a alma humana separar-se-á do corpo. No outono, o espetáculo da natureza e a atmosfera que dela emana convidam-nos a meditar nesta separação. No momento próprio, a alma humana tem de deixar o seu corpo, o seu invólucro, e do mesmo modo que a semente é guardada no celeiro até ser semeada no inverno, a alma é guardada no Céu. Mais tarde, tal como a semente, ela é de novo semeada, isto é, enviada à terra para aí se reincarnar. E isso será o inverno para ela: sofrerá lembrando-se com nostalgia do lugar que deixou, esse lugar onde reinavam a paz e a luz. Mas ela trabalhará e dará frutos, pensando nos dias felizes em que retornará à sua pátria celeste."
 
"Atualmente, põe-se no Ocidente a questão de saber se é melhor enterrar os mortos ou cremá-los.
Qualquer destes dois ritos é bom, mas é necessário saber uma coisa: quando uma pessoa é declarada morta, continua a haver ligações entre a sua alma e o seu corpo físico. Se este for posto na terra, esses laços desfazem-se lentamente. Se ele for cremado, a separação é extremamente rápida e pode ser sentida como uma dilaceração, uma violência, sobretudo se a pessoa nunca teve consciência de que a sua verdadeira existência não se limitava à do seu corpo físico. O que pode sentir a alma de um ser que nunca acreditou na sua sobrevivência após a morte?... Ele não percebe onde está, não compreende nada do que está a acontecer-lhe; precisa de tempo para se desligar tranquilamente. Neste caso, o enterro é preferível. "
 
"Sementes, caroços, tudo aquilo que se semeia ou planta acaba por crescer e dar frutos. E acontece o mesmo com os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, os nossos desejos… O Mestre Peter Deunov, na Bulgária, pedia-nos que não deitássemos fora os caroços dos frutos que comíamos, mas que os plantássemos. E eu aconselho-vos a mesma coisa. Se não tiverdes um terreno onde fazer isso, enterrai-os onde puderdes; o essencial é que tomeis consciência de que um caroço é uma criatura que necessita de fazer nascer o germe vivo que traz nela.
O objetivo principal deste exercício é fazer-vos tomar consciência de que tendes interiormente outros caroços para plantar: ideias, pensamentos, sentimentos. Quando eles produzirem frutos, vós vivereis na abundância e podereis alimentar imensas criaturas."
 
"Em que é que devemos alicerçar a nossa esperança? Na certeza de que o futuro pode sempre ser melhor. Mesmo que o presente não seja famoso, os poderes da vida e do bem são tais que podem sempre vencer o mal, desde que decidais associar-vos a eles.
Alguém dirá: «Mas que esperança posso eu ter? Todas as minhas iniciativas falham, não tenho qualquer futuro!» Evidentemente, isso depende daquilo a que chamais o vosso futuro. Se só perspetivais esse futuro como sucesso material, social, ou como um romance de amor digno dos contos de fadas, talvez o vosso futuro esteja realmente tapado. Mas o vosso verdadeiro futuro, o vosso futuro de filhos e filhas de Deus, está escancarado diante de vós. Os dias são diferentes uns dos outros. Hoje não vistes o sol? Amanhã ele voltará a brilhar. Nada está definitivamente fechado para aqueles que sabem onde alicerçar a sua esperança."