Originada do
sânscrito, a palavra Namastê literalmente significa: Curvo-me perante a ti.
Em sentido mais
amplo e difundido, expressa: O Deus que habita meu coração saúda o Deus que habita
o teu coração.
Enquanto
cumprimento, acompanhado de ligeira curvatura, Namastê revela o respeito que há
entre indivíduos que se reconhecem partícipes da mesma essência, da mesma
origem, do mesmo destino.
Como filhos de
Deus, trazemos em nós o traço divino que a todos nos iguala, que nos faz
reconhecer no próximo verdadeiro irmão.
Origina-se daí a
recomendação do Cristo: Ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti
mesmo.
* * *
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ofereceu renovado ânimo à professora aposentada Ione, de noventa e dois anos.
Tudo mudou com a
chegada de sua nova cuidadora, Maria da Silva, de trinta e cinco anos. Mãe de
três filhos, ela contou que nunca tivera a oportunidade de ser alfabetizada.
Ao saber disso, a
professora não perdeu tempo: Você gostaria de aprender a ler e a escrever?
A partir da
resposta afirmativa, as aulas iniciaram. Tão logo a cuidadora chegava para
trabalhar, ambas se sentavam à mesa. Ao alcance das mãos, cadernos, canetas,
lápis e borracha.
Pouco a pouco, os
resultados começaram a aparecer.
No alto da folha,
o título: Meu primeiro ditado. Consoantes e vogais foram se somando, os sons,
por meio da escrita, se materializando e as palavras, surgindo: bala, casa,
dedo, fada.
O resultado
também foi positivo para dona Ione, que voltou a fazer aquilo que mais ama na
vida: ensinar.
Maria ganha
conhecimento e vovó, alegria. Nós, familiares, também ganhamos, pois podemos
presenciar uma cena linda e edificante. Vovó parece até mais jovem, relata a
neta de dona Ione.
* * *
Cada um de nós
traz em si a essência Daquele que nos criou.
Quando secamos
lágrimas, quando ofertamos o alimento, quando perdoamos, quando amamos
desinteressadamente, quando educamos, quando valorizamos o esforço do próximo,
ligamo-nos intimamente ao Criador.
Quando
distendemos a mão aos necessitados, quando nos elevamos em prece por aqueles
que já retornaram às moradas celestes, quando compreendemos as limitações
alheias e a elas destinamos paciência e tolerância, sintonizamo-nos
perfeitamente com Aquele que é a fonte de toda a vida.
Vós sois deuses,
ensinou-nos Jesus. Por meio de nossas escolhas, de nossos pensamentos, ações e
vontade, tornamo-nos instrumento divino no concerto da Criação.
Em meio às
dúvidas, na falta de fé, quando os passos se tornam vacilantes; em momentos nos
quais sentimos medo ante os desafios que se fazem necessários ao nosso
progresso; quando ouvirmos apenas o silêncio em resposta às nossas rogativas,
busquemos o próximo.
Façamos o bem.
Amemo-lo.
Encontremos a
assinatura divina no outro, e permitamos que ele igualmente a encontre em nós.
* * *
Por meio de nosso
irmão, obtemos respostas, ouvimos a voz celeste, alçamos um caminho para a
felicidade, aconchegamo-nos no coração de Deus.
Pensemos nisso!
Amemo-nos uns aos outros!
Redação do
Momento Espírita,
com base na
biografia de Ione Nóbrega
e de Maria da
Silva.
Em 22.5.2019
Fonte: http://www.momento.com.br