Em um entardecer
rico de luzes multicoloridas, Jesus tomou o barco de Pedro e com outras
embarcações rumou para a outra margem.
Era a primeira
vez que se deslocava naquela direção, um lugar conhecido como constituído por
adversários dos judeus.
Enquanto o barco
deslizava ligeiro sobre as águas mansas, os céus se escureceram subitamente e
os ventos sopraram com vigor, levantando altas ondas encrespadas.
Jesus dormia ou
parecia dormir em paz, enquanto rugiam as forças desgovernadas, ameaçando os
viajantes.
Receando o pior,
porque a embarcação era jogada de um lado para o outro, os discípulos o
acordaram e lhe disseram do receio por suas vidas.
Ele ergueu-se
como um raio de sol, e reclamou com a tormenta, impondo a sua vontade.
Suave calmaria
sucedeu à agitação das ondas e o entardecer se tornou sereno e colorido,
deixando todos maravilhados.
* * *
A proposta do
Mestre sempre foi a de paz.
O remédio para
todas as dores sempre foi o do amor.
Ele não tinha
poder apenas sobre as tormentas da natureza, mas ensinava também como acalmar
as tempestades do coração.
Para essas propôs
inúmeras diretrizes de segurança moral capazes de superá-las.
Nenhuma mais
expressiva do que a que se encontra na lei de amor, propondo o mergulho nas
águas agitadas dos sentimentos primários para deles nos libertarmos, adquirindo
paz.
Ofereceu
igualmente o equipamento apropriado para o mergulho no abismo de nós mesmos,
que é o escafandro do esforço pessoal.
Seu propósito
sempre foi que conquistássemos a paz do coração.
Na atualidade,
prosseguimos desconhecendo Jesus, nosso Mestre e Irmão maior.
Lemos Seus
conselhos nos Evangelhos e não os entendemos com a devida profundidade.
Nossos hábitos e
costumes se prendem aos instintos primitivos, buscando satisfazer os apetites
da matéria, nos esquecendo que somos Espíritos imortais.
Ainda nos
encontramos envolvidos no combate aos vícios exaustivos, sem enxergarmos a luz
que nos aponta o caminho seguro.
Desejamos a cura
para as dores físicas e deixamos de nos preocupar com a cura das chagas da
nossa alma aflita.
O Mestre
recomendava que deixássemos de nos envolver no mal, em cometer mais falhas,
para que algo de pior não nos acontecesse. Entretanto, continuamos a repetir os
mesmos erros.
Ele ensinou e
exemplificou a conduta correta mas, infelizmente, muitas vezes desconsideramos
isso tudo e nos envolvemos no mal.
Jesus propunha a
paz. Quase sempre, de nossa parte, prosseguimos insistindo na guerra aos que
consideramos nossos desafetos.
Mesmo assim, Ele prossegue aplacando as tormentas dos
nossos corações a cada dia, a toda hora.
Por isso, se faz
de importância lembrar que Ele é o Caminho da Verdadeira Vida.
Ele nos desejou
vida em abundância. E somente a teremos quando valorizarmos o corpo físico,
como essa oportunidade de crescimento e progresso. Uma passagem pelo planeta,
na qual devemos realizar o melhor, rumando para a luz.
Redação do
Momento Espírita, com base no cap. 27
do Livro Vivendo
com Jesus, pelo Espírito
Amélia Rodrigues,
psicografia de Divaldo
Pereira Franco,
ed. LEAL.
Em 29.6.2019
Fonte: http://www.momento.com.br/