Queridos amigos,
Eu Sou Maria
Quando estive na
Terra, fui a mãe de Jeshua, que todos vocês conhecem. Ele foi o portador da
Energia Crística, a energia inovadora que tocou os corações das pessoas e
chamou-as para despertar. Eu estava próxima a ele por ser sua mãe, mas como
alma, no meu relacionamento com ele, fui confrontada com minha dor e meus
medos, no nível mais profundo.
Tive que me
desapegar de muitas coisas, para poder enxerga-lo como uma alma independente,
com seu próprio caminho e, lentamente, liberar minhas asas protetoras que o
envolviam. Muito me foi ensinado sobre ser mãe e ser humana, sobre apegar-se e
liberar. Naquela vida – mais de dois mil anos atrás – com o passar do tempo, eu
aprendi a soltar. Este foi o maior sacrifício que tive que trazer à minha vida
– soltar meu filho, abandonar meu instinto de proteção e ouvir o choro da minha
própria alma, que também buscava liberação e iluminação.
Plantar as
sementes da Energia Crística foi um esforço combinado, não limitado a um ser
humano único. Foi o nascimento de algo novo, que foi sustentado por muitos.
Jeshua foi a personificação mais visível dessa Energia, mas houve muitos à sua
volta que o ajudaram a sustenta-la.
Se você sente uma
familiaridade com a Energia Crística, ou com as pessoas bem conhecidas daquela
época, isto geralmente vem do fato de você ter sido – e ainda ser –
profundamente conectado com esta energia de renovação – um progresso no nível
do coração – que ocorreu na consciência coletiva daquela época. Mas, naquele
momento, ela ainda era muito nova, como um filete de água que se infiltrava na
consciência coletiva humana, onde também encontrava muita resistência e falta
de entendimento.
Nos dias de hoje,
as coisas são diferentes. Agora a consciência humana possui uma capacidade
muito mais ampla e profunda de absorver a Energia Crística e a possibilidade de
deixa-la florescer. Você faz parte do nascimento da Energia Crística na Terra –
uma energia do coração, de conexão, benevolência e compaixão – e isto é algo
que fazemos juntos, algo que nos unifica. Você não está só. Sua alma optou por
estar aqui na Terra neste momento, a fim de contribuir, ajudar na mudança de
consciência, e buscar a conexão com outros espíritos afins e com o mundo ao seu
redor – e isto é possível agora.
No passado – e
este foi o caso durante muitos séculos – quem quisesse levar uma vida
espiritual, normalmente teria que se isolar e seguir uma vida religiosa de
reclusão, de clausura, como é chamada. Sinta a energia desta capela, neste
lugar [onde ocorreu esta canalização]; pois aqui foram feitas muitíssimas
orações.
Havia uma
dedicação à espiritualidade, que era vivenciada profundamente na vida íntima
das mulheres que vinham aqui para rezar. Sinta o poder dessa devoção interior,
tão forte que ainda é tangível neste lugar como um canal energético que conecta
Céu e Terra.
Você faz parte
dessa história, porque muitos de vocês se dedicaram à espiritualidade em vidas
passadas. Vocês eram atraídos à reclusão porque seus desejos, intenções e
vibrações não correspondiam aos da sociedade, aos da vida cotidiana.
Sentiam que
precisavam isolar-se e não participar da vida mundana, se quisessem devotar-se
ao caminho do crescimento interior e da elevação da consciência. Isto trouxe, a
cada um de vocês, grande devoção e entendimento, um aprofundamento da sua vida
interior, mas trouxe também uma solidão e um sentido de alienação em relação à
vida aqui na Terra, à vida entre pessoas.
Muitos de vocês
estão experimentando um distanciamento da sociedade humana, uma sensação de não
estar à vontade dentro dela, e isto realmente lhes causa problemas. Mas nenhum
de vocês está aqui só para si mesmo, só para se conectar com sua própria alma e
vivenciar sua divindade. Neste momento que é diferente, o propósito da sua vida
é também compartilhar com os outros o que há de divino em você, a sua mais alta
inspiração; é trazer para fora o que você tem para oferecer por meio de suas
riquezas e sabedoria interiores, para que o fluxo da água viva da inspiração em
você dê frutos.
A intenção nesta
era, é que este seja um tempo de conexão entre o espiritual e o terreno, e
também, uma conexão entre pessoas de todo o mundo, entre diferentes culturas e
nações, de modo que as diferenças sejam transcendidas e que as semelhanças – o
que os seres humanos têm em comum – sejam redescobertas. Sua alma o chama para
participar da vida a partir do conhecimento e da riqueza acumulados em seu
coração, que já são consideráveis. Você não é novo aqui na Terra; no nível da
sua alma, você é velho.
Muitas religiões
antigas carregam uma energia pesada, uma energia de mandamentos, deveres e
regras. Esta nunca foi a energia original dos primeiros mensageiros, como
Jeshua e Buda. Os grandes Profetas e Videntes tinham uma conexão direta com
suas almas, com a Fonte, e isto sempre os levava a um estado de extrema
alegria, de contentamento, de êxtase, porque a alma é a fonte de luz e alegria
e também sempre dá a impressão de leveza.
Você sabe disto,
pois já teve momentos de êxtase em sua vida, quando se sentiu elevado acima do
peso da vida terrena. Mas, infelizmente, as antigas religiões sufocaram muito
dessa alegria com a ideia de que a humanidade é essencialmente má, pecadora,
transviada, e só pode ter acesso ao divino através da disciplina, seguindo
regras e reprimindo sua espontaneidade.
Esta atitude foi
um erro que ainda afeta e influencia os seres humanos, fazendo com que o
espiritual se tornasse muito misturado com as energias pesadas de medo e de um
Deus julgador. A verdadeira espiritualidade e a entrega à alma não são, de
maneira alguma, penosas.
Uma entrega
profunda à alma traz alegria, inspiração, uma suave sensação de libertação e,
inclusive, de segurança; um sentimento de ser capaz de confiar na vida, em uma
mão divina, que é misericordiosa, cheia de compaixão; uma mão que não o pune
pelos seus erros, mas que o resgata e encoraja – um Deus e uma Deusa amorosos,
em um só ser.
Esta é a
verdadeira fonte da qual você se origina, da qual sua alma nasceu cheia de
alegria. Sua alma foi feita para emanar, para se expressar de forma única e
para ter experiências. Portanto, a conexão com sua alma lhe dá uma sensação de
ânimo e alegria.
Lembre-se disto e
olhe para trás, para a sua própria vida, para os momentos alegres em que você
estava vivendo a partir da sua alma, simplesmente entregando-se e sabendo que
algo estava bom, mesmo sem poder encontrar motivos para sentir-se assim. Foram
momentos em que você sentiu profundamente, nas entranhas do seu ser: “É isto
que eu quero! É isto que eu sou!”
A linguagem da
alma não é difícil nem complexa em si mesma; ela fala diretamente com você. É
um sentido de conhecimento direto que corresponde aos seus desejos mais
profundos. E é precisamente essa conexão interna com a alma, profundamente
sentida, que também lhe dá coragem e perseverança.
Pois se a alma
toca e chama você, e coloca em seu coração um desejo de fazer determinada coisa
ou de fazer mais, então ela geralmente também lhe pede a coragem e a
perseverança necessárias para ouvir seu coração, ao optar por algo que pode ser
contrário ao que outras pessoas esperam, e ao fazer escolhas que vão contra o
ponto de vista da sociedade.
As escolhas da
alma geralmente são contrárias às energias estabelecidas há muito tempo, de
como as coisas “deveriam ser” (regras, mandamentos e dogmas). Então a alma,
além de ser alegre e leve, é sempre revolucionária; ela perturba as coisas e,
portanto, pode leva-lo a entrar em contato com a dor e o medo em seu interior.
Neste caso, é
importante assumir a sua grandiosidade, levantando-se e afirmando: “É isto que
eu sinto; é isto que eu percebo, nas profundezas do meu ser, que é o correto
para mim.” Por outro lado, aceitar sua grandiosidade ativa seu aspecto mais
medroso e tímido; aquele que lhe diz: “Você não pode fazer isto. Mantenha-se
pequeno. Não cause conflito ou desarmonia, senão você será castigado ou
rejeitado.” Todo este complexo de emoções negativas também é ativado quando
você começa a ouvir a voz do seu coração e da sua alma.
Portanto,
escolher o caminho da sua alma nem sempre é fácil. Na verdade, nunca é fácil,
porque você não vive apenas dentro de si mesmo, mas vive também no mundo à sua
volta, num mundo de dualidade. Este é um mundo de coisas antigas – com todos
seus antigos medos, regras e mandamentos – e, ao mesmo tempo, é o mundo de algo
novo que deseja nascer – a Canção da sua Alma, uma melodia exclusiva, que não é
entendida por ninguém, e ninguém a percebe como algo harmonioso.
Perceba que
qualquer um que tenha optado por seguir o caminho da sua própria alma teve que
suportar uma certa solidão ou provação, para realmente acreditar em si e se
alinhar consigo mesmo, a fim de ser fiel àquela voz em seu coração.
É por isto que
afirmei anteriormente que não se trata apenas da experiência interior da
conexão com sua Fonte e sua alma; trata-se também de trazer à tona essa experiência
e fazer com que sua inspiração exclusiva seja visível – o seu Eu Maior, que não
é determinado pelas influências do ambiente em que você vive. Trata-se
realmente de ser um criador de algo novo.
Nesse processo,
seu maior inimigo, a oposição mais forte que você terá que enfrentar é o medo;
medo de fracassar, de ser rejeitado, de ser diferente; um medo que o incomoda,
que influencia seus pensamentos, faz você se preocupar, cria em você uma
desconfiança da vida e o faz esperar que as coisas deem errado.
Você conhece
muito bem toda essa ladainha do pensamento baseado no medo – é o passado
falando. Para superar isso, você deve primeiro reconhecer e realmente perceber
o que está acontecendo em si mesmo, quando está sob o domínio desse tipo de
pensamento: o pensamento temeroso e agitado que, para muitos, passou a ser como
uma segunda natureza.
Perceba com que
frequência você é tomado por pensamentos repetitivos em sua cabeça. Sinta a
natureza dessa preocupação, desse pensamento ansioso… a antecipação do que pode
dar errado, a desconfiança. Ao invés de ouvir o conteúdo dessas vozes, sinta a
vibração delas, sua energia, que é como um ruído perturbador, um zumbido.
Geralmente você
não percebe que existe algo além desse tipo de pensamento, algo que é muito mais
verdadeiro, muito mais confiável, muito mais ancorado na vida – e estou me
referindo ao que está no seu coração. E com ele, a sua intuição, que não pensa
muito, mas sente mais; uma sensação que não é excitável e emocional; um
sentimento que é puro e isento da interferência dos pensamentos.
Peço-lhe agora
que dedique uns instantes para praticar a liberação do processo usado pela sua
mente para lidar com certos problemas, e simplesmente permitir que sua vida
seja o que ela naturalmente é. A mente pode se manter presente como ruído de
fundo, mas simplesmente mova sua consciência, sua atenção, para baixo, para seu
abdome, percebendo suas pernas e como seus pés descansam sobre a Terra. Sinta o
quanto a Terra é grande! Não apenas fisicamente, em termos de área da
superfície; sinta o espírito dela, sua alma! Perceba o que anima a vida da
natureza ao seu redor.
Seu corpo também
é sustentado e animado pela Terra, desde o seu nascimento até a sua morte. Há
sabedoria e inteligência vivendo na Terra e no seu corpo, mas elas não são
mentais, não são da mente. Simplesmente permita a presença dessas energias.
Perceba seu corpo como um campo de força inteligente. Seu corpo quer ser um
suporte para você e ajuda-lo a receber e transmitir a energia da sua alma.
Agora entre em
contato com seu coração. Sinta-se dentro do seu silêncio imenso, do silêncio do
seu coração que é muito mais velho do que apenas esta vida. Seu coração é tão
grande quanto o próprio universo; ele está conectado com tudo o que existe.
Consegue imaginar o tamanho do seu coração?
Você é Deus em
seu interior, você não está fora Dele. Você faz parte de Deus, exatamente como
a menor célula do seu corpo faz parte de você. Tenha respeito por si mesmo, por
sua própria alma – a centelha da Eternidade dentro de você. Essa centelha é
quem você é; é quem quer estar aqui e agora na Terra; é o que quer se conectar
com seu corpo e com a Terra.
Sua alma – que é
essa centelha – uniu-se à Terra e quer experimentar a alegria, mas não de
maneira impulsiva e frívola. Ela quer irradiar a alegria profunda da sua luz,
compartilhar seu amor e conectar-se com os outros, e curar antigos sofrimentos,
tanto em você quanto nos outros. Sinta esse desejo da sua alma.
Sinta o desejo e
a alegria, que ela lhe oferece, de não precisar mais se esconder, de poder
deixar sua luz se irradiar dos seus olhos e de poder fazer o que lhe convém, o
que condiz com você, seja o que for; pois toda alma é atraída para uma ocupação
ou atividade diferente. Mas você pode estar certo de que, se seguir a voz da
sua alma, então haverá um caminho para você, um lugar na Terra neste mundo.
Neste momento,
mais do que nunca, sua luz é bem-vinda; não é preciso mais escondê-la. Sinta
aquele silêncio em seu coração, aquela imensidão. Seu coração já viu tantas
coisas, já ouviu e vivenciou tanto! Sinta a profundidade em seu coração e saiba
que ele é mais sábio e mais abrangente do que os temerosos processos de
pensamento que geralmente determinam o seu dia-a-dia.
Sinta que existem
forças no seu interior, que transcendem esse medo e conectam você com uma sabedoria
maior, que não pode ser contida pela mente. Sua mente, entretanto, pode
ajudá-lo a transformar os desejos da sua alma em ação no mundo material. Para
esse propósito, sua mente é capaz de ajudá-lo. Mas a fonte das suas escolhas
encontra-se além da sua mente, no íntimo do seu ser.
Agora, conecte-se
novamente com seu abdome, com a Energia da Terra dentro de você; e com seu
coração, com sua fonte Cósmica. Sinta as duas unindo-se. Quando as pessoas se
reúnem com a intenção de ouvir o chamado de suas almas, essa intenção, por si
só, cria uma certa abertura.
A alma quer se
tornar humana, de carne e osso, para se manifestar aqui na Terra, portanto um
campo de intenção em comum pode conseguir muito. Então, sinta, neste momento, a
intenção conjunta do que é importante para você neste momento da sua vida. Não
sinta isto com sua cabeça, mas a partir do seu coração e dentro do seu abdome.
Simplesmente pergunte a si mesmo: “O que eu desejo? O que eu realmente quero
fazer?”
E o que é a
primeira coisa que lhe vem à mente? Não precisa ser nada externo a você, como
um determinado emprego, ou um relacionamento, ou a solução de um problema. Você
também pode simplesmente desejar uma sensação de como as coisas são quando se
tornam apaziguadas e harmoniosas; como por exemplo, uma sensação de paz, de
confiança ou alegria, despreocupação.
Escolha uma única
palavra ou conceito que se ajuste ao seu desejo, e dê esse nome ao seu desejo.
Sinta o que você deseja! Deixe-o realmente permear você, porque esta é a
linguagem da alma – simples e direta.
Através do seu
desejo mais profundo, a alma fala com você. Não através de mandamentos: “Faça
isto; “Faça aquilo”; “Você deve fazê-lo deste jeito.”; “Faça-o daquele jeito”…
Essa voz rigorosa, que algumas vezes você associa à espiritualidade e à
religião, não é a voz ou linguagem da alma.
A linguagem da
alma é mais parecida com a espontaneidade de uma criança: “Eu gostaria de poder
fazer isto… Será que é possível?” Desejar, admirar-se, imaginar – como você
fazia quando criança e ainda pode fazer – aproxima-se mais da linguagem da alma
do que as regras e leis da espiritualidade.
Finalmente, deixe
que o rosto de uma criança apareça para você; pode ser o seu, quando era
criança, ou qualquer rosto que apareça. É a face aberta de uma criança, que
ousa imaginar sem limites, que ousa desejar com a confiança de que a vida vai
lhe trazer o que ela deseja.
Esteja aberto às
boas forças da vida – à mão protetora e sustentadora de Deus, da Mãe e do Pai.
Abrace a criança em seu interior. Ela é uma conexão direta com a sua alma.
Saiba que você não está só; você está conectado com o todo. Você está sempre
rodeado pelas energias de alegria, inspiração e amizade.
Agradeço-lhe
muito por sua presença aqui e pelo amor em seu coração.
Canalização de Pamela
Kribbe em Junho de 2020