Trabalhar com nosso lado sombra é
de vital importância, tanto na vida cotidiana quanto na vida dedicada à Arte.
Cada vez mais, percebemos que as pessoas têm a tendência de esconderem dos
outros e de si mesmas, seu lado escuro. Aprendemos, ao longo de nossas vidas,
a mostrar para a sociedade somente o lado que a mesma deseja ver. Formamos
nossa personalidade de acordo com as regras ditadas por ela e o que ela não
gosta, nós escondemos, fechamos em um baú e jogamos a chave fora. Como para
atingirmos certos objetivos na vida, nós precisamos seguir as regras sociais,
nós acabamos criando um padrão, uma fachada para apresentar às pessoas, sejam
nossos familiares, sejam nossos amigos ou sejam nossos conhecidos. E é por isso
que fica tão complicado de trabalharmos com nossa sombra, nos apegamos
a vários comportamentos e "verdades" que criamos para nós.
Trabalhar com nosso lado menos
agradável requer, antes de mais nada, maturidade. É preciso aceitar
que temos defeitos antes de sairmos por aí acusando ou criticando as outras
pessoas por suas atitudes que, por vezes, é a nossa atitude também. E tal
ação é fundamental para aqueles que querem seguir o caminho da verdade. Para
começar, é preciso parar, olhar para dentro de nós e analisar a fundo nossa
personalidade: do que gostamos, do que não gostamos, como reagimos a certas
situações, quais são as nossas atitudes instintivas, enfim, todas as atitudes
que temos no momento em que nos relacionamos com os outros e com nós
mesmos.
Precisamos entender nosso
comportamento antes de meditar.
Se nós não entendemos o motivo de termos determinadas atitudes, como vamos
entender o por quê nós estamos realizando tal meditação, ou temos tal
atitude? Temos que parar para analisar se o que estamos fazendo é bom parar
nós ou é só para mostrar ao outro como somos poderosos ou como conseguimos tal
resultado com facilidade. E é no ocultismo que observamos essas atitudes mais
claramente. Podemos ver isso em qualquer lugar que haja pessoas denominadas
Mestras e que queiram aparecer mais que os outros. É a legítima fogueira das
vaidades.
Está tudo na sua cabeça |
Uma boa ocasião para a pessoa
analisar-se é ver sua reação em determinada situação. Por exemplo: se a pessoa
está em um grupo, como ela reage se alguém diz que conseguiu tal resultado?
Sente inveja, ciúmes, raiva? Esses momentos são perfeitos para a pessoa fazer
sua auto-análise, pois é na vivência e na prática que a pessoa pode se analisar
diante de determinada ocasião. Por isso dizem que "um bom ocultista não é aquele
que aparenta ser calmo, sereno, mas que fora do campo de visão dos outros se
estressa facilmente e sai agredindo os outros, um ocultista de verdade, é aquele
que entende a si mesmo, entende o motivo de ficar zangado em determinada
situação e trabalha com esse sentimento para saber como lidar com ele seja em
qual situação for. Um ocultista de verdade é aquele que tem os dois lados da
mesma moeda em seu coração e sabe usá-los com justiça e
consciência."
"Não existe como criar consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, não importa o quão absurdo seja, para evitar encarar a própria alma. Não nos tornamos iluminados imaginando figuras de luz, mas criando consciência da escuridão. Porém, esse procedimento é desagradável, portanto, não popular."
- Carl Gustav Jung
- Texto de Guardiões do Templos Mistico e adaptado por Liberte-se do Sistema.
"Não existe como criar consciência sem dor. As pessoas farão de tudo, não importa o quão absurdo seja, para evitar encarar a própria alma. Não nos tornamos iluminados imaginando figuras de luz, mas criando consciência da escuridão. Porém, esse procedimento é desagradável, portanto, não popular."
- Carl Gustav Jung
A única maneira de mudarmos
o mundo de fato, é mudando a nós mesmos. Não adianta julgar e punir as pessoas
por coisas que nós mesmos fizemos e fazemos ainda.