domingo, 18 de agosto de 2013

A PENA DE MORTE: QUE EFICÁCIA?

Ensinamentos deixados pelo Mestre Omraam Mikhaël Aïvanhov
FASCÍCULOS - Informação 19

Discute-se muito a respeito da pena de morte. Na rádio, na televisão, magistrados, psiquiatras e sociólogos apresentam estatísticas, observações, conclusões, e a opinião pública divide-se. Uns pensam que se deve punir com a morte os grandes criminosos, por exemplo, a fim de inspirar o medo; outros argumentam que o medo da morte jamais deteve um criminoso e que, sobretudo, nenhum homem tem o direito de decretar a morte de outro. São, pois, discussões intermináveis… Infelizmente, nem os especialistas estão esclarecidos acerca desta questão, porque os seus conhecimentos acerca da estrutura do universo e do ser humano não abrangem as regiões espirituais.

Imaginai que um criminoso foi executado: no plano físico, ficou-se livre dele, é verdade, mas o que não se sabe é que ele continuará a viver nos planos subtis e que, aí, o seu desejo de vingança e de destruição permanecerá intacto. Ao matar-se o seu corpo, não se matou o seu desejo, porque o desejo não é físico, não faz parte do plano físico. Portanto, uma vez morto, o criminoso irá para o plano astral e para o plano mental inferior, e aí reforçará o mal. A sua influência infiltrar-se-á na cabeça e no coração daqueles que, na terra, estão ligados a ele por afinidades criminosas, e, através deles, o criminoso esforçar-se-á por continuar a realizar os seus projetos maléficos. Terá até maiores possibilidades de ação do que antes da sua morte, porque já não estará limitado pelo corpo físico e, consequentemente, poderá agir através de numerosas pessoas. 

Portanto, quando se pensa que se resolve o problema da criminalidade preconizando a pena capital é porque se desconhece que o espírito do malfeitor continuará a agir do outro lado.

E ocorre o mesmo fenómeno, evidentemente, quando se assassina profetas, grandes Mestres: as suas ideias propagam-se ainda mais poderosamente… Aliás, é por isso que, quando são tentados a fazer desaparecer uma personalidade muito marcante que os incomoda – um chefe político ou religioso –, alguns dirigentes começam por refletir: «Atenção, não devemos matá-lo, porque desse modo será considerado um mártir; os seus partidários ficarão mais inflamados e a situação virar-se-á contra nós.» Eles compreenderam que matando um homem não suprimem a sua ideologia, porque outros a retomarão e ela ressurgirá ainda mais forte. Dir-me-eis vós: «Mas isso acontece porque os partidários ou adeptos cujo chefe foi morto ficam indignados e desejam ainda mais ardentemente continuar o seu trabalho.» Há algo de verdade nisso, sim, mas é uma interpretação superficial.

A realidade é que, no outro mundo, o espírito de um profeta, de um Iniciado, por exemplo, continua a alimentar as mesmas convicções, o mesmo desejo de trazer luz aos humanos e de os fazer evoluir. Então, ele continua o seu trabalho e tem mais possibilidades de propagar as suas ideias. Por isso, muitas vezes, a morte de alguns Iniciados não foi um obstáculo à propagação das suas ideias. Pensai na extraordinária expansão do cristianismo, após a morte de Jesus…

Não se deveria, pois, punir os criminosos com a pena de morte, por causa das consequências que daí resultam no plano invisível. Compete aos humanos organizar as condições de vida para que não haja mais malfeitores. Mas uma sociedade, enquanto não estiver assente em verdadeiras bases espirituais, é como um pântano, e os pântanos só podem fazer nascer mosquitos, isto é, criminosos. Nestas condições, querer fazer justiça é uma ilusão. 

Fonte: http://www.publicacoesmaitreya.pt/