Todos os dias
temos aprendizados preciosos. Ter notícias do que outros aprenderam, de suas
experiências é também uma forma de aprendizado.
Algumas respostas
a uma enquete nacional, que encontramos em determinada revista, nos levou a
reflexões muito interessantes.
Uma delas dizia:
Aprendi a nunca
me despedir de uma pessoa antes de fazer as pazes.
Um dia, em visita
aos meus pais, discuti com minha mãe justo na hora de pegar o carro e voltar à
minha cidade.
Zangado, não
telefonei para dizer que cheguei bem, como sempre fazia.
No dia seguinte,
meu cunhado ligou: ela tinha falecido. Não tive tempo de me desculpar.
Eis um sofrimento
enorme, um aperto no coração, que pode sempre ser evitado, se soubermos
resolver nossas desavenças logo, sem deixar que o tempo passe e a mágoa crie
raízes.
Quantos de nós
não daríamos tudo por uma despedida decente, por um pedido de desculpas como
esse?
Outra pessoa
inquirida, dizia:
Sempre adorei
ficar sozinha, desde criança. Não precisava de ninguém para nada.
Por isso, nem
chorei na despedida da família e dos amigos quando fui morar no exterior.
Porém, bastou um
mês longe de casa para eu ver que a certeza de estar rodeada pelos que me
amavam, é que me tornava tão independente.
Solitária de
verdade, eu não era nada!
Quantos de nós
apenas damos valor à presença, quando somos obrigados a conviver com a
ausência.
Ninguém nasceu
para ser só. Somos seres sociais, e precisamos dos outros para crescer, para
nos desenvolver.
Momentos a sós
são necessários, fundamentais. Uma vida de solidão é desnecessária, perigosa.
Outro
entrevistado, ainda, afirmava:
O mais importante
da vida é a família, nosso verdadeiro porto seguro.
O mundo novo, o
da regeneração das almas, aponta com segurança para a célula familiar.
É na família que
tudo se resolve, que tudo renasce, que tudo recomeça.
Não se faz
necessário que viajemos para longe, para buscar o sentido da vida. Ele está
conosco, sob o mesmo teto, na figura da família.
Gostemos ou não
da família que temos, saibamos que é a família que necessitamos.
Deus não erra.
Nascemos onde precisávamos nascer. Com quem precisávamos estar.
* * *
De tempos em
tempos, precisamos nos perguntar: O que de importante aprendi?
Ficar muito tempo
sem realizar aprendizado algum é preocupante, e nenhum de nós, sem exceção,
pode prescindir de aprender.
Levar uma vida de
aprendizado é fundamental para ser feliz.
Viemos para a
Terra para sair maiores, maiores que nós mesmos quando entramos na esfera de
uma nova existência.
Vida e
aprendizado precisam ser sinônimos em nossos pensamentos e atos.
Quem coleciona
aprendizados deixa a si mesmo, e ao mundo, melhor.
Redação do
Momento Espírita, com base em matéria
da revista
Sorria, de março/abril 2009, ed. Mol.
Em 19.10.2018