Em geral, vivendo
sempre ansiosos, entre sucessos e fracassos, esperamos tudo alcançar pela graça
divina. Quando isso não acontece, reclamamos de abandono celestial.
Com o velho
hábito de colocar a culpa pelos nossos fracassos nos outros, demoramos a
compreender que a vida exige ação correta, e que somente nos esforçando
alcançaremos os resultados desejados.
Quantas vezes
imaginamos que a proteção divina apenas se faz para os outros, lhes
proporcionando sucesso, êxito nas empreitadas.
Esquecemos de que
a Terra é um educandário, uma escola onde não apenas aprendemos, mas também
corrigimos e aperfeiçoamos nossas qualidades.
Na maioria das
vezes, imaginamos Deus ao nosso lado somente quando estamos festejando,
sorrindo e gozando felicidade.
Não entendemos,
ainda, que as aparentes negativas divinas aos nossos pedidos são, na verdade,
em nosso próprio benefício, proporcionando a experiência de que necessitamos.
Desafios que,
quase sempre, se apresentam através de dificuldades, sofrimentos, lágrimas e
dor. Lições que as leis de Deus nos oferecem para nos reeducarmos, corrigirmos
o que nos impede as verdadeiras conquistas.
Normalmente o que
pedimos não é o de que mais necessitamos, nem o melhor para nossa felicidade.
Pedimos riqueza e
Ele nos proporciona uma vida difícil a exigir muito trabalho.
Pedimos amor e
Ele nos envia familiares com dependências a nos pedir atenção e cuidados.
Queremos descanso
e observamos longo caminho à espera de nosso esforço.
E não
compreendemos que todas as nossas dificuldades aparentemente intransponíveis,
trazem a função educativa para nossas almas.
Desejamos o
êxito, sem analisarmos as responsabilidades que ele traz consigo.
Sequer imaginamos
que para ter saúde integral, além de cuidar do nosso físico, é essencial
mantermos nossa mente sadia.
Buscamos o poder,
esquecidos de que sendo uma dádiva divina, deve ser corretamente exercido,
pelas graves responsabilidades que acarreta.
Quanto mais bens
materiais reunimos, maiores e mais severos os testes que a vida nos oferece,
pela oportunidade de aprendermos desapego a benefício do próximo.
Os momentos de
glória como os de alegrias são, igualmente, desafios para que mantenhamos os
pés no chão.
Não devemos nos
esquecer de que a Terra é feliz educandário, no qual as lições iluminativas não
se apresentam somente em clima de festa, entre sorrisos e sonhos de felicidade
próxima.
Sendo assim,
quando parece que falta a presença divina em nossas vidas é porque Deus,
através das Suas leis, está nos permitindo o crescimento moral.
Dessa forma, os
considerados insucessos e aflições devem merecer enfoques mais profundos do que
aqueles usualmente identificados sob a ótica dos interesses imediatos.
* * *
Jesus, o Mestre
Divino, trilhou por caminhos difíceis, para alcançar em plenitude o Seu
ministério, exemplificando a função educativa da vida, sempre amparado pelo
Pai.
Redação do
Momento Espírita, com base no cap. 28, do livro
Luz viva, pelos
Espíritos Joanna de Ângelis e Marco Prisco,
psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 8.12.2018
Fonte: http://www.momento.com.br/pt/index.php