Essa é uma tradição remota dos anglo-saxões que usavam coelhos como símbolo da Páscoa. Encontram-se referências que os babilônios e gregos usavam o coelho como símbolo da fertilidade.
“A partir do século VIII, foi introduzido nas festividades da Páscoa um deus teuto-saxão, isto é, originário dos germanos e ingleses. Era um deus para representar a fertilidade e a luz. A figura do coelho juntou-se ao ovo que é símbolo da própria vida. Embora aparentemente morto, o ovo contém uma vida que surge repentinamente; e este é o sentido para a Páscoa, após a morte, vem a ressurreição e a vida. A Igreja no século XVIII, adotou oficialmente o ovo como símbolo da ressurreição de Cristo. Assim foi santificado um uso originalmente pagão, e pilhas de ovos coloridos começaram a ser benzidos antes de sua distribuição aos fiéis.” (Fonte: http://www.jesusvoltara.com.br.
Atualmente, acreditamos que poucas pessoas saibam, busquem ou mesmo se importem com o significado da Páscoa. Importam-se com os chocolates, as guloseimas dos comes e bebes, sem refletirem sobre o seu verdadeiro significado e o sacrifício de Jesus por todos nós.
Todos os dias devemos nos sacrificar um pouco, temos de sacrificar as nossas más paixões, os nossos medos, os nossos vícios e fraquezas que nos empurram para baixo. Essa é a nossa batalha perante a “contra inteligência” que manipula o tal “sistema” mundano. Crucificar o desamor, a falta de respeito pelo próximo (tão próximos...). Crucificar a indiferença pelos irmãos menos afortunados, crucificar a nossa apatia diante da violência cotidiana, que nos arranca do marasmo somente quando bate em nossa porta.
Ser indiferentes, apáticos, cansados da vida, é mais cômodo para mantermos as nossas vidinhas medíocres.
Jesus sempre foi altivo, expulsou os cambistas e exploradores do Templo: João 2,13-25 fala-nos da limpeza que Jesus faz do Templo de Jerusalém. Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. No Templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”(...)
Jesus enfrenta os doutores da lei e fariseus: Mateus, 23, 13-28
Naquele tempo, disse Jesus: "Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque fechais aos homens o Reino do Céu! Nem entrais vós nem deixais entrar os que querem fazer. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque pagais o dízimo da hortelã, do funcho e do cominho e desprezais o mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade! Deveis praticar estas coisas sem deixar aquelas. Guias cegos, que filtrais um mosquito e engolis um camelo! Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, quando por dentro estais cheios de rapina e de iniqüidade! Fariseu cego! Limpa antes o interior do copo, para que o exterior também fique limpo. Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes a sepulcros caiados: formosos por fora, mas, por dentro cheios de ossos de mortos e de toda espécie de imundice! Assim também vós, por fora pareceis justos aos olhos dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade".
Não façamos como os fariseus, crucifiquemos a nossa cegueira, a imundice interior, toda forma de subjugação do ser, purifiquemos nosso coração e mente para que o nosso corpo ressuscite os mais belos sentidos:
a nossa visão sem o véu,
o amor a nós mesmos e ao próximo,
o perdão, com a justa correção;
a humildade, sem a subserviência,
a misericórdia, sem esperar retribuição,
o trabalho digno, sem a corrupção,
a liberdade do ser, sem nenhuma forma de exploração...
Crucifiquemos o nosso egoísmo, ressuscitemos o nosso “doar-se”, de diversas maneiras: em uma palavra amiga, um sorriso sincero, o simples telefonema, uma mensagem por e-mail, uma visitinha rápida. Outras formas de doação, de bens que acumulamos em casa, sem utilidade para nós, mas que fazem a diferença para o irmão. Ser voluntário em tantas organizações carentes de tudo, visitar um asilo, um orfanato com inúmeros Seres precisando somente de um afago...
Ah! Quantas coisas, sentimentos e ações têm para crucificar e ressuscitar em nossas vidas!
São pequenas atitudes que enaltecem a nossa condição de filhos do Altíssimo, é o ressurgir do nosso amor a vida, ao semelhante, que não negamos ser filhos do Criador. Jesus não negou a sua condição de Filho de Deus, o julgo era pesado, mas Ele carregou, as acusações foram várias, mas Ele não se intimidou, não ficou de braços cruzados; ao contrário, no fim, o Cordeiro foi sacrificado de braços abertos para a salvação de todo o rebanho.
Essa é a nossa reflexão para a Páscoa: deixemos morrer o que não nos serve mais, ressuscitemos para vida...
Aqui respondemos à questão inicial do nosso texto, coelhos e ovos representam fertilidade e vida; contudo, entendemos que não podemos conceber a vida sem o outro, sem a nossa comunidade,
Não podemos conceber a vida acumulando riquezas, enquanto o nosso semelhante passa fome,
Não podemos conceber a vida, poluindo os rios, destruindo as florestas, a biodiversidade,
Não podemos conceber a vida, com o extermínio de irmãos em diversas partes do planeta...
Não podemos conceber a vida, com a aniquilação do Ser...
Não podemos conceber que a crucificação e a ressurreição de Cristo foram em vão.
Uma Páscoa repleta de amor e paz em nossos corações!
Por Simone Anjos
Fonte: http://toquedoanjo.blogspot.pt/
"Algumas coisas são explicadas pela ciência, outras pela fé.
A Páscoa ou Pessach (Passagem) é mais do que uma data, é mais do que ciência, é mais que fé, Páscoa é amor."
Albert Einstein
Que o renovar interior de cada um seja reforçado com a consciência do EU em LUZ. Desejo Uma Boa Páscoa a todos meus amigos e irmãos!!
Chantal
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