Vivemos na Terra a existência necessária ao crescimento do Espírito imortal que somos. A luta que nos chega é um mecanismo que nos ensina e edifica.
Em certos momentos da nossa caminhada, encontramos algum tipo de sofrimento, independente da posição social que ocupamos, do poder econômico ou do grau de evolução moral no qual nos encontramos.
Mas, poucos temos consciência de que as dores bem suportadas nos conduzirão ao reino de Deus.
Não que devamos ansiar por tristezas nem desconfortos, pois a felicidade é sempre desejada. Contudo, se Deus nos enviar para a luta, não desanimemos, agradeçamos e sigamos em frente.
Aceitemos o problema que nos chega com uma atitude corajosa para enfrentá-lo, nos tornando capazes de buscar a sua solução. Essa é a resignação dinâmica que Deus espera que tenhamos.
Diante do sofrimento, a resignação pelo amor é uma virtude que devemos desenvolver em nós. Ela é o resultado da confiança em Deus, acrescida à coragem para a luta.
A dor provoca em nós uma ação misericordiosa e se soubermos observar o nosso íntimo, veremos que ela nos educa e nos impulsiona ao aperfeiçoamento.
Embora os problemas, muitas vezes, nos pareçam desafiadores e insolúveis, não coloquemos sobre o olhar o peso da tristeza. Busquemos revestirmo-nos de ânimo e tranquilidade.
A dor física é, em geral, um aviso da natureza. Ela nos alerta que algo não vai bem em nosso corpo e que alguma providência deverá ser tomada no sentido de buscar um tratamento ou modificar um hábito não salutar.
Saibamos ver a dor que se apresenta, de forma leve e construtiva. Não nos fixemos nela como se fosse o foco principal de nossas vidas.
As dores no mundo assumem a importância e adquirem o valor que nós lhes atribuímos.
Uma grave doença pode ser encarada como uma bênção, se vivida por um Espírito confiante em Deus, pois esse irá considerá-la como um elemento purificador.
De outro modo, algum leve incomôdo pode ser considerado um verdadeiro infortúnio, se vivenciado por uma alma que vive distante da sintonia com as Leis Divinas.
Agradeçamos ao Pai que nos envia a dor e façamos dela oportunidade de redenção. Bendito será o dia em que aprendermos a amar as dores que nos chegam.
Todas as criaturas de Deus estão destinadas à glória, mas somente serão completamente felizes quando alcançarem a perfeição.
Por isso pôs Deus, nesta terra de aprendizagem, ao lado das alegrias raras e fugitivas, dores frequentes e prolongadas, para nos fazer sentir que o nosso mundo é um lugar de passagem e não o ponto de chegada.
Gozos e sofrimentos, prazeres e dores, tudo isto Deus distribuiu na existência como um grande artista que, na tela, combina a sombra e a luz para produzir uma obra prima.
Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do cap. XXVI,
do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 14.06.2012.
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