"Ainda
que não se fique alegre com a ideia de morrer ou de ver
morrer
os seres que se ama, é preciso aprender a considerar a
morte
como uma benfeitora: ela permite aos seres libertarem-se
para
irem viver mais longe, em regiões mais elevadas. Os
Iniciados,
que conhecem os planos da Inteligência Cósmica,
aceitam
a realidade dos dois princípios de vida e de morte, e
esforçam-se
por trabalhar com o princípio de vida, que
purifica,
embeleza, ilumina. O princípio de vida é sobretudo de
ordem
mental e espiritual, e quem se esforça por alimentá-lo
com
pensamentos justos e sentimentos generosos pode retardar a
ação
do princípio de morte.
Evidentemente,
mesmo fazendo este trabalho não podemos escapar
à
velhice e à morte, não há que ter ilusões nesse sentido.
Mas,
se aprendermos a dar preponderância ao espírito, será ele
a
manter a atividade em nós e a dar-nos a leveza e a alegria. O
segredo
da vida e da verdadeira juventude consiste em nunca se
deter
na sua marcha para o cume das montanhas espirituais."
"Se
estais sempre à espera de que pensem em vós, de que vos
compreendam,
de que vos amem, nunca sereis felizes, pois todos
têm
as suas preocupações, os seus problemas. Talvez alguém
esteja
junto de vós por um momento, mas no momento seguinte essa
pessoa
estará ocupada noutro lugar e vós tereis de
desembaraçar-vos
sozinhos. Por isso eu vos digo: não conteis
assim
tanto com os outros, pois a sua atenção, a sua amizade e
o
seu amor são coisas demasiado incertas. Num dado momento,
sentir-vos-eis
compreendidos, apoiados, mas, no momento seguinte,
o
que irá acontecer?
Não
se deve esperar nada dos outros, sobretudo o seu amor. Ele
pode
vir, é claro, pode mesmo vir incessantemente; se ele vier,
será
bem-vindo e vós agradecereis ao Céu, mas não deveis
estar
à espera dele. Quereis ser felizes? Não pedi para ser
amados
mas amai vós, dia e noite, e vivereis continuamente na
felicidade.
Talvez um dia vos caia do céu um amor formidável...
Sim,
por que não? Isso pode acontecer, mas não fiqueis à
espera
de que seja assim."
"Durante
os seus primeiros anos, as crianças vivem em contacto
com
os seres invisíveis, sorriem-lhes, conversam com eles,
escutam
e respondem. Mas, quando falam disso aos adultos, e em
particular
aos seus pais, estes não lhes dão atenção ou
mandam-nas
calar-se: que invenções são essas? No entanto, se
os
pais aceitassem escutar os relatos dessas crianças e lhes
fizessem
perguntas, teriam revelações surpreendentes; assim,
eles
privam-se de algo muito precioso.
Não
será o caso de todas, mas certas crianças trazem consigo
a
recordação de épocas longínquas em que os humanos
consideravam
toda a natureza como um organismo vivo com o qual
estavam
em relação constante. Esta memória subsiste geralmente
até
por volta dos sete anos e depois esbate-se à medida que
elas
crescem e também por causa da educação que recebem, da
linguagem
e da atitude dos adultos; mais tarde, até riem quando
pensam
naquelas infantilidades, que não passavam, creem elas, de
um
produto da sua imaginação. No entanto, tratava-se de
vestígios
de um passado inscrito na sua alma e é pena que elas
o
deixem apagar-se."
"O
desânimo que por vezes sentimos é um sinal de que a ligação
que
deve existir entre as nossas duas naturezas, a terrestre e a
celeste,
está cortada. A natureza terrestre é como uma matéria
que
a natureza celeste deve iluminar e vivificar continuamente. A
natureza
terrestre puxa-nos para baixo, ao passo que a natureza
celeste
impele-nos para as alturas. Por isso, quando a natureza
terrestre
consegue subtrair-se ao poder da natureza celeste,
produz
em nós como que uma queda, um desmoronamento.
Para
manter ou restabelecer a ligação entre as nossas duas
naturezas,
nós devemos, à maneira dos alquimistas, aprender a
trabalhar
com o fogo. É o fogo, o fogo sagrado do amor divino,
que
solda a nossa natureza inferior à nossa natureza superior,
se
nós nunca pararmos de soprar sobre ele."
"Podeis
encontrar muitos livros que vos ensinam métodos para vos
tornardes
clarividentes: olhar para uma bola de cristal ou para
um
espelho mágico, utilizar certas plantas, ser hipnotizado,
etc.
Mas, muitas vezes, esses métodos são perigosos, sobretudo
se
procurais desenvolver a clarividência antes de terdes
trabalhado
para obter a pureza. É claro que uma pessoa pode
tornar-se
clarividente sem se ter purificado; desenvolver a
clarividência
não é assim tão difícil. Simplesmente, se não
fordes
puros, não será o mundo divino que vereis, mas as
entidades
tenebrosas que rondam em torno dos humanos; vereis a
maldade,
a traição, a mentira; vereis as catástrofes que se
preparam.
Dito de outra forma, só podereis ver realidades que
correspondem
ao nível que vós próprios atingistes,
dificilmente
um pouco mais.
Jesus
dizia: «Bem-aventurados os corações puros, pois eles
verão
Deus.» O melhor método para obter a verdadeira
clarividência,
a visão do mundo divino, é trabalhar para
desenvolver
a pureza e o amor espiritual."
"A
diferença entre o verdadeiro conhecimento e o conhecimento
livresco
é a mesma que existe entre o ouro e as notas. As notas
nem
sempre são válidas, podem mesmo perder todo o seu valor na
sequência
de perturbações políticas ou sociais. Ao passo que
o
ouro nunca perde o seu valor, quaisquer que sejam as
circunstâncias.
Por isso, quem possui ouro nunca ficará na miséria.
Tal
como as notas, os conhecimentos livrescos podem, em certas
circunstâncias,
já não ter qualquer utilidade para vós. Ao
passo
que, se possuirdes os conhecimentos que vos são dados pela
sabedoria,
essa sabedoria que está baseada numa experiência
pessoal,
viva, então tereis ouro. Em todas as circunstâncias,
em
todas as condições, esse saber permanece válido, ilumina o
vosso
caminho, apresenta-vos soluções e traz-vos a paz."
"Como
a maior parte das pessoas, vós tendes tendência para
pensar
que os outros não vos prestam a atenção suficiente. E
vós,
não sois negligentes? Prestais atenção a cada ser, a
cada
coisa? Mostrai-vos atenciosos mesmo quando estiverdes a
plantar
ou a regar uma flor. Vós direis que, para ela, é
indiferente
vós serdes atenciosos ou não, pois ela não sente
nada.
Estais muito enganados… Além disso, não é tanto por
ela
que vós deveis agir assim, mas por vós mesmos, pois sois
vós
que adquiris uma virtude, uma qualidade. Vós tendes um
gesto
de atenção, de respeito, de amor, e esse gesto reflete-se em vós.
Aplicai-vos
durante anos em todas estas pequenas coisas e um dia
sentireis
os seus benefícios. Não procurais fora e longe aquilo
que
está muito perto. Nunca encontrareis soluções para os
vossos
problemas fora das atividades da vida quotidiana e, se as
descurardes,
serão as provações que vos instruirão até
compreenderdes
esta verdade."
"O
ser humano está tão obnubilado pela sua aparência exterior
de
homem ou de mulher que se esquece de que no alto, no plano
divino,
possui os dois princípios, masculino e feminino. Mas é
preciso
compreender que este “alto” não se situa a anos-luz.
No
alto é também nele, é a sua parte superior.
A
Iniciação é um processo psíquico no termo do qual o ser
humano
é capaz de se fundir com a parte complementar do seu ser.
Por
isso ele não sente qualquer falta, nunca se sente só. Não
são
os laços carnais que fazem com que um homem ou uma mulher
se
sinta menos só. Muitos vos dirão isso! Eles viveram
múltiplos
relacionamentos, múltiplos encontros, múltiplas
experiências,
mas, interiormente, vivem na solidão, no deserto.
Sim,
porque é em si mesmo, no plano psíquico, no plano
espiritual,
que certos encontros devem começar por acontecer.
Só
se encontra em baixo aquilo que primeiro se realizou em cima, no alto. "
"Já
notastes que umas mãos finas, bonitas e perfumadas podem,
por
vezes, emanar algo de lascivo, de repugnante? Ao passo que
outras
mãos, mal feitas, mal cuidadas, parecem impregnadas de
tudo
o que a pessoa tem de bom na sua cabeça e no seu coração,
ao
ponto de se ter vontade de apertá-las e até de beijá-las.
Ainda
hoje subsiste o costume de beijar a mão direita dos
grandes
dignitários da Igreja: bispos, cardeais, papas. As
pessoas
pensam que é para se mostrar respeito em relação a
eles.
Sim, mas esse sinal de respeito está baseado no
conhecimento
dos poderes da mão. Estes seres que estão
consagrados
à vida espiritual são considerados como
transmissores
das bênçãos do Céu. Eu sei que vós direis que
muitos
têm bastantes outras preocupações, mas a questão agora
não
está aí. A questão está em compreender que as mãos dos
seres
que trabalharam durante muito tempo com o amor e a
sabedoria
estão realmente em ligação com as forças cósmicas benéficas."
"Embora
plantadas no mesmo solo e beneficiando das mesmas
condições
exteriores de temperatura e de humidade, assim como
dos
mesmos cuidados, certas árvores produzem flores com cores
luminosas,
perfumes requintados e frutos deliciosos, ao passo que
outras
só dão flores feias, sem cheiro, e frutos intragáveis.
Pode-se
fazer a mesma observação em relação aos humanos. Por
isso,
quando se afirma que a família, a sociedade e os
acontecimentos
é que determinam o seu destino, os seus sucessos
ou
os seus insucessos, a sua ascensão ou a sua queda, isso é
parcialmente
verdadeiro, mas só parcialmente.
Na
realidade, o que cada um viverá depende acima de tudo da
natureza
da “semente” ou do “caroço” que ele representa,
isto
é, da sua maneira de pensar, de sentir os acontecimentos,
de
os assimilar e mesmo de os transformar. Portanto, se vos
encontrais
em condições difíceis, em vez de quererdes
mudá-las
ou ficardes à espera que elas melhorem, deveis é
trabalhar
sobre vós mesmos. Ide ao fundo de vós mesmos e
encontrareis
aí elementos, poderes, virtudes, graças aos quais
produzireis
frutos dos mais suculentos."
"É
um erro pensar que os espiritualistas devem descurar a
matéria
ou fugir dela. Pelo contrário, eles devem assumir
conscientemente
as suas atividades terrestres como qualquer
materialista.
A diferença em relação aos materialistas está
no
ponto de vista, e é esse ponto de vista que deve guiá-los. O
espírito
não nega a matéria e a matéria não deve negar o
espírito,
mas submeter-se a ele.
A
alimentação é o melhor exemplo do que pode ser o nosso
trabalho.
Quando comemos, nós transformamos a matéria; ao
assimilá-la
à nossa própria substância, tornamo-la mais
subtil,
comunicamos-lhe algo daquilo que somos. E a qualidade
daquilo
que nós lhe comunicamos depende dos esforços que antes
fizemos
em relação a nós próprios, isto é, aos esforços que
o
espírito em nós fez sobre os nossos instintos, os nossos
desejos,
os nossos sentimentos, os nossos pensamentos."
"Os
diabos e as trevas do inferno geralmente não causam muito
medo
às pessoas, mas da luz divina muitas têm o maior temor. E,
aliás,
isso é inteiramente compreensível: elas sentem, no
fundo
se si mesmas, que ainda precisam de se deixar ir atrás dos
instintos,
das paixões, e fogem dessa luz que lhes mostrará que
a
existência que levam é medíocre ou mesmo criminosa… Elas
não
querem renunciar a nenhum dos seus maus hábitos e não
suportam
aquilo que pode revelar-lhes, precisamente, que elas
são
más. Quando não se quer fazer qualquer esforço para se
melhorar,
fecha-se os olhos, tapa-se os ouvidos e assume-se a
convicção
de que se está muito bem assim.
Todos
os que temem a luz não sabem muito bem porquê, mas
sentem
instintivamente que há algo que ameaça o que eles creem
ser
a sua felicidade. Só aqueles que têm o desejo sincero de
evoluir,
de se transformar, procuram essa luz que lhes mostrará
tudo
o que há a melhorar neles e como o melhorar."
"Se
os humanos pensassem em proteger a sua vida, em mantê-la na
maior
pureza, teriam muito mais possibilidades de realizar as
suas
aspirações, pois a vida iluminada, esclarecida, é que é
a
fonte de todas as riquezas. Infelizmente, muito poucos conhecem
esta
verdade. A maior parte deles desperdiçam a sua vida e,
quando
se encontram completamente esgotados, já sem gosto nem
energia
para empreender o que quer que seja, não compreendem e
lamentam-se.
Que ao menos eles não se lamentem e reconheçam:
«Bem,
eu fiz experiências, apercebo-me agora de que me enganei
e
compreendo o que deveria ter feito. Daqui em diante, agirei com
mais
inteligência."
"Todos
nós temos uma alma gémea; na maior parte das situações,
ela
permanece invisível, não está incarnada, mas pode suceder
que
ela tome de empréstimo por um momento os traços de outra
pessoa.
E, quer o discípulo seja homem ou mulher, a sua alma
gémea
pode manifestar-se a ele por intermédio do seu Mestre,
pois
um Mestre espiritual é uma alma coletiva: embora se
mantenha
como um ser individualizado, podem penetrar nele
inúmeras
entidades para ajudar todos aqueles que esperam dele a
luz
e a revelação do sentido da sua vida.
Portanto,
isto deve estar muito claro para os discípulos: o seu
Mestre
só pode ser o canal pelo qual passa a sua alma gémea a
fim
de lhes dar um impulso para a sua evolução. Eles só terão
verdadeiras
trocas com ela se souberem ter para com o seu Mestre
um
amor espiritual, sem procurarem atraí-lo para si próprios."
"Tudo
o que nos rodeia fala-nos da presença de Deus. Mas, para
muitas
pessoas, isso não basta: queriam que Ele viesse em pessoa
apresentar-se
a elas! E, mesmo assim, não é garantido que isso
fosse
suficiente. Reparai: o que há de mais presente, de mais
visível,
de mais brilhante do que o Sol? Só que, se se ficar
fechado
por detrás de janelas com as persianas fechadas, nem
sequer
se saberá que ele existe. Quem quiser vê-lo deve abrir
pelo
menos a persiana de uma janela, pois o Sol não procurará
impor-se
atravessando as paredes e as persianas.
Do
mesmo modo, para descobrirmos a presença de Deus devemos
abrir
em nós pelo menos uma pequena claraboia. Sim, nós é que
temos
de fazer alguma coisa, não é Deus. Deus já faz o que
deve
fazer: Ele está presente e isso é suficiente. É a nós
que
cabe procurar atingir o grau de consciência superior que nos
revelará
a sua presença."
"É
preferível agir bem, mas agir mal ainda não é o mais grave,
o
mais grave é não ter consciência disso.
Aquele
que é incapaz de ver que agiu mal acaba por ficar
apanhado
por contradições insolúveis. Tem insucessos, é
rejeitado
pelos outros e não compreende porquê: julgava-se
irrepreensível,
estava convencido de que os outros o aprovariam
e
até o admirariam. Fica perturbado com o que lhe acontece,
imagina
que o mundo inteiro conspira contra ele, o que influencia
muito
negativamente os seus pensamentos e os seus sentimentos:
ele
revolta-se e, nesta revolta, perde a sua luz, perde o seu
amor.
Tudo isso porque se recusa a admitir que não conseguiu que
os
seus atos estivessem em sintonia com o seu ideal."
"A
maior parte dos humanos agarram-se à vida, mas, apesar disso,
quantos
não têm a impressão de ter sido lançados para a terra
e
a sentem como um meio que lhes é estranho ou mesmo hostil!
Porquê?
Porque perderam o verdadeiro contacto com a natureza.
Há
cada vez mais pessoas a viver nas cidades e o progresso
técnico
(embora seja, inegavelmente, algo muito bom) provoca
nelas
um corte com a natureza. Basta um exemplo: o que veem elas
do
céu estrelado numa cidade à noite, quando as ruas e as lojas
estão
tão iluminadas?... Assim, pouco a pouco elas acabam por
já
não sentir a amizade, a afabilidade, que lhes vem de tudo o
que
existe à sua volta, não só das estrelas, mas também do
Sol,
das pedras, das plantas, dos animais… Mesmo quando se
encontram
protegidas em suas casas, elas estão inquietas,
angustiadas.
Mesmo durante o sono, sentem-se ameaçadas. É uma
impressão
subjetiva, pois, na realidade, nada as ameaça assim
tanto;
mas, interiormente, algo se desintegrou e elas já não se
sentem
protegidas. É preciso, pois, que elas restabeleçam
interiormente
o contacto com a vida universal, para compreenderem
a
sua linguagem e trabalharem em harmonia com ela. "
"Muitas
pessoas ficariam surpreendidas se lhes dissessem que
através
de tudo aquilo a que aspiram – o amor, as riquezas, a
glória
– é Deus que elas procuram. Sim, porque, na realidade,
nada
nem ninguém pode dar-lhes uma verdadeira alegria, um
verdadeiro
deslumbramento, a não ser Deus. Sob uma forma ou
outra,
é sempre Deus que elas procuram: querem regressar à
Origem,
voltar à vida do Paraíso, de onde são oriundas. Mas,
coitadas,
como não são esclarecidas, passam por caminhos
lamacentos
onde se limitam a patinhar e ficar atascadas.
Como
Deus introduziu uma partícula da sua quinta-essência em
cada
coisa e em cada ser, é possível reencontrá-l’O em toda
a
parte. Mas a maioria dos humanos, como se dispersam por aqui e
por
ali, só O encontrarão daqui a milhões e milhões de anos.
Para
começarmos a encontrá-l’O desde já, devemos
procurá-l’O
através da pureza, através da luz."
"As
células do nosso corpo são pequenas almas inteligentes. É
todo
um povo que temos em nós, um povo com o qual podemos
relacionar-nos
e que nos cabe educar. Estais conscientes disso?
Não,
ou muito raramente. É por isso que as vossas células não
vos
obedecem. Vós gostaríeis de melhorar o estado do vosso
fígado,
do vosso estômago, do vosso coração, do vosso
cérebro,
etc., mas não conseguis: as células de todos esses
órgãos
não vos obedecem, não conseguis impor-vos a elas, elas
funcionam
segundo a sua própria vontade.
A
ciência iniciática, que estudou a anatomia psíquica do ser
humano
e as regras que presidem ao seu funcionamento, ensina-nos
que
nós podemos comandar as células dos nossos órgãos. Mas,
para
isso, primeiro é preciso aceitar a ideia de que elas são
entidades
inteligentes, conscientes, e aprender a entrar em
comunicação
com elas."
"Existem
remédios para todo o tipo de doenças, mas na condição
de
se conhecer bem o ser humano, a sua estrutura, as energias que
circulam
nele e as relações que ele tem com o universo tal como
a
ciência esotérica as estudou há milhares de anos. Há muitas
pessoas
que se dizem especialistas e pretendem ocupar-se do ser
humano,
livrá-lo dos seus males, mas continuam a encará-lo como
uma
mecânica. Elas estão longe de saber que existem no homem
forças,
entidades e inteligências ainda desconhecidas que, sob
certas
condições, são capazes de fabricar no organismo
elementos
que não existiam nele.
Como
é que todas essas pessoas que ignoram que, além do corpo
físico,
o homem possui outros corpos, de natureza subtil – os
corpos
etérico, astral, mental, causal, búdico e átmico –,
que
não sabem muito bem o que são o intelecto, o coração e a
vontade…
e muito menos a alma e o espírito, como podem essas
pessoas
imaginar que conseguirão curá-lo? É impossível. É
impossível
porque elas abordam mal a questão, porque elas não
querem
saber o que é realmente o ser humano."
"Como
os humanos estão habituados a trabalhar à superfície das
coisas,
agora é muito difícil levá-los a compreender o que é
o
trabalho do pensamento e que há nesse trabalho possibilidades
incríveis
que nenhuma outra atividade poderá proporcionar-lhes.
Consideremos
uma imagem: quando se extrai minério, é
necessário
arrancar à terra muitas toneladas para se obter uma
certa
quantidade de metal: ouro, prata, ferro, cobre! O resto é
a
ganga, que se deita fora. Do mesmo modo, para se obter alguns
litros
de essência de rosa é preciso destilar várias toneladas
de
pétalas, e um só litro dessa essência de rosa vale uma
fortuna,
tão preciosa ela é…
Por
que é que eu vos apresento estas imagens? Para vos fazer
compreender
que, em geral, os trabalhos dos humanos consistem em
remexer
toneladas de ganga, a matéria mais grosseira, ao passo
que
o pensamento permite extrair a sua quinta-essência. Enquanto
vós
não souberdes trabalhar com o pensamento para dominar as
vossas
energias e dirigi-las para as regiões superiores, tudo o
que
possais obter assemelhar-se-á a vagões de minério e eles
serão
um estorvo para vós enquanto não tiverdes aprendido a
extrair
a sua quinta-essência."
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