domingo, 3 de agosto de 2014

MESTRE OMRAAM MIKHAEL AIVANHOV

"Como é possível não ter vontade de se instruir? Há pelo mundo
tantas coisas interessantes para ver, escutar, ler! Mas, de
qualquer modo, em vez de vos dispersardes indo atrás da vossa
curiosidade, procurai aceitar uma disciplina para melhorar a
vossa maneira de viver, pois é pela sua maneira de viver que se
atrai o verdadeiro saber. Senão, amontoareis conhecimentos por
todos os meios que estão atualmente à vossa disposição – e
existem tantos! –, mas não guardareis por muito tempo o que
assim registardes. Em breve, com a idade, como acontece a tantas
pessoas, começareis a queixar-vos de perdas de memória. Sim,
pouco a pouco tudo se apaga, primeiro porque muitos desses
detalhes armazenados ao longo da vossa existência, na realidade,
são pouco importantes, mas também porque a vida que levais não
influencia favoravelmente a memória.
Não percais, pois, o vosso tempo a adquirir um saber que vos
deixará pouco depois. Ocupai-vos antes em viver segundo as
regras divinas e a verdadeira memória começará a despertar em
vós: tudo o que aprendestes de profundo, de essencial, nas
vossas diferentes incarnações ao longo de milhares de anos
virá, pouco a pouco, à vossa consciência."

"Para não cairmos nas armadilhas que a vida nos monta
inevitavelmente a qualquer momento, devemos desenvolver duas
qualidades: o discernimento e a humildade. O discernimento é uma
qualidade do intelecto e a humildade é uma qualidade do coração.
O discernimento permite-nos distinguir em todas as
circunstâncias o verdadeiro do falso, a realidade das
aparências; ele indica-nos a direção a seguir e os passos em
falso a evitar, protege-nos dos erros e das ilusões. Quanto à
humildade, que é uma qualidade tão descurada e até
menosprezada, só se pode medir o seu valor compreendendo até
que ponto o seu oposto, o orgulho, é perigoso. O orgulho fecha o
homem ao mundo espiritual, corta as correntes que lhe trazem a
água viva do Céu. Por isso, ao mesmo tempo que devemos cultivar
o discernimento que nos indica o caminho a seguir, é
indispensável cultivarmos também a humildade que nos abre às
correntes do alto, pois essas correntes são viáticos que nos
alimentam nos caminhos da vida."

"Vós amais a natureza e descobris nela espetáculos sempre novos
que não vos cansais de admirar. Mas o que talvez não saibais é
que, pelo vosso pensamento, pelo vosso amor, também podeis
entrar em relação com ela para que ela se abra a vós.
Quando vos aproximais de um rio, de um lago, de uma floresta, de
uma montanha, parai por um momento e dirigi-lhes um sinal com a
mão. À sua maneira, eles responderão à vossa saudação e
sentireis que algo em vós se harmoniza, se ilumina e se
aligeira, muito simplesmente porque decidistes saudar a natureza
viva e as criaturas que nela habitam. E agora pegai numa pedra do
caminho e acariciai-a com amor: a entidade que a habita aceitará
o vosso amor, vibrará em uníssono convosco e também vos amará.
Não basta dizerdes que a natureza é viva, também é preciso
aprenderdes aquilo que deveis fazer para que essa vida se torne
uma realidade em vós. No dia em que souberdes manter uma
relação consciente com a criação, já não vos sentireis sós
nem pobres, pois a vida divina virá encher-vos com as suas bênçãos."

"Dir-se-ia que os diabos e as trevas do inferno não causam grande
medo às pessoas, ao passo que a luz inspira nelas o maior temor.
E, em certo sentido, é absolutamente compreensível: como elas
sentem, no fundo de si mesmas, que ainda têm necessidade de se
deixar ir atrás dos seus instintos, das suas paixões, fogem
dessa luz que lhes mostraria que levam uma vida medíocre e, por
vezes, até criminosa. Não querem renunciar a nenhum dos seus
maus hábitos e não suportam o que pode revelar-lhes
precisamente que esses hábitos são maus. Quando não se quer
fazer nenhum esforço para se melhorar, fecha-se os olhos,
tapa-se os ouvidos e cria-se o autoconvencimento de que se está
muito bem assim.
Todos os que temem a luz da ciência espiritual não sabem muito
bem o porquê, mas sentem instintivamente que ela é uma ameaça
ao que eles creem ser a sua felicidade. Só os seres que têm o
desejo sincero de se instruir, de progredir, procuram essa luz
que lhes mostrará tudo o que há a melhorar neles e como o melhorar."

"Sentis-vos animados por um grande ideal de justiça, de
generosidade, e quereis que esse ideal se realize no mundo? Muito
bem, mas isso não é suficiente. Se não tomardes a atitude
correta, ireis fatalmente chocar-vos com algumas das pessoas que
vos rodeiam e que não quererão ouvir nada; e, ao fim de algum
tempo, vendo que, apesar da justeza dos vossos argumentos, não
conseguis convencê-las, acabais por desanimar e cair no azedume.
Então, o que deveis fazer? Muito simplesmente, deixar os outros
sossegados, não querer convencê-los a todo o custo, e continuar
a instruir-vos, a aperfeiçoar-vos… Assim, pouco a pouco,
quando tiverdes de vos relacionar com elas, impressioná-las-eis
com o vosso autodomínio, a vossa lucidez, a clareza dos vossos
raciocínios, e elas sentirão que tendes algo a ensinar-lhes.
Enquanto vos obstinardes em demonstrar a pessoas que recusam
ouvir-vos que elas estão a seguir por mau caminho, não só não
conseguireis, como vos afundareis com elas em terrenos
lamacentos. Trabalhai com a luz: um dia, quando vos encontrarem,
antes mesmo de abrirdes a boca elas compreenderão que vós é
que estais no caminho da verdade."

"O Mestre Peter Deunov dizia: «Se alimentardes em vós a ideia do
amor na sua forma mais sublime, tereis a ajuda de milhares e
milhares de almas afetuosas, pois o amor subentende o trabalho
coletivo de uma multidão de almas ligadas entre si por esta
ideia do amor. O amor divino é a força mais poderosa que
existe. Nunca duvideis desta verdade, procurai torná-la viva em
vós, a fim de atrairdes as almas que trabalham em seu nome e de
essas almas permanecerem para sempre junto de vós.»
Estas palavras merecem que se medite demoradamente sobre elas,
pois abrem-nos horizontes imensos. Quando conseguirmos adotar
esta conceção divina do amor, atrairemos do alto milhares de
almas que nos encherão com a sua presença. A linguagem humana
é insuficiente para transmitir a alegria daqueles que receberam
a visita de um tal amor e foram capazes de o reter. Depois,
basta-lhes ver de passagem rostos de homens e de mulheres, mesmo
desconhecidos, para se sentirem na plenitude."

"A morte é uma mudança de estado que nos permite conhecer
regiões às quais não podemos ter acesso enquanto estivermos
encerrados no nosso corpo físico. Viver na terra e viver no
outro mundo são experiências necessárias à nossa evolução;
é por isso que nós vimos, depois vamos… e depois voltamos….
O desejo de imortalidade que habita nos humanos não é uma
quimera, tem uma base real, mas, como eles ignoram o que neles é
imortal, a maioria agarra-se o mais que pode à vida física.
Ora, a imortalidade não é dada ao corpo físico e eles só se
sentirão imortais no dia em que tiverem aprendido a impregnar os
seus pensamentos, os seus pensamentos e os seus atos com a vida
do espírito. A vida imortal é isso. Aqueles que vivem a vida do
espírito, que compreenderam verdadeiramente o que é a vida do
espírito, não têm medo da morte. Eles têm consciência de que
as riquezas que acumularam no seu coração e na sua alma nunca
os deixarão; pelo contrário, elas serão ampliadas no além,
pois é no além que todos temos a nossa origem. "

"Pelo seu apoio, pelos seus conselhos, os amigos podem ser uma
ajuda preciosa nas provações da vida. Mas ir a correr para casa
deles ou pegar no telefone sempre que se tem uma razão para
estar triste, desiludido, descontente, não é razoável. Mesmo
que depois se fique um pouco melhor, essa melhora é apenas
passageira, pois não se fez nenhum verdadeiro trabalho interior
para resolver os problemas e, na primeira ocasião, cai-se de
novo nos mesmos estados negativos. Portanto, não só se
envenenou os outros como não se melhorou nada na sua própria situação.
Alguma coisa ou alguém vos contrariou? Ficai sossegados em vossa
casa, concentrai-vos na luz, orai, cantai, escutai música… Ou
então saí para dar um passeio pelas ruas ou na natureza, e não
vos apresenteis diante dos outros enquanto não vos sentirdes
capazes de lhes transmitir algo de bom, de construtivo. Se
ganhardes o hábito de vos observar, constareis que tendes mais
tendência para fazer o contrário: quando as coisas correm mal,
ides a correr a casa de uns e de outros para partilhar com eles
os vossos aborrecimentos, e quando as coisas estão bem não
tendes nada para lhes dizer. Pois bem, daqui em diante pensai em
só partilhar boas coisas com aqueles que vos rodeiam: a vossa
paz, as vossas alegrias; isso contribuirá para vos aliviar mais,
para vos libertar mais."

"O único meio para atrairmos até nós as entidades angélicas e
aí as mantermos é criarmos em nosso redor uma atmosfera muito
pura. Um dos momentos mais favoráveis para esse trabalho é o
nascer do sol.
À medida que se eleva no horizonte, o sol muda de cor. Primeiro,
ele é vermelho, depois cor de laranja, depois amarelo e,
consoante a qualidade do ar, pode ganhar tonalidades de verde, de
azul, de violeta; e, por fim, fica branco, incandescente. Ao
elevar-se no céu, ele canta, assim, toda a gama das cores. Sim,
ele canta, pois cada cor emite um som. Então, que sinfonia
quando ele chega ao branco brilhante! Se aprenderdes a participar
interiormente no aparecimento da aurora, sentireis que, naquela
sinfonia, naqueles raios de luz brilhante, a vossa aura se
purifica, se reforça e vibra mais intensamente; ela lança
sinais às entidades angélicas, que se sentem convidadas para
uma festa. Elas respondem ao vosso convite e, como todos os
convidados que vão a uma festa, trazem-vos presentes."

"A fonte é um símbolo profundo e significativo! Porquê? Porque
ela está sempre a jorrar, a correr. E a fonte em nós que nunca
deve parar de jorrar e de correr, pura, transparente, é o amor.
O que quer que nos aconteça e seja o que for que nos façam,
nunca devemos deixar secar a nossa fonte.
Há imensas pessoas que decidem fechar-se para os outros quando
descobrem que foram enganadas! Nunca façais isso. Antes, quando
ignoráveis que vos enganavam, pelo menos a vossa fonte corria e
vós éreis o primeiro a beneficiar desse amor que jorrava em
vós. Evidentemente, eu não vos aconselho a ser ingénuos nem
cegos; pelo contrário, procurai, tanto quanto possível, ver
claro nos seres. Mas, se fordes enganados, pensai que isso não
é assim tão grave. O que é grave é já não serdes habitados
pelo amor. Quaisquer que sejam as deceções, as amarguras, as
provações, deixai correr a vossa fonte: ela é que vos trará
de novo a alegria, a inspiração e a força."

"De manhã, quando despertais, procurai compenetrar-vos bem da
importância desse dia que está a começar. Existe um método
para isso: fazer como se esse dia fosse o último. Alguns dirão
que isso é viver continuamente a pensar na morte, o que é
horrível. Não, viver cada dia como se ele fosse o último não
nos impele para o lado da morte, mas, pelo contrário, para o
lado da vida. É mais quem se comporta com ligeireza e descuido,
como se tivesse a eternidade diante de si, que caminha para a
morte, pois esbanja a sua vida.
Quando os sábios nos aconselham a viver cada dia como se ele
pudesse ser o último, eles desejam somente estimular-nos a fazer
com que o dia de hoje seja mais útil, mais belo, mais precioso,
do que o de ontem. Não é preciso crer realmente que será o
último dia, é só um método pedagógico para se viver
plenamente o hoje."

"Saber respirar contribui muito para a harmonia e o equilíbrio
interiores, mas para isso é preciso conhecer certas regras.
Primeiro, é preferível, em geral, não respirar pela boca, mas
unicamente pelo nariz. Depois, inspirar o ar muito lentamente e
mantê-lo nos pulmões o máximo de tempo possível. A
expiração pode ser rápida e forte. Se, por exemplo, sentirdes
um mal-estar, como se estivésseis a ser invadidos por presenças
obscuras, fazei este exercício: inspirai o ar lentamente e
depois expulsai-o de uma só vez pensando que também estais a
expulsar as presenças que criam essas perturbações em vós.
E, quando tiverdes a sensação de que estais finalmente libertos
desses intrusos, inspirai apelando para que venham até vós
presenças benéficas. Imaginai que o vosso coração se enche de
uma luz dourada, que ele se torna um sol de onde jorram raios.
Como poderiam os espíritos angélicos não se sentir atraídos
por uma tal morada?"

"Já experimentastes o poder de um sorriso? Viveis uma deceção,
esbarrais com uma dificuldade, um aborrecimento, alguém vos
ofendeu, etc. Em vez de vos deixardes ir atrás da irritação ou
do desânimo, tentai utilizar o método do sorriso. Vós direis:
«O método do sorriso? O que é? Sorrir para os outros ?» Não
necessariamente. Mesmo que estejais sós, tentai sorrir, para
mostrardes a vós próprios que estais acima de todos os pequenos
inconvenientes da vida. Pensai que, no mais profundo de vós
mesmos, sois invulneráveis, imortais, eternos, e, ao passardes
diante de um espelho, procurai sorrir para vós próprios… De
início, o sorriso talvez seja um pouco retorcido, mas o que
importa? Já será o começo de qualquer coisa. A partir do
momento em que decidistes estar de boa disposição
distanciando-vos dos acontecimentos, conseguireis mais facilmente
ultrapassar as vossas contrariedades."

"A luz é a essência do universo e, por um trabalho do
pensamento, nós podemos extrair dela algumas partículas para as
assimilar à nossa própria substância. Encontramos esta luz, em
primeiro lugar, no sol, mas também no ar, na água e em tudo
aquilo com que diariamente nos alimentamos.
Quando possuirmos um pouco dessa luz, teremos todas as
possibilidades de a ampliar. Como? Fazendo-a fundir-se com a luz
divina. É a esta fusão que ela aspira acima de tudo. Mas
existem condições para isso: é preciso que, na nossa alma, o
caminho que conduz até à luz divina esteja desimpedido de todas
as impurezas, pois são as impurezas que impedem a fusão. Ao
purificarmo-nos, nós fazemos desaparecer os obstáculos que
separam a nossa luz da luz de Deus. Até ao dia em que elas
serão uma só luz e nada poderá separá-las."

"Tomai consciência de que tudo o que nos rodeia é vivo, sede
atenciosos para com as plantas, os animais e até as pedras.
Quando caminhais na natureza, se passardes ao lado de um rochedo,
parai, acariciai-o e dizei-lhe: «Sê paciente, um dia serás
liberto desta prisão.» E ele ficar-vos-á reconhecido pelas
vossas palavras bondosas. Sim, está ali um ser aprisionado,
aguardando que aquele bloco de pedra seja partido em pedaços
para recuperar a liberdade. Com efeito, os resíduos de pedra
estão em melhores condições para evoluir: eles tornam-se,
pouco a pouco, uma matéria assimilável para o reino vegetal.
E vós também podeis dizer a esse rochedo: «Admiro a tua
resistência: há séculos que estás aí, exposto à chuva, ao
gelo, ao calor extremo, e suportas tudo sem te queixar. Dá-me um
pouco da tua resistência, da tua solidez.» Se repetirdes
frequentemente este exercício com amor e confiança, a
resistência e a estabilidade que são próprias dos rochedos
penetrarão em vós e depois sabereis manifestá-las na vida."

"A maior parte das pessoas não são más nem mal-intencionadas,
muitas desejam sinceramente ser úteis aos outros e são mesmo
capazes disso. Mas os bons sentimentos e as boas intenções não
são suficientes para fazer realmente o bem. Quem quer ajudar os
outros deve começar por se estudar e procurar desembaraçar-se
de todos os elementos que nele se opõem a esse bem que ele quer
realizar. Com efeito, o bem e o mal estão tão intimamente
intrincados em cada ser que, por vezes, há forças obscuras que
conseguem aproveitar-se da sua boa vontade. E, embora ele esteja
convencido de que será útil, misturam-se nas suas ações todo
o tipo de elementos contrários, e as pessoas que deveriam
beneficiar dessas ações acabam por ser vítimas delas.
Quereis realmente ajudar os outros, fazer-lhes bem? Por um
trabalho diário paciente, esforçai-vos por neutralizar os
estados interiores que podem servir de ímanes para as correntes
negativas que circulam na atmosfera. E, ao mesmo tempo, procurai
intensificar os estados que atraem a vós as influências benéficas."

"A vida de uma criancinha continua a ser um grande mistério.
Deve-se protegê-la o mais possível mantendo-a numa atmosfera de
harmonia, de pureza, mesmo durante o seu sono, pois ela é
recetiva a todas as correntes que circulam à sua volta. O seu
corpo astral está adormecido e ela ainda não tomou posse do seu
corpo mental, mas o seu corpo etérico trabalha ativamente e
absorve as correntes e os elementos da atmosfera psíquica. Se os
pais estiverem atentos à atmosfera que criam em torno do seu
filho, mais tarde ele estará bem equipado, será capaz de fazer
face aos choques e às durezas da vida.
Quando uma criança vem ao mundo, os pais não sabem qual é o
espírito que nela habita. Eles devem ter presente que essa
criança não lhes pertence, que ela é um filho ou uma filha de
Deus a quem eles só deram um corpo, os seja, um domicílio. E
aqueles que se relacionam de perto com as crianças também devem
comportar-se com atenção e respeito para as protegerem. Eles
devem tremer ao pensar que podem ser culpados por más palavras
ou maus atos que destruirão algo na sua alma. Os adultos que
não respeitam as crianças serão punidos pelo Céu um dia, e
essas punições são terríveis."

"Ao começar as refeições com uma oração, nós agradecemos ao
Senhor que nos deu os alimentos. Mas isso não é tudo; as nossas
orações contribuem também para influenciar favoravelmente
esses alimentos a fim de ajudar o nosso organismo a assimilá-los.
Antes de chegarem à nossa mesa, os alimentos passaram por toda a
espécie de lugares. Foram manipulados, empacotados,
transportados… Por isso, em certa medida eles são-nos
estranhos e é bom tomar algumas precauções antes de os deixar
penetrar em nós. Que precauções são essas? Pegai num fruto,
por exemplo, segurai-o na mão com respeito, olhai-o, falai-lhe
gentilmente pelo pensamento, agradecei-lhe pela vida que ele vos
trará: algo nele se transformará, ele ficará muito melhor
disposto em relação a vós e, assim que o puserdes na boca, ele
começará a trabalhar para vós. O segredo para que os alimentos
se abram a vós é aclimatá-los, aquecê-los; e o calor é o
amor. Por isso eu aconselho-vos a não comerdes alimentos de que
não gostais, pois eles comportam-se como inimigos no vosso
organismo. E se, por uma razão ou por outra, fordes obrigados a
comê-los, esforçai-vos por olhá-los com alguma simpatia."