terça-feira, 12 de agosto de 2014

SOMOS TODOS IGUAIS

"Não estamos no mundo, o mundo está dentro de nós”

Como pode o mundo estar dentro de mim? Como é possível que você, um outro ser humano, viva dentro de mim? Levei um bom tempo para entender que o que, de fato, está dentro de mim são milhares de qualidades e características que constituem cada ser humano e que, sob a superfície de cada pessoa, está o projeto de toda a humanidade. O modelo holográfico do Universo nos ensina que cada um é um microcosmo do macrocosmo. Cada um de nós detém o conhecimento do Universo inteiro. Se você cortar o holograma do seu cartão de crédito em pedacinhos e focalizar um feixe de laser em um deles, verá a figura completa. Da mesma forma, se examinar um ser humano, você encontrará o holograma do Universo. Esse projeto universal vive em nosso DNA.

Um holograma é uma imagem tridimensional derivada de um filme bidimensional. A única característica do holograma é que a figura completa tridimensional pode ser criada de qualquer parte do filme. O todo está contido em cada pedaço; por isso é chamado de ‘holograma’. Da mesma forma, cada aspecto do Universo está contido em cada um de nós. As forças que abrangem a matéria por todo o cosmo se encontram em cada átomo do corpo. Cada cordão do meu DNA carrega a história completa da evolução da vida. Minha mente contém o potencial de todo pensamento que tenha sido ou venha a ser expresso. Compreender essa realidade é a chave para a porta da vida – a entrada para a liberdade sem limites. Viver essa realidade é a base da verdadeira sabedoria.

Ao compreender que você tem tudo o que vê nos outros, seu mundo todo se altera. Dessa forma podemos encontrar e incorporar tudo aquilo que amamos e tudo aquilo que odiamos nos outros. Ao recuperar nossas características perdidas, abrimos a porta do Universo interior. Quando fazemos as pazes com nós mesmos, espontaneamente fazemos as pazes com o mundo.

Uma vez aceito o fato de que cada um de nós personifica todas as características do Universo, podemos acabar com o pretexto de que nós não somos tudo. A maioria das pessoas aprendeu que é diferente das outras. Algumas se consideram superiores, e muitas se acham incapazes. Nossa vida é moldada por esses julgamentos. São eles que nos levam a dizer: ”Eu não sou igual a você”. Se você é educado como branco, precisa acreditar que é diferente dos negros. Se cresce como negro, deve achar que é diferente dos asiáticos ou dos hispânicos. Os judeus creem-se diferentes dos católicos, enquanto os conservadores se consideram diferentes dos liberais. Cada uma de nossas culturas nos ensinou a acreditar que somos fundamentalmente diferentes dos demais.

Acabamos por adotar preconceitos existentes em nossa família e entre os amigos. “Você é diferente porque é gordo e eu sou magro. Sou inteligente e você é burro. Sou tímido e você é expansivo. Sou paciente e você é agressivo. Falo alto e você fala mansamente”. Essas crenças mantêm a ilusão que estamos separados. 

Criam tanto barreiras internas quanto externas, que nos impedem de assumir por inteiro nosso ser e que nos mantêm apontando o dedo acusadoramente para os outros.

A chave é tomar consciência de que não há nada que possamos ver ou perceber que também não faça parte de nós. Se não possuíssemos determinada característica, não a poderíamos reconhecer num outro. Se você for levado pela coragem do outro, isso não passa do reflexo da coragem que existe em você. Quando considera alguém egoísta, pode ter certeza de que você é capaz de demonstrar o mesmo grau de egoísmo. 

Embora essas características não sejam expressas o tempo todo, cada um de nós tem a capacidade de atuar de acordo com qualquer uma delas. Fazendo parte do mundo holográfico, somos tudo o que vemos, tudo o que julgamos, tudo o que admiramos. Não importa a cor da pele, o peso ou a escolha religiosa, compartilhamos as mesmas qualidades universais. Todas as pessoas são iguais em sua essência.


Mensagem de José Batista de Carvalho em 11/08/2014