Deus, nosso Pai, tem formas simples e eficazes para nos
auxiliar.
Em um momento, Se utiliza do vento para levar uma mensagem a
quem necessite.
Acolá, utiliza uma mente disposta a servir, para ouvir o
pedido de um enfermo, e atendê-lo.
Envia a chuva a espaços regulares, programa as tempestades
para a melhoria da atmosfera, estabelece o ciclo das estações.
Serve-Se das asas dos pássaros e dos insetos, bem como da
brisa mansa para a fecundação das diversas espécies vegetais.
Enquanto dormimos, Deus elabora mais extraordinárias
maneiras de nos alcançar, afirmando-nos a Sua Providência Amorosa.
Por vezes, um descuido de alguém passa a se constituir no
atendimento Divino. Por isso, importante estarmos atentos ao que nos sucede, a
cada passo.
Conta-se que, certa vez, um viajante, por ser inexperiente,
perdeu-se em imenso deserto.
Quase a morrer de fome e sede, avistou uma palmeira. À sua
sombra encontrou uma fonte de água pura e fresca, com a qual aplacou a sede.
Mas a fome ainda o magoava. Descansando o corpo,
recostando-se na árvore, encontrou um pequenino saco de couro.
Pensando que dentro dele encontraria algo para comer, talvez
algumas ervilhas ou alguns pedaços de carne, o homem abriu o saquinho com
rapidez.
Grande foi seu desapontamento ao lhe examinar o conteúdo:
eram pérolas!
Que ironia, pensou o infeliz. Estou a sucumbir de fome e só
o que encontro são pérolas que de nada me servem. Preciso muito de algo para
comer. Preciso readquirir forças para continuar minha viagem e tentar chegar ao
meu destino.
Por ser um homem de fé, o viajante não se desesperou e orou
fervorosamente ao Criador, pedindo ajuda.
Mal haviam passado alguns minutos, quando ouviu o galope
apressado de um cavalo.
Logo se viu frente a frente com um cavaleiro nervoso e
inquieto. Era o dono das pérolas.
Percebendo que o outro encontrara o tesouro, tomou-se de
alegria.
Como reconhecimento, deu-lhe de comer das provisões que
trazia consigo. Na sequência, convidou-o a montar seu próprio animal e o
conduziu até o termo da sua viagem, evitando que tornasse a se perder.
Quando se despediram, o cavaleiro falou ao viajante:
Percebe como a Divina Providência agiu? No primeiro momento,
tive como uma grande desgraça a perda das minhas pérolas.
Contudo, nada mais oportuno. Retornando para procurá-las,
cheguei a tempo de lhe prestar socorro.
“Por meios aparentemente singelos, Deus nos livra, às vezes,
de grandes flagelos.”
* * *
Em tempo algum as coletividades humanas deixaram de receber
a sublime colaboração dos Enviados de Deus, na solução dos grandes problemas do
mundo.
Os Enviados à Terra, pela Providência Divina, agem nos
campos das ciências, da filosofia, da literatura, das artes, das religiões, da
política, isto é, em todos os campos.
Tudo para nos auxiliar em nossa trajetória de progresso, na
face deste planeta, que nos serve de lar.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. A obra da
Providência,
do livro Lendas do Céu e da Terra, de Júlio César de Melo e
Sousa,
ed. Melhoramentos e na questão 280, do livro O Consolador,
pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido
Xavier,
ed. FEB.
Em 29.6.2018
Fonte: http://www.momento.com.br