Foi no ano de 1912 que a escritora americana Eleanor Hodman Porter lançou a novela
intitulada Polyanna. A repercussão, na época, no mundo inteiro, foi de uma
impressionante onda de esperança, entusiasmo e otimismo.
A novela relata a história de uma menina, órfã de mãe, cujo pai encomenda, para o
Natal, uma boneca que ela estava pedindo há muito tempo.
Quando chegou a encomenda, contudo, para grande decepção da menina, o embrulho
continha um par de muletas.
Quando ela começa a chorar, o pai a consola dizendo que ela deve ficar contente.
Contente por quê? Desabafa ela. Eu pedi uma boneca e ganhei um par de muletas.
Pois fique contente por não precisar delas.
A partir daí, o pai, muito sábio, estabelece o que ele chamaria o jogo do contente.
Assim, quando ele morre e Polyanna é entregue aos cuidados de uma tia amarga,
carrancuda, exigente, em vez de sofrer com as maldades que ela lhe apronta, Polyanna
encontra em tudo um motivo para ser feliz.
O quarto é muito pequeno? Ótimo, assim ela o limpará bem mais depressa.
Não existem quadros na parede, como havia em sua casa? Que bom, assim ela poderá
abrir a janela e olhar os quadros da natureza, ao vivo.
Não tem um espelho? Excelente, assim nem verá as sardas do seu rosto.
Mais tarde, ela acabará conquistando para o jogo do contente a empregada e a própria
tia, austera e má.
A história, que foi continuada em uma outra obra, chamada Polyanna moça, nos
remete aos conceitos exarados em O evangelho segundo o Espiritismo, a respeito do
homem de bem, que sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as
decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
Portanto, nos momentos de graves dificuldades, busquemos os motivos para nos
alegrarmos.
Nosso passeio de final de semana não deu certo, por causa da chuva que caiu torrencial
Alegremo-nos por estarmos em nossa casa, abrigados, e aproveitemos esses dias para
uma convivência maior com a família.
A viagem de férias, tão planejada, foi por água abaixo porque o salário não chegou e a
gratificação foi menor do que o esperado?
Fiquemos contentes e vamos curtir o cantinho doméstico. Aproveitemos o tempo para
conviver com os amigos, sair com os filhos. Conhecer os recantos públicos da cidade,
conviver com a natureza.
* * *
Viver com alegria é uma arte. Por isso mesmo, preservemos a jovialidade em nossa
conduta. Porque um cenho carregado sempre reflete aflição, desgosto e contrariedade.
E não
faz bem a ninguém.
Destilemos alegria e bom ânimo, irradiando o bem-estar que provém de nosso coração.
O tesouro de um comportamento jovial tem o preço da felicidade que oferece a todas
as pessoas.
Alegremo-nos e nos sintamos felizes por viver na Terra, especialmente nesta nova era
de um novo milênio de tantas esperanças. Colaboremos eficazmente pela concretização
do bem nos corações e a paz no mundo, começando pela construção em nós mesmos.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo O jogo do contente,
da revista Presença espírita, nº 222; no cap. XXXIV do livro Vida feliz, pelo
Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal e
no item 3, do cap. XVII, do livro O evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 12.07.2012.
no item 3, do cap. XVII, do livro O evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 12.07.2012.