domingo, 12 de junho de 2011

ESPIRITUALIDADE

                                                                                                                                      

 
ESPIRITUALIDADE

A espiritualidade é para os que estão despertos
A espiritualidade é para os que escutam a sua voz interior
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.
A religião alimenta o ego.
A religião enclausura nossa memória.

A espiritualidade é para os que estão despertos. - Será que estamos
todos despertos? Ou deixamo-nos envolver por uma névoa, que além de
alimentar o nosso égo, mesmo que disso não tenhamos real consciência,
também nos impede de ver, escutar, ou seja, acordar para a realidade
nua e crua, por mais dolorosa que ela seja?

A espiritualidade é para os que escutam a sua voz interior. - Será que
na verdade escutamos? E o que fazemos com a resposta que recebemos?
Agimos em conformidade ou deixamo-nos andar à espera de ver o que dá?

A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar
tudo. - Será que apesar do que vemos acontecer à nossa volta e do que
sabemos, raciocinamos e questionamos o que achamos estranho e nos
surpreende pela negativa?

A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro! - Será que
de facto todos os que dizem seguir a Espiritualidade são verdadeiros? A
espititualidade todos a seguimos através de caminhos diferentes, uma
vez que o objectivo de todos é aperfeiçoarem-se cada vez mais para
chegarem ao Pai de todos nós.É fundamental que, onde quer que nos
encontremos sejamos defacto verdadeiros e não andemos conscientemente
a enganar seja quem for, daí a imensa responsabilidade que recai sobre
cada um de nós quando afirmamos ser filhos de Deus, filhos da Verdade.

A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.- É verdade, a fé
em Deus Pai é que nos dá a força necessária para ultrapassarmos
atitudes humanas que, se não formos fortes, podem fazer com que a
nossa fé vacile, mas aì está Jesus que nos conforta na certeza que a
falsidade que nos rodeia não pode de maneira alguma fazer duvidar da
presença de seres de Luz que nos rodeiam e a todo o momento nos
ajudam. O homem pode ser falso, mas a Verdade, essa é imutável.

A espiritualidade faz Viver na Consciência. - É preciso que estejamos
despertos e ouçamos o nosso interior para que as nossas acções sejam
coerentes com o que a nossa consciência nos dita, mas o que acontece,
muitas vezes, é que, apesar de a nossa consciência nos alertar para
certas situações, por vários motivos menores, mantemo-nos na mesma
atitude perante os factos que acontecem à nossa volta. Fazemos por os
não ver ou neles não acreditar, porque neles há algo que alimenta o
nosso ego, embora não o queiramos aceitar. Gera-se então, uma luta
interna entre a nossa espiritualidade e a nossa acção física. Entre a
nossa espiritualidade porque ela nos impulsiona para a honestidade,
para a rectidão, para a verdade, por outro lado, actuamos em função da
necessidade, aceite por nós ou não, de alimentarmos o nosso ego porque
alguém nos elogia ou enaltece a nossa acção, pois sabe da fraqueza
humana e assim a explora.

A religião alimenta o ego.

Será que só a religião alimenta o ego? Então também a espiritualidade
não alimenta o ego? O que Jesus nos ensina é que sejamos simples e que
vivamos com o que anossa Mãe Terra nos dá, mas sem nunca nos sentirmos
donos dela, ou seja, sem termos ou alimentarmos o sentido de posse.
Portanto, qualquer que seja a religião ou grupo espiritual ou dito
espiritual, há sempre o perigo da pessoa se deixar, elogiar,
enaltecer, lijongear ou seja idolatrar e aí entra o ego e, como
sabemos, o ego cega, cega completamente ao ponto dessa pessoa perder o
sentido da realidade das coisas, e passar a sentir-se bem nesse novo
modo de estar na vida, pois recebe aí uma importância que fora desse
grupo não tem, é apenas mais um ser humano anónimo entre tantos,
embora com a sua individualidade própria que lhe é conferida por ser
uma filha de Deus, como todos o são.

A religião enclausura nossa memória.
A religião, como qualquer outro movimento cívico enclausura a nossa
memória, se tiver uma acção alienante em lugar de uma acção
esclarecedora. Há muitas vezes interesses encapotados atrás de uma
aparente seriedade que só se podem manter camuflados através de uma
acção alienante, impedindo as pessoas de pensarem por si próprias, mas
sim guiadas, por respostas impossíveis de questionar, uma vez que à
partida, são inquestionáveis devido à sua dita“origem”.
Ao longo da história vemos este facto acontecer e a repetir-se,
especialmente na área política – ditaduras – mas, felizmente nem todos
se deixam alienar, e outros, com o tempo, vão acordando da hipnose em
que se encontravam, e reagem acabando assim com as políticas que os
oprimiam. Portanto, os carcereiros da nossa memória, somos nós
próprios, até dizermos: basta, para mim chega. E assim, partir para
uma nova aprendizagem, tendo sempre como bússula orientadora os
ensinamentos de Jesus.

ZurC

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